A reação da presidente Dilma Rousseff aos recentes escândalos de corrupção em vários ministérios, com o afastamento de dezenas de funcionários de médio e alto escalão, pode dificultar a ela a aprovação pelo Congresso de reformas necessárias para o país enfrentar as turbulências na economia global, segundo avalia artigo publicado na edição desta semana da revista britânica The Economist.
“Com a economia mundial se deteriorando, a capacidade de Rousseff em impor sua autoridade sobre seus aliados importa bastante para as perspectivas do Brasil”, afirma a revista.
O artigo afirma que o principal interesse dos partidos menores da coalizão governista “não é ideologia, mas a extração de empregos e dinheiro do governo, para ganho pessoal ou financiamento do partido”, e que por isso estão contrariados com a tentativa de Dilma de “reescrever as regras do jogo”.
A revista observa que muitos dos 25 mil cargos de confiança do governo ainda não foram preenchidos e que muitos dos que foram preenchidos são ocupados por tecnocratas independentes em lugar das indicações dos partidos. Além disso, comenta o artigo, “para ajudar a cortar o deficit fiscal, ela eliminou as emendas dos congressistas ao Orçamento”.
Descontentamento
O artigo diz que mais perigoso do que a saída do PR do governo, após a demissão de seu presidente, Alfredo Nascimento, do cargo de ministro dos Transportes, é o descontentamento dentro do próprio PT, de Dilma, ou do PMDB, do vice-presidente, Michel Temer.
“Ambos consideram Rousseff perigosamente ingênua. Eles acham que ao agir contra a corrupção ela pode ter começado algo que não pode mais parar. Os políticos sob acusações têm o hábito de contra-atacar jogando acusações de transgressões contra outros”, diz o texto.
Segundo a revista, líderes de ambos os partidos tentam persuadir a presidente de que entregar alguns cargos ou verbas seria um pequeno preço a pagar pela governabilidade. “Senão, eles advertem, o Congresso pode retaliar ao aprovar emendas constitucionais que preveem grandes gastos”, diz o texto.
Para a Economist, o principal desafio de Dilma será a votação, até o final do ano, da provisão em vigor desde 1994 e que dá ao governo autonomia para remanejar até 20% do Orçamento federal. Sua aprovação requer o apoio de três quintos de ambas as casas do Congresso.
O artigo avalia que se Dilma conseguir controlar o Congresso “usando uma mistura de ameaças, promessas e apelos ao interesse próprio”, poderá ter como recompensa “uma política mais limpa”, o que seria popular com eleitores de classe média.
Apesar disso, a revista considera que mais importante para a popularidade geral da presidente será “manter a inflação sobre controle e garantir que um necessário resfriamento da economia não acabe em estagnação”.
|
O Tribunal de Justiça do Maranhão vai realizar eleição para escolha de duas listas tríplices de advogados para vagas de membros efetivos do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MA), categoria jurista, na sessão plenária do dia 31 de agosto. Na sessão desta quarta-feira, 17, o presidente do TJMA, desembargador Jamil Gedeon, informou ao Pleno o recebimento de ofícios do presidente da corte eleitoral, desembargador Raimundo Cutrim, comunicando o fim do primeiro biênio dos membros efetivos José Carlos Sousa Silva e Sérgio Murilo de Paula Barros Muniz em 3 de novembro.
O Regimento Interno do TJMA estabelece que a eleição seja realizada na primeira sessão do plenário que se seguir à comunicação. Como a próxima sessão administrativa será realizada apenas em 21 de setembro, em razão do feriado da Independência do Brasil, em 7 de setembro, o presidente do TJMA, atendendo ao pedido de antecipação do presidente do TRE, sugeriu a data de 31 de agosto, também prevista para sessão jurisdicional.
De acordo com o Regimento do Tribunal, cada desembargador poderá votar em até três nomes para cada vaga, considerando-se eleitos os que tenham obtido maioria absoluta dos votos dos presentes. Sendo necessário outro escrutínio para complementação da lista, somente concorrerão os remanescentes mais votados, em número não superior ao dobro de lugares a preencher na lista.
As duas listas tríplices serão indicadas ao TRE-MA, que as encaminhará ao TSE, e este órgão à presidente da República, para escolha dos futuros ocupantes das duas vagas.
Paulo Lafene
Assessoria de Comunicação do TJMA
|