O Conselho de Ética da Câmara Federal arquivou em definitivo a denúncia de importunação sexual formulada pela deputada Júlia Zanatta (PL) contra o deputado Márcio Jerry (PCdoB). A informação foi passada pelo próprio parlamentar comunista através de sua rede social.
“O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da @camaradeputados aprovou hoje o arquivamento por ausência de justa causa da absurda representação do PL contra mim. Decisão importante para esclarecer de vez a grave e absurda acusação de que eu teria cometido assédio contra deputada bolsonarista”, disse Márcio Jerry.
O deputado maranhense era alvo de um pedido de cassação formulado pelo PL. Ele foi levado ao Conselho de Ética por suposta importunação contra a parlamentar, após ele dizer em seu ouvido que respeitasse os 40 anos de vida pública da deputada Lídice de Mata (PSB) durante uma acalorada discussão numa audiência pública com o ministro da Justiça e Segurança Pública Fçávio Dino (PSB).
Apesar de todo teatro político da deputada bolsonarista, as próprias imagens mostraram que Jerry nada fez que justificasse a denúncia por importunação sexual e assim o Conselho de Ética da Câmara entendeu também a mandou para o arquivo a denúncia junto com o pedido de cassação do mandato.
Em evento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na manhã desta quarta-feira (27) no Palácio do Planalto, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, comentou sobre a possível indicação por Lula para a cadeira deixada por Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF) e afirmou que considera “legítima” a reivindicação de movimentos sociais para que seja uma mulher negra para substituir a ministra, que deixa a corte na próxima semana ao se aposentar.
Sobre seu nome, Dino disse que prefere “esperar” até outubro, ou seja a próxima semana, para esperar a decisão de Lula.
“O que todos devem fazer é entender essa atribuição do presidente da República e esperar. Ele tem uma questão de saúde a resolver e aí, quando ele se recuperar, na próxima semana, certamente vai encaminhar para uma decisão. Então, como esse assunto é de outubro e nós estamos em setembro, esse assunto não existe”, afirmou.
Sobre a indicação de uma mulher negra, o ministro disse que a reivindicação é legítima, mas deve passar pelos critérios que serão seguidos pelo presidente.
“Toda reivindicação dos movimentos sociais é legítima, sempre. Agora, lembremos que é um sistema. Nós temos sistema de justiça com várias instâncias, vários tribunais, e o presidente tem observado isso, eu sou testemunha disso, que ele tem nomeado mulheres, pessoas negras. Então, ele leva em conta isso como critério e de fato é algo que o nosso governo preza muito. Em relação ao Supremo é claro que existem vários critérios, e aí é um arbitramento que cabe a ele”, avaliou Dino.
A declaração reforça o que Lula já sinalizou que não usará critérios de gênero ou raça para definir a indicação para o Supremo.
“O critério não será mais esse. Eu estou muito tranquilo de escolher uma pessoa que possa atender os interesses do Brasil. Uma pessoa que tenha respeito pela sociedade brasileira. Que tenha respeito, mas não medo da imprensa. Sem precisar ficar votando pela imprensa. Já tem várias pessoas em mira”, disse o presidente, que enfatizou que “não precisa perguntar questão de gênero ou de cor. No momento certo vão saber quem eu vou conhecer”. (Fórum)
A Assembleia Legislativa do Maranhão, em parceria com o Ministério Público Estadual, promoveu “Café da manhã com profissionais da mídia”, nesta quarta-feira (27), com o tema “O impacto da mídia na prevenção ao suicídio”, destacando orientações sobre a importância do cuidado na veiculação de notícias sobre o assunto. O encontro, que aconteceu no Auditório Neiva Moreira, contou com a presença da chefe do Parlamento Estadual, deputada Iracema Vale (PSB), que afirmou que o papel do Legislativo vai além de propor leis, mas também de promover debates fundamentais para a sociedade.
“Esse momento é muito importante, de parceria e de ajuda mútua entre o Ministério Público, a Assembleia Legislativa e a mídia, que leva todo dia notícias para as pessoas, no sentido de que a gente faça a divulgação de notícias tristes, mas de uma forma que não opte pelo sensacionalismo e exposição das pessoas. Esse momento é para que a gente faça essa reflexão, esse debate e peça a contribuição da imprensa, no sentido de passar a notícia da forma adequada e que não prejudique outras pessoas”, assinalou a presidente da Alema.
Biaman Prado
A promotora de Justiça Cristiane Lago, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Direito Humanos e Cidadania e do projeto ‘Rede do Bem’, desenvolvido via Ministério Público em parceria com o Fórum Estadual de Prevenção da Automutilação e do Suicídio (FEPAS/MA), destacou que o trabalho dos profissionais da mídia é fundamental na prevenção dos casos de automutilação e suicídio e, por isso, a divulgação equivocada e fora das normas orientadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) pode provocar um efeito multiplicador desses episódios.
“Isso quem aponta são os estudos científicos. No momento que se divulga a imagem de uma vítima, os meios utilizados para cometer o suicídio, outros que estão adoecidos, que já têm a ideia de cometer o suicídio, vão imitar. E, assim, os números aumentam”, alertou.
Responsabilidade – O evento, que contou ainda com as presenças dos deputados Roberto Costa (MDB), Antônio Pereira (PSB), Ricardo Rios (PCdoB) e Júnior Cascaria (Podemos), reuniu profissionais de diversos veículos de comunicação, além de profissionais da área da saúde e membros de instituições voltadas à temática da saúde mental.
A diretora de Comunicação da Alema, jornalista Jacqueline Heluy, disse que a discussão dessa temática mostra a importância dos comunicadores no engajamento dessa luta com responsabilidade. “É o nosso papel. Correr atrás de likes, mais acessos para um tema tão sensível, que mexe com toda a população, com familiares, carece de muita responsabilidade e, por isso, estamos aqui”, frisou.
O psiquiatra Ruy Palhano pontuou que o suicídio é reconhecidamente um dos maiores problemas de saúde pública por que passa o mundo moderno. “Apesar de tudo, os números sobre as práticas de suicídio no mundo todo são variáveis. Lamentavelmente, o Brasil se encontra entre os países em que essas taxas vêm aumentando. E, por isso, encontros como esse são muito importantes”, disse. O evento fez parte da programação alusiva à campanha Setembro Amarelo.
Kristiano Simas
O encontro do PT que acontecerá sexta (29) e sábado (30) final de, na prática servirá apenas para a militância ouvir uma análise sobre conjuntura feita pela presidente nacional do partido, deputada federal Gleici Hoffman e expor o que está sendo organizado pelo Partido dos Trabalhadores para 2024, tendo em vista que haverá eleições para prefeitos e vereadores. Posição do PT quanto a sucessão municipal ainda vai ser marcado.
Conforme explicou o deputado Zé Inácio (PT) ao convidar para o encontro petista, a presidente dialogará com a militância, discutirá a conjuntura política a nível nacional e estadual para entender e conhecer a organização do partido dos trabalhadores na perspectiva de 2024, tendo em vista a eleição para prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.
“Faço o convite aos companheiros parlamentares, militância e partidos da base do governo Lula para que se sintam à vontade e participem deste momento de celebração da democracia. Um momento em que a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, estará aqui no nosso estado e se reunirá com a nossa militância e a federação Brasil da Esperança”.
O encontro acontecerá nos dias 29 e 30 de setembro, no Auditório Fernando Falcão, na Assembleia Legislativa. Entre os presentes estará a presidente nacional do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann, além de parlamentares estaduais do partido.
Segundo Zé Inácio, durante o evento, serão realizadas plenárias da Juventude do PT e da Secretaria de Mulheres do PT, no dia 29. No sábado, dia 30, a presidente Gleisi Hoffmann fará uma análise de conjuntura e falará desse momento importante de reconstrução por que o Brasil está passando.
Na sexta-feira, Gleisi Hoffmann concede entrevista coletiva à imprensa às 15h, na Sala das Comissões, na Assembleia.
A senadora Eliziane Gama (PSD), relatora da CPMI que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro, através de rede social, mostrou com imagem a contradição entre o depoimento do general Augusto Heleno com uma fotografia em que o então presidente Jair Bolsonaro aparece em uma reunião da cúpula das Forças Aramadas na qual, além do ex-chefe do GSI, participa o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência.
“Eu quero esclarecer que o tenente-coronel Mauro Cid não participava de reuniões. Ele era o ajudante de ordens do presidente da República. Não existe essa figura do ajudante de ordens sentar em uma reunião dos comandantes de força e participar da reunião. Isso é fantasia”, disse Heleno diante da declaração de Cid de que o ex-presidente se reuniu com os chefes das Forças Armadas para discutir sobre um golpe de estado.
Nas redes sociais, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), contradizendo o que disse Augusto Heleno, postou uma foto de uma reunião dos comandantes das Forças na qual Heleno está bem posicionado, ao lado de Jair Bolsonaro, tendo ao fundo Mauro Cid, provando que o general mentiu em seu depoimento ao afirmar que Cid nunca participou de reunião do alto comando.
“Não vi, não lembro, não participei, não estava e não li”. O depoente de hoje (Augusto Heleno) demonstra que estava a passeio na chefia do GSI. Mas os fatos e dados mostram o contrário. Gen. Heleno bem posicionado numa reunião do PR com cúpula militar e com Mauro Cid”, disse Eliziane em rede social”.
A foto publicada pela senadora também contradiz o ex-presidente Jair Bolsonaro, que diz que Cid nunca participou de nenhuma reunião com autoridades ou comandantes das Forças Armadas.
Ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Jair Bolsonaro (PL), o general Augusto Heleno afirmou nesta terça-feira (26) à CPMI dos Atos Golpistas que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-mandatário, não participava de reuniões e que, por esta razão, “fantasiou” acerca de uma conversa de Bolsonaro com comandantes das Forças Armadas para planejar um golpe de estado.
“Eu quero esclarecer que o tenente-coronel Mauro Cid não participava de reuniões. Ele era o ajudante de ordens do presidente da República. Não existe essa figura do ajudante de ordens sentar em uma reunião dos comandantes de força e participar da reunião. Isso é fantasia. A mesma coisa essa delação premiada aí do Mauro Cid, apresentando trechos dessa delação. Me estranha muito, porque a delação está ainda sigilosa, ninguém sabe o que o Cid falou”. “O ajudante de ordens cumpre ordens do presidente da República. São missões que o presidente atribui, das mais diferentes naturezas”, complementou mais à frente.
Heleno também minimizou conversas de teor golpista entre Mauro Cid e outros militares. “Aconteceu nos últimos meses uma supervalorização de papel de auxiliares cujo limite de atuação era muito estreito. E eles trocavam mensagens que não significavam absolutamente nada para os chefes militares. É bobagem achar que uma conversa entre o ex-sargento Ailton [Barros] com o tenente-coronel Mauro Cid vai arrastar uma multidão de generais para dar um golpe. Isso é um claro desconhecimento de como funciona a hierarquia das Forças Armadas. Eu, por exemplo, era ministro do GSI. A partir do momento que o presidente declarou que ia atuar dentro das quatro linhas, se eu tivesse lá no recôncavo da minha alma um desejo de participar de um golpe, eu já teria tirado meu time”.
Minimizar a delação de Mauro Cid é justamente a estratégia que Jair Bolsonaro e seus aliados definiram para se preservar das revelações dos militares, segundo informou nesta terça-feira Bela Megale, do jornal O Globo. A tese adotada pelo ex-mandatário junto a interlocutores é que Cid não participava das reuniões que ele mantinha com os comandantes das Forças Armadas, devido à sua patente de tenente-coronel do Exército. (247)
O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) do Ministério Público do Maranhão deflagrou, na manhã desta terça-feira, 26, a segunda fase da Operação Barão Vermelho em São Luís e Timon.
A operação conta com apoio do 1º Polícia Civil (1° Deccor), Comando de Missões Especiais (CME), do Grupo de Operações Especiais de Caxias (GOE), da Operação pela Paz, da Força Estadual Integrada de Segurança Pública (Feisp) e do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Maranhão.
Estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão em desfavor de seis investigados de integrarem uma organização criminosa. Estão sendo investigados os crimes de lavagem de capitais, agiotagem, fraude documental, tráfico de drogas e carros roubados ou de procedência ilegal.
Primeira fase – A primeira fase da Operação Barão Vermelho foi realizada em março deste ano nas cidades de São Luís, Timon, Caxias e Teresina (PI), resultando em uma prisão preventiva, uma prisão em flagrante, além da apreensão de veículos, equipamentos e cheques que somam R$ 2,91 milhões.
Durante a primeira fase da Operação, foram apreendidos um caminhão, uma motocicleta e oito veículos, sendo vários deles de luxo. Além disso, foram apreendidos 22 telefones celulares, joias e diversos equipamentos eletrônicos como computadores, tablets e equipamentos de segurança eletrônica. Foram recolhidas, ainda, cinco armas, incluindo uma submetralhadora de fabricação artesanal. Também foi interditada uma loja de veículos em Teresina (PI).