Bem posicionado nas pesquisa sobre sucessão na capital, o ex-prefeito Edivaldo Holanda Junior começa fazer movimentos que indicam sua proximidade com os partidos que fazem parte da Federação Brasil da Esperança e tudo indica que sua filiação ao Partido Verde já está encaminhada.
Nos bastidores da sucessão local são cada mais fortes os comentários sobre sua filiação ao Partido Verde e as conversações que vem tendo com o presidente estadual o PV, ex-deputado Adriano Sarney. O ex-prefeito seria mais um candidato a reforçar o consórcio do governo com possibilidade de passar para o segundo turno.
Atualmente o deputado federal Duarte Junior (PSB) é o nome que se apresenta em melhores condições de voltar a enfrentar o atual prefeito Eduardo Braide (PSD) em sua tentativa de reeleição, mas Duarte estaria enfrentando certa resistência da classe política e, conforme opiniões de quem participa do processo, não seria páreo para Braide num eventual segundo turno.
Edivaldo, que disputou o governo do estado em 2022 pelo PSD e está sem legenda desde então, pela boa gestão que realizou e estar em terceiro lugar nas pesquisas sem lançar pré-candidatura ou anunciar pretensão de concorrer novamente ao cargo, teria mais facilidade de reunir todos no segundo turno, o que aumentaria as chances de derrotar Braide.
Na eleição municipal passada, o maior adversário de Duarte no segundo turno foi o engajamento de políticos e candidatos da base do governo na campanha de Braide. A candidato derrotado no primeiro turno, Neto Evangelista, por exemplo, foi para cima do palanque pedir votos para Braide e os demais cruzaram os braços. Ainda na pré-campanha, era comum deputados falarem abertamente que não votariam em Duarte.
Neste contexto, Edivaldo, que se elegeu em 2012 com o apoio de Flávio Dino e das lideranças alinhadas a ele, se reelegeu em 2016 já tendo como principal líder da aliança o então governador Flávio Dino, surge como nome que pode levar à reunificação do grupo, que o tornaria ainda mais competitivo numa disputa direta contra o atual prefeito.
Duarte, oficialmente é o candidato do PSB, tem posição consolidada junto a uma grossa fatia do eleitorado e é considerado prioridade da direção nacional, porém o partido não faz parte da federação, que vem estreitando conversas com Edivaldo e caso seja confirmada sai filiação ao PV, tudo indica, as portas da federação deverão se abrir para recebe-lo como candidato.
Até dezembro os times que entrarão em campo, com certeza, já estarão definidos.
Primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, o deputado Rodrigo Lago (PCdoB), ao participar, na manhã desta sexta-feira (18), do lançamento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), edição 2023, promovido pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF), ressaltou a relevância da iniciativa para a segurança alimentar e o desenvolvimento rural.
O ato contou com a presença do governador em exercício, Felipe Camarão; do procurador-geral de Justiça, Eduardo Nicolau; de prefeitos, representantes de entidades ligadas à agricultura e à segurança alimentar, além de agricultores familiares beneficiados pelo programa.
O PAA é uma iniciativa que visa apoiar os agricultores familiares locais, bem como garantir o acesso a alimentos de qualidade para pessoas em situação de vulnerabilidade. O programa é executado por meio de parceria entre o Governo do Estado e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), que destinou mais de R$ 5,8 milhões em recursos para o Maranhão. Ao todo, serão beneficiados 49 municípios, 642 agricultores e 64 unidades recebedoras dos alimentos.
Representando a Assembleia Legislativa, o deputado Rodrigo Lago destacou a importância do PAA na promoção do desenvolvimento rural e na construção de uma rede de solidariedade alimentar. “É fundamental apoiar a agricultura familiar, que desempenha um papel vital na produção de alimentos saudáveis e na geração de emprego e renda em nosso estado. E o PAA é uma ferramenta eficaz para enfrentar a insegurança alimentar e nutricional. Eu fico honrado em participar deste lançamento”, afirmou o parlamentar.
Segurança Alimentar – O Programa de Aquisição de Alimentos foi instituído em 2003, durante o primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o objetivo de fortalecer a política de segurança alimentar e nutricional no país, no contexto do Programa Fome Zero. Após algumas mudanças, o programa foi relançado no dia 22 de março de 2023, por meio da Medida Provisória Nº 1.166, de 22 de março de 2023, após a vitória do presidente Lula nas eleições.
Além de promover o acesso à alimentação, o PAA incentiva a agricultura familiar ao comprar produtos diretamente dos produtores locais, sem a necessidade de licitação, e distribuí-los às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional.
Relatora da CPMI dos Atos Golpistas, a senadora Eliziane Gama disse em rede social que os responsáveis pela tentativa de golpe que acabou na depredação das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro não ficarão impunes.
Elziane lembrou que durante a oitiva do Coronel Naime, a CPMI já tina uma análise bem detalhada da omissão deliberada de parte da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal, alvo da operação da Polícia Federal nesta sexta-feira (18).
“A PF cumpriu vários mandados de prisão em Brasília hoje. Em oitiva do Coronel Naime, recentemente, a CPMI já tinha análise bem detalhada da omissão deliberada de parte da cúpula da PMDF antes os atos contra a democracia no 8 de janeiro. Os responsáveis pelo golpe não ficarão impunes!”, observou a senadora.
A Polícia Federal, em parceria com a Procuradoria-Geral da República, deflagrou na manhã desta sexta-feira (18) sete mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão contra membros da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal.
Denominada Operação Incúria, ela é resultado de uma denúncia que o Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com a PGR, a cúpula da PM se omitiu para impedir que os prédios dos Três Poderes fossem invadidos e destruídos, isso porque havia um alinhamento ideológico entre a cúpula da PM do DF e os golpistas.
Em entrevista ao Fórum Café na manhã desta sexta-feira (18), o deputado pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), membro da CPMI dos Atos Golpistas, afirmou que há elementos para pedir a prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL) que, segundo ele, pode interferir na investigação, principalmente coibindo testemunhas, após as informações que vieram à tona com o depoimento de Walter Delgatti Neto à comissão e a declaração do advogado Cezar Bitencourt, de que o tenente-coronel Mauro Cid deve confessar que traficou joias a mando do ex-presidente.
“Eu avalio que para proteger a investigação – ele é o ex-presidente, o que ele pode manipular de provas, coibir e pressionar testemunhas, diante do que se está colocado -, uma prisão preventiva, sincera e cuidadosamente, eu avalio que já existem esses elementos, sim”, afirmou o parlamentar, que nesta quarta fez uma série de perguntas fulminantes a Delgatti, que colocam Bolsonaro no centro das investigações.
Vieira afirmou ainda que por uma questão de “timing” – já que a autorização de quebra de sigilo bancário e fiscal de Jair e Michelle Bolsonaro na noite desta quinta-feira (17) – acreditava que a prisão não ocorreria nesta sexta.
O deputado ainda afirmou que a prisão de Bolsonaro tem que ser tratada de forma muito cuidadosa, para que o campo progressista não se iguale à “sanha punitivista” da extrema-direita.
“Sou muito cuidadoso com isso, não acho que podemos errar nessa pauta, eu insisto com o campo progressista que não precisamos ceder à sanha punitivista da extrema-direita para defender a democracia, pois isso pode ser uma armadilha inclusive”, afirmou.
CPMI
Após o depoimento bombástico de Delgatti, a CPMI deve concentrar os trabalhos na próxima sessão, na terça-feira (22), em requerimentos que foram apresentados ao colegiado, entre eles as quebras de sigilo bancário e fiscal do ex-presidente e da ex-primeira-dama.
Vieira adiantou que a convocação de Bolsonaro e Michelle não deve ser pautada pelos parlamentares governistas neste momento.
“Quebra de sigilo, em um primeiro momento. Nós temos que ser bem cuidadosos, passo a passo, para poder ganhar com consistência. Chamar Bolsonaro [para depor] é uma avaliação política que tem que ser muito bem feita, na minha opinião”, afirmou.
Henrique Vieira, no entanto, diz que vai defender a convocação dos generais Paulo Henrique Nogueira de Oliveira, ex-ministro da Defesa de Bolsonaro, e Marco Antônio Freire Gomes, que comandou o Exército entre março e dezembro de 2022.
Segundo o deputado, há uma “avenida” a ser investigada na relação de Bolsonaro com a cúpula militar e que a apuração desses fatos será histórica para a CPMI.
“Eu acho que se existe uma avenida a ser investigada e que ainda não foi – e que tem muita barreira de proteção – é essa barreira da cúpula militar. E é uma barreira alta, mas acho que é uma decisão histórica a ser feita: queremos ou não passar essa história a limpo?”, indagou o deputado.
“Eu sei que política não é um ato de vontade – eu quero, eu vou fazer. É uma correlação de forças. Mas, especialmente diante do depoimento de ontem, não convocar esses indivíduos, não entender a participação deles… Nós não podemos abrir mão dessa tarefa com o devido cuidado. Indícios de envolvimento tem e a gente não vai chegar até eles? Eu acho que tem [que chegar]”, emendou. (Fórum)
Na medida que a Policia Federal avanças nas investigações sobre a vendas das joias que o governo brasileiro recebeu de presente ao longo do desgoverno Bolsonaro, cresce a expectativa em torno da prisão do ex-presidente, principalmente após o ex-ajudante de ordem da Presidência, Mauro Cid, afirmar que vendeu amando do ex-presidente.
Pelo que já veio à tona, o advogado contratado para defender Mauro Cid, o ex-faz tudo de Bolsonaro, já anunciou que seu cliente vai assumir que vendeu os presentes doados ao governo brasileiro cumprindo ordens de Bolsonaro e lhe entregou dinheiro produto da venda, o que significa dizer que o patrimônio público foi roubado.
Diante da investigação e das afirmativas do advogado de Cid, que está preso, o deputado Márcio Jerry (PCdoB), líder da bancada maranhense na Câmara dos Deputados, afirma que operação de venda dos presentes é crime cometido pelo ex-presidente.
“Bem simples, pelo que já se sabe: Patrimônio foi roubado e vendido a mando de Bolsonaro, que recebeu dinheiro em espécie. É isso, minha gente! Crime!”, disse Jerry em sua página no Twitter nesta manhã de sexta-feira (18).
A pesquisa do Data Ilha para Prefeitura de São Luís divulgada nesta quinta-feira (17) repetiu o cenário de sondagens anteriores de institutos que foram a campo avaliar a tendência do eleitorado sobre a sucessão. O quadro continua inalterado com o prefeito Eduardo Braide (PSD) liderando com 26%, o deputado federal Duarte Junior (PSB) em segundo lugar com 17% e ex-prefeito Edivaldo Holanda Junior (sem partido) com 11% de intenção de votos.
Nenhuma surpresa se levarmos em consideração que Braide e Duarte disputaram o segundo turno da eleição em 2020 e o prefeito é candidato à reeleição, mas o fato do ex-prefeito Edivaldo sem dar uma única palavra se pretende ou não disputar novamente o cargo continuar em terceiro lugar com 11% de preferência do eleitorado mostra que ex-prefeito continua vivo politicamente.
A pesquisa, embora ainda esteja muito distante da eleição e tudo pode ocorrer ao longo de uma campanha que promete ser bastante disputada. indica que Edivaldo, caso resolva concorrer a um terceiro mandato pode surpreender, pois mantem um vínculo forte com uma fatia significativa da população. Sua gestão, por exemplo, teve a aprovação de mais 70% de população, segundo aferiram os institutos que fizeram levantamento ao final do seu segundo mandato.
Edivaldo, sem anunciar pré-candidatura, continua na frente de Neto Evangelista (7,3%), Wellington do Curso (6,3%), Carlos Lula (6,2%), Paulo Victor (4,5%) e Yglésio Moises (4%), todos com mandatos e em pré-campanha pela prefeitura da capital, o que revela o potencial do ex-prefeito.
Os únicos movimentos políticos que Edivaldo fez após entregar o cargo para o sucessor em janeiro de 2021 foram uma visita de cortesia ao governador Carlos Brandão (PSB), tornada pública através da rede social, e uma reunião com dirigentes da Federação PT/PCdoB/PV onde trataram de assuntos relacionados à política local, mas sem entrar na questão candidatura.
Pelo que estão revelando as sondagens, Edivaldo continua no jogo e pode crescer se confirmar a candidatura.
O Data Ilha ouviu 1.069 entre os dias 11 e 12 de agosto e identificou também um expressivo contingentes de 13,5% de eleitores que não votarias em nenhum dos candidatos apresentados, outros 4,5% não souberam ou não responderam.
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8/1, afirmou, nesta quinta-feira (17/8), que já existem “fortes condições” de pedir o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao fim do colegiado.
A declaração foi dada após a primeira etapa da oitiva de Walter Delgatti Neto, o hacker da “Vaza Jato”, nesta manhã. Em seu depoimento, Delgatti fez uma série de acusações contra Bolsonaro e apontou o ex-presidente como mandante de diversos atos ilícitos.
Segundo Eliziane, a comissão deve pedir quebras de sigilo e documentos a órgãos de fiscalização, como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), para buscar possíveis elementos que provem a suposta participação do ex-presidente ao planejamento de atos golpistas.
“Hoje, os elementos apresentados a esta comissão nos dão fortes condições de, ao final, teremos o indiciamento do ex-presidente Bolsonaro. Nós precisamos compatibilizar com as quebras que nós estamos defendendo que ocorram. Dentre elas, a quebra de sigilo de relatórios do Coaf e também as quebras telemáticas”, ressaltou Eliziane.
A expectativa, segundo Eliziane, é que a CPMI agende uma sessão deliberativa na próxima semana para votar os requerimentos de quebra de sigilo. A data deve ser acordada com o presidente do colegiado, Arthur Maia (União-BA).
“De fato, hoje é um dia marcante do ponto de vista dos trabalhos da CPMI e que, não há dúvida nenhuma, traz desdobramentos, com a apresentação de novos requerimentos”, afirmou a relatora.
Entenda – Em depoimento à CPMI, Delgatti afirmou que Bolsonaro pediu para ele criar um “código-fonte fake” e simular falhas em uma urna eletrônica. A ação seria feita durante um ato em 7 de setembro, no ano passado.
O hacker também afirmou que Bolsonaro ofereceu um indulto caso Delgatti fosse incriminado pelo crime. Além disso, o ex-presidente teria mencionado um grampo contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, que estaria sob posse do governo. Bolsonaro também teria pedido que Delgatti assumisse a autoria do grampo.
A oitiva na CPMI ocorre um dia após o depoimento de Delgatti à Polícia Federal (PF). O hacker é investigado pela suposta inserção de dados falsos sobre o ministro Alexandre de Moraes, do STF, no Banco Nacional de Mandados de Prisões do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Investigações apontam que Delgatti teria sido contratado pela deputada federal Zambelli, ligada ao ex-presidente, para prestar os serviços que teriam o objetivo de beneficiar Bolsonaro durante as eleições de 2022. (Metrópoles)