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Notícias
  • Jorge Vieira
  • 27/out/2025

Implosão do grupo governista abre caminho para Eduardo Braide

O racha definitivo na aliança que chegou ao poder em 2014 e assumiu o comando do estado em janeiro de 2015 com Flávio Dino comandando uma festa apoteótica da sacada do Palácio dos Leões para anunciar uma nova era no “Maranhão de Todos Nós”, que deixava de ser propriedade do grupo Sarney, que mandou e desmandou ao longo de quase cinco décadas, abre caminho para o fortalecimento da pré-candidatura do prefeito de São Luís Eduardo Braide (PSD).

Políticos bem próximos ao chefe do Executivo da capital ouvidos pelo blog do Jorge Vieira confirmam que Braide, líder nas pesquisas para o governo do estado, aguardava apena o desenrolar da crise no grupo governista para tomar a decisão de trocar o Palácio de La Ravardiere pelo Palácio dos Leões. O projeto já estaria praticamente definido, mas por questões de estratégia somente deverá ser oficializado no início de 2026, no prazo limite para desincompatibilização.

A crise que abalou profundamente a estrutura da base de sustentação política do presidente Luís Inácio Lula da Silva no Maranhão, provocada, segundo veio a público por um grupo de deputados, por não cumprimento de acordos firmado durante a composição da chapa em 2022 quando Carlos Brandão foi confirmado como candidato, deixou completamente vulnerável os dois pré-candidatos: Felipe Camarão (PT) e Orleans Brandão (MDB). Unido, o grupo seria imbatível, rachado presa fácil.

Segundo chegou ao conhecimento do blog, caso houvesse a pacificação na aliança governista, com Brandão entregando o comando do Estado para Felipe Camarão disputar a reeleição com o apoio de todas base e com o presidente Lula no palanque, Braide cumpriria todo seu mandato, pois avaliaria que não teria a menor condições de enfrentar duas máquinas poderosas.

Como se confirmou o que já era esperado: o aprofundamento da crise após com a divulgação de áudios gravados de forma clandestina de deputados ligados ao ex-governador Flávio Dino pressionando para cumprimento de acordos políticos, o que provocou um distanciamento ainda maior entre apoiadores do governador Carlos Brandão dos aliados do atual ministro dos Supremo Tribunal Federal, a conjuntura tomou novo rumo.

Segundo as mesmas fontes, Braide aguarda o melhor momento para anunciar sua participação na corrida ao Palácio dos Leões, avalia que não teria nada a ganhar tomando esta decisão agora, a não ser uma enxurrada de críticas de potenciais adversários, algo que prefere encarar ao longo da campanha.

O fato é que o desfecho da briga que culminou com a implosão do grupo palaciano pode ter jogados pelos ares a possibilidade de sucesso das pré-candidaturas de Orleans, sobrinho do governador, e Felipe Camarão, afilhado político de Dino. E era tudo que Braide desejava antes de decidir entregar o comando da capital para a vice Esmênia Miranda e enfrentar o desafio de concorrer ao governo do Estado.

Resta saber se conseguirá forma grupo para lhe acompanhar nessa arrojada empreitada.

  • Jorge Vieira
  • 24/out/2025

Lula seria reeleito hoje no 1º turno para quarto mandato, diz Atlas Intel

Pesquisa Atlas Intel divulgada nesta sexta-feira (24) mostra que Lula seria reeleito no primeiro turno para seu quarto mandato na Presidência, independentemente de quem seja o candidato da direita.

No principal cenário, com Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) como adversário, Lula somaria 51,3% e o candidato da terceira via 30,4%. Os outros adversários somam 11,5%, enquanto indecisos, brancos e nulos chegam a 6,9%.

O estudo mostra que Lula vem numa crescente desde janeiro, com uma subida maior a partir de agosto, quando o presidente marcava 44,1% contra 31,8% de Tarcísio, que vem caindo nas intenções de votos.

Em um segundo cenário, Lula venceria Michelle Bolsonaro (PL) com os mesmos 51% contra 26,2% da esposa de Jair Bolsonaro. Ronaldo Caiado (União) marca 9,1%, Ratinho Jr (PSD) 5,1% e Romeu Zema (Novo) 4,6%. Brancos e nulos são 3,2% e indecisos 0,8%.

Lula também marca os mesmos 51% em um cenário sem a ex-primeira-dama. Caiado registra 15,3%, Zema 10,6% e Ratinho 10,4%. Brancos e nulos somam 9,4% e indecisos 3,4%.

Haddad vence Tarcísio

A Atlas Intel ainda testou um cenário com Fernando Haddad, no lugar de Lula. Atual ministro da Fazenda, Haddad supera Tarcísio no primeiro turno com 43,1% a 30,1%. Caiado vem em seguida com 7%. Na sequência estão Ratinho com 3,5% e Zema, com 2,6%. Brancos e nulos são 10,8% e indecisos 2,9%.

Em simulações do segundo turno, Lula vence todos os adversários: 52% a 44% contra Tarcísio; 52% a 43% contra Michelle; 52% a 44% contra o inelegível Bolsonaro; 52% a 35% contra Zema; 52% a 36% contra Caiado; e 51% a 37% contra Ratinho.

“O presidente Lula ampliou sua vantagem em todos os cenários de 2º turno. Contra Tarcísio, Michelle ou num cenário hipotético contra Jair Bolsonaro, Lula abriu uma vantagem de 8pp a 9pp. Contra governadores da direita, as margens vão de 14pp a 17pp a favor de Lula”, diz a Atlas em análise nas redes.

A Atlas Intel ouviu 14.063 eleitores entre os dias 15 e 19 de outubro. A margem de erro é de 1 ponto percentual para mais ou para menos.

  • Jorge Vieira
  • 24/out/2025

Evangelista diz que politizar segurança pública não resolve problemas da criminalidade

O deputado Neto Evangelista (União Brasil) reagiu, na sessão plenária desta quinta-feira (23), a críticas da oposição relacionadas a problemas no sistema de segurança pública do Maranhão. Ele observou que se trata de tema cada vez mais sensível e que não faz sentido politizá-lo e responsabilizar o governador Carlos Brandão por uma situação que ganha dimensão em todo o território nacional e que não é um caso isolado.

Evangelista frisou que o problema da segurança pública é de responsabilidade do Governo Federal. Ele disse, ainda, que o que se presencia atualmente no Maranhão é algo que também já foi presenciado em gestões federais anteriores. O parlamentar abordou, também, a problemática das facções criminosas e do tráfico de drogas, afirmando que esta decorre de uma triste realidade presente em todos os estados do Brasil, exceto Goiás.

Ele disse que não se pode tocar o terror como vem acontecendo nos últimas semanas e lembrou que em gestões anteriores houve, inclusive, toque de recolher, o que não é o caso desta vez. “Nós não vimos agora toque de recolher, a não ser feito pela oposição, que quer politizar o assunto”, disse, acrescentando que o governador Carlos Brandão está coordenando uma força-tarefa para que tudo volte à normalidade.

“Quando se fala em segurança pública, nós vivemos um caos lá em 2014, quando cabeças foram decepadas durante rebeliões”, acrescentou Neto Evangelista, frisando que esse é um problema que foi sanado, haja vista que nunca mais tornou a ocorrer.

“Atualmente, os presos trabalham e produzem. Ontem, por exemplo, estive em Coroatá entregando móveis produzidos por apenados do sistema prisional maranhense”, informou o deputado.

Neto convidou os colegas de Plenário para uma reunião com a Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa. “É importante irmos até a Corregedoria do Tribunal de Justiça para conversar com o secretário de Segurança e tentar entender o que está acontecendo É uma maneira de tentarmos ajudar o nosso Estado”, declarou.

Na condição de líder do Governo na Assembleia Legislativa, Neto Evangelista chegou a sugerir que os deputados proponham a aplicação de mais recursos financeiros também no sistema carcerário do Estado. E voltou a frisar que não é politizando o tema da segurança pública que a solução aparecerá.

  • Jorge Vieira
  • 23/out/2025

Vazamento de áudios sobre negociação de aliados de Dino com governador deflagram crise no Maranhão

O Maranhão mergulhou em uma crise política nos últimos dois dias com a divulgação de áudios em que aliados de Flávio Dino, ex-governador e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), tratam de um suposto acordo entre ele e o sucessor, Carlos Brandão (sem partido), com quem está rompido. Por esse acordo, Dino, já no Supremo, teria exigido que seu grupo político assumisse uma prefeitura em troca de liberação de prescrição do governador para o Tribunal de Contas do estado, foco de ações de que o ministro é o relator.

Os áudios, expostos na tribuna da Assembleia Legislativa pelo deputado estadual Yglésio Moysés (PRTB), mostram trechos de conversas em que os deputados federais Rubens Pereira Júnior (PT-MA) e Márcio Jerry (PCdoB-MA), além do secretário-executivo do Ministério dos Esportes, Diego Galdino, e o desembargador federal Ney Bello — todos aliados de Dino — discutiram os termos e condições impostos pelo ministro para selar a paz com o grupo de Brandão.

Moysés é apoiador de Jair Bolsonaro e pré-candidato ao Senado Federal, e teria conseguido os áudios através de “fontes em Brasília”. O material que ele expõe não reproduz a totalidade das conversas e nem revela quem gravou as ligações. Procurada, a assessoria de Flávio Dino afirmou por meio de nota que “o ministro não participou e nem respondeu por supostos diálogos políticos de terceiros”. “A hipótese é obviamente absurda”, conclui o comunicado.

Já Rubens Júnior confirma ter abordado a sucessão nas prefeituras e a questão do TCE em conversas com Dino no ano passado, a pedido de Brandão. Mas diz que foi gravado ilegalmente e que os áudios estão fora de contexto, e alega que o ministro se distanciou das tratativas políticas e se decidiu a discutir as ações do STF.

O governador Carlos Brandão, por sua vez, divulgou nota em que afirma que “tudo o que veio ao público agora já era sabido, porque eles próprios, numa exibição de intimidação com outras forças, falam abertamente”. Negou, ainda, que tenha sido o autor do áudio. “Eu não gravei, meu governo não gravou. Eles se fizeram gravar” (confira a íntegra da nota ao final da matéria).

‘Zera tudo’

Na gravação exibida por Moysés na Assembleia que envolve Rubens Júnior, o deputado aparece falando no viva-voz durante um telefonema gravado em vídeo, falando em “cumprir o acordo de Colinas (MA) [cidade do interior que é reduto eleitoral de Brandão] e tratar bem quem votou no governador” em 2022.

O Supremo

Na ligação, Rubens Júnior se refere a “ele”. “Ele disse: Júnior, se a gente conseguir avançar nessas duas pautas, zera tudo. Eu libero TCE, a gente faz de conta que a gente nunca se desentendeu em nada na vida. Zera o jogo todo de novo”. Dino é relator de duas ações contra o processo de escolha de conselheiros para o TCE do Maranhão, demonstrações depois que Brandão indicou um sobrinho para integrar o tribunal. Uma foi proposta pelo partido Solidariedade e outra pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Nas duas, Dino não só não se declarou impedido como suspendeu o processo de indicação.

Na tarde de terça-feira, já com os áudios circulando em grupos de WhatsApp do Maranhão e reproduzidos em sites locais, Rubens Júnior foi à tribuna da Câmara dos Deputados explicar o episódio, que classificou como fruto de uma “onda de gravação ilegal, clandestina e descontextualizada para atingir pessoas sérias”.

Seu pai, Rubens Pereira, foi secretário de Articulação Política de Brandão. Com o escândalo, ele pediu demissão nesta quarta-feira, assim como o secretário Robson Paz (Cidades), do PCdoB de Jerry. “O governador Carlos Brandão me chama para um diálogo, onde ele me diz: deputado Rubens Júnior, ajude a construir a paz do nosso grupo político. Construção da paz? Sempre vai contar com o meu apoio”, discursou o deputado. “O que ele queria? Que eu fizesse um diálogo com o ministro Flávio Dino, que foi meu orientador na graduação, foi meu padrinho de casamento e companheiro de partido durante muitos anos. E assim eu fui e dialoguei. Quando eu trago o retorno para o governador Brandão e para o irmão seu, Marcus Brandão, pasmem os senhores, eu sou gravado ilegalmente”, declarou na Câmara.

‘Senta e governa’

Essa, porém, não foi a única gravação divulgada por Moysés. Um vídeo exibido pelo deputado mostra a tela de uma conversa por WhatsApp entre Rubens Pereira pai, conhecido como Rubão, e um interlocutor não identificado.

Expectativa: Após reunião com Lula, líderes evangélicos avaliam que Messias já foi escolhido para o STF
Leia também: Candidatos à vaga de Barroso no STF esperam ‘telefone da retirada’

Na troca de mensagens, o secretário de Brandão exibe mensagens encaminhadas que seriam do desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) Ney Bello listando políticas condicionantes para que o governador “sente e governe”, sob risco de “não chegar em abril [de 2026]”, quando em tese ele poderá renunciar para concorrer ao Senado.

Seriam elas: “afastar o irmão [Marcus, irmão de Brandão] de TUDO que diga respeito ao governo”; “entregar as secretarias de volta ao PT ainda que seja com outros titulares com nomes negociados”; “anunciar publicamente que é candidato a senador e Felipe Camarão vai assumir numa ampla coalizão”; “tirar a grande e enorme maioria dos parentes do governo e compor politicamente com a base” e “dizer que não se mete na eleição da ALEMA [Assembleia Legislativa] e o STF que decide”.

“Com isso ele senta e governa”, segue o autor do texto. No vídeo, a próxima mensagem atribuída ao desembargador ainda diz: “Ele [Brandão] precisa baixar a bola e segurar a arrogância burra dos irmãos! Há alguns inquéritos para estourar e isso vai jogar ele na lama. Ou ele parte para a contenção de danos ou não chega em abril [de 2026]”, dizem as mensagens.

“Se Rubão [pai de Pereira Júnior] quiser usar meu nome como vetores desses cinco itens que ele pode usar!”. Procurado, o desembargador do TRF-1 se manifestou por meio de nota da assessoria do tribunal e não negou a autoria das mensagens, embora aponte “distorções” e “uso político” na “divulgação de gravações clandestinas”. Bello afirmou ainda que foi professor e orientador de Rubens e que os dois conversaram sobre vários temas. Mas destacou que não é relator de nenhum processo envolvido político de sua terra natal.

‘Abro mão do que for’

Um terceiro áudio é atribuído a Diego Galdino, ex-secretário no governo Dino e número dois do ministro dos Esportes, o também maranhense André Fufuca (PP).

Na gravação, a fala sobre uma suposta orientação de Dino é ainda mais incisiva. “Conversei com o Flávio na semana passada. E aí ele conversou pessoalmente comigo e disse essas palavras que eu vou te dizer aqui: ‘Galdino, conversa com o Felipe [Camarão, vice-governador do PT], conversa com o Brandão, que eu só quero conversar sobre Colinas. Eu só faço questão de Colinas. Deixa para lá Barreirinhas (MA), deixa para lá as outras coisas, que se eles quiserem, se fizerem um gesto para mim, conversar comigo sobre Colinas, para não ter confusão eu queria só queria que mantivesse o acordo de Colinas’”.

O áudio continua: “[Flávio disse] ‘eu abro mão de Barreirinhas, abro mão do que for, só preciso que eles resolvam Colinas para mim. Fala para Brandão que eu só preciso que ele resolva Colinas para mim que o resto está superado’”.

Procurado por meio da assessoria de imprensa do Ministério dos Esportes, Galdino não respondeu aos pedidos de entrevista. A assessoria informou que o assunto não diz respeito à pasta e que, “por esse motivo, não há como emitir qualquer tipo de manifestação a respeito”.

Colinas

Colinas, município de 40 mil habitantes no interior do estado onde nasceu Carlos Brandão, é o berço eleitoral do governador, mas também base do deputado federal Márcio Jerry, o quarto aliado de Dino envolvido no escândalo.

O “acordo de Colinas” a que os aliados de Dino se referiam seria um acerto feito em 2016, pelo qual o irmão de Márcio Jerry, João Haroldo, retirava a candidatura a prefeito em apoio à escolhida por Brandão, virando vice. Em 2020, ele abriu mão de novo de disputar a cabeça de chapa e aceitou continuar como vice em troca de apoio para a prefeitura em 2024.

Quando chegou a vez dele, porém, Brandão decidiu lançar o candidato próprio — Renato Santos (MDB), que derrotou João Haroldo. Essa é a situação sobre como Jerry fala no vídeo de outro telefonema realizado no viva-voz.

No diálogo, o deputado, aparentemente citando a fala de alguém, afirma que a pessoa tem “[…] recebeu mensagens de que o governador quer um clima de harmonia e de paz. Diga a ele, e eu estou te autorizando a dizer a ele, que eu também quero esse clima total de paz. Agora, para ter clima de paz é preciso gestos, né. As coisas que pedi, nada foi feito. Então vê aí o que é possível”, diz o parlamentar na gravação, seguida de um corte. “Citou Colinas, citou Barreirinhas (cidade na região dos Lençóis Maranhenses administrada pelo grupo de Brandão)”.

Rompimento e crise

Flávio Dino foi eleito governador do Maranhão em 2014, reelegeu-se em 2018 e renunciou em 2022 para concorrer ao Senado. O vice, Carlos Brandão, assumiu o governo e concorreu a um novo mandato na chapa, junto com Dino e pelo mesmo partido, o PSB.

Mas os dois foram se afastando progressivamente. O clima piorou de vez após a chegada do aliado ao STF no início de 2024 por indicação de Lula.

Isso porque, menos de uma semana após a adesão na Corte, Dino foi sorteado para relatar duas ações que questionavam a constitucionalidade da indicação de um sobrinho do governador, Daniel Brandão, para o Tribunal de Contas. As ações foram apresentadas pelo Solidariedade e pela PGR.

Além de não se declarar impedido, Dino ainda acatou uma liminar que suspendeu o procedimento de nomeação de conselheiros em março de 2024. O processo até hoje não foi analisado pela Corte.

Foi para tentar resolver esse problema que todos esses aliados se movimentaram. Na nota em que confirma o teor das negociações, Carlos Brandão afirma que “Rubens Júnior me trouxe o recado, uma oferta. Eu apoiaria a candidatura de interesse do deputado Márcio Jerry em Colinas, e as vagas retidas do TCE seriam liberadas. O próprio Rubens Júnior confirmou na tribuna da Câmara Federal”.

Depois disso, em fevereiro deste ano, Dino ainda suspendeu liminarmente outra nomeação de um aliado de Brandão, o advogado Flávio Costa. Nenhuma das tentativas de selar a paz deu resultado – até que tudo veio à tona por meio das gravações de Moysés, que envolveram no escândalo um ministro do Supremo, um desembargador, dois deputados federais e um secretário de Lula.

Leia abaixo, na íntegra, as notas enviadas pelo ministro Flávio Dino, pelo desembargador Ney Bello e pelo governador Carlos Brandão.

Flávio Dino:
“A assessoria informa que o ministro não participou e nem respondeu por supostos diálogos políticos de terceiros. A hipótese é obviamente absurda.”

Ney Bello:
O Desembargador Ney Bello afirma que foi professor de graduação e mestrado – além de orientador de mestrado – de Rubens Pereira Júnior, além de travarem antiga amizade. Em razão disso, naturalmente conversamos sobre todos os assuntos como convém a amigos e é o que cabe na relação acadêmica entre orientador/orientando. Como Magistrado há 30 anos, o professor e desembargador Ney Bello não possui atividade política partidária, e nem é relator de qualquer processo político envolvido em sua terra natal. É de estranhar que conversas deste tipo sejam mencionadas por terceiros, com distorções e uso político e, pior, acompanhadas de divulgação de gravações clandestinas, como já foi denunciado publicamente por parlamentares.

Carlos Brandão:
Em política, tem que ter coerência. Sou parceiro do presidente Lula sob qualquer circunstância, mas aqui no Maranhão tem divisão. O governo que se encerrou em 2022 quis permanecer no comando da gestão para a qual fui eleito. Fui parceiro, mas impus limites. A ocorrência foi insana, agressiva, utilizando-se até de canções e barganhas nada republicanas. Tudo o que agora veio a público já era sabido, porque eles próprios, numa exibição de intimidação com outras forças, falam abertamente. A quem queria ouvir e, eventualmente, até gravar. O deputado Rubens Júnior me trouxe o recado, uma oferta. Eu apoiei a candidatura de interesse do deputado Márcio Jerry em Colinas, e as vagas retidas do TCE seriam liberadas. O próprio Rubens Júnior confirmou na tribuna da Câmara Federal. Eu não gravei, meu governo não gravei. Eles se fizeram envelhecer. Agora temem os efeitos dessa exposição vexatória a que se submeteram, expondo nomes de outros níveis e poder. (O Globo)

  • Jorge Vieira
  • 23/out/2025

Assembleia aprova política estadual de valorização da educação no campo

A Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou, na sessão desta quinta-feira (23), o Projeto de Lei nº 254/2025, de autoria da deputada Ana do Gás (PCdoB), que institui a Política Estadual de Valorização da Educação no Campo. A proposta tem como objetivo garantir o acesso, a permanência e a aprendizagem dos estudantes das zonas rurais, respeitando as especificidades culturais, sociais e econômicas dessas comunidades. O texto segue para sanção do governador Carlos Brandão.

De acordo com o projeto, a política estabelece diretrizes voltadas ao fortalecimento da educação rural no Maranhão, como a garantia de transporte escolar adaptado às condições geográficas do campo, a formação continuada de professores com foco em metodologias contextualizadas e o desenvolvimento de projetos pedagógicos integrados à agricultura familiar e aos saberes tradicionais.

A proposta também prevê a melhoria da infraestrutura das escolas do campo, incluindo acesso à internet, bibliotecas rurais e laboratórios adaptados, além de incentivar a gestão democrática e a participação das comunidades locais nas decisões educacionais. Outro ponto importante é o estímulo à permanência dos jovens no meio rural, com ações articuladas às políticas públicas de juventude, cultura, esporte e geração de renda.

Na justificativa, a deputada Ana do Gás destacou que a iniciativa busca enfrentar desigualdades históricas e garantir educação de qualidade no meio rural.

“A educação no campo precisa dialogar com a realidade dos estudantes, valorizando suas origens, seus saberes e sua cultura. Com essa política, queremos assegurar que os jovens tenham condições de estudar, aprender e construir um futuro digno sem precisar abandonar o campo”, afirmou a parlamentar.

A deputada ressaltou ainda que a medida está alinhada à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e às Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, instituídas pelo Conselho Nacional de Educação.

  • Jorge Vieira
  • 22/out/2025

Brandão se manifesta sobre gravações denunciadas por Jerry e Rubens Jr.

O governador Carlos Brandão, diante das acusações deque teria usado aparato de segurança do estado para gravar clandestinamente conversas dos deputados federais Márcio Jerry (PCdoB) e Rubens Junior (PT), que motivou o rompimento dos dois parlamentares com o governo, veio a público afirmar que não gravou e nem mandou gravar ninguém. Leia a baixo a íntegra da nota do governador;

“Em política, tem que se ter coerência. Sou parceiro do presidente Lula sob qualquer circunstância, mas aqui no Maranhão plantou-se uma divisão.

O governo que se encerrou em 2022 quis permanecer no comando da gestão para a qual fui eleito. Fui parceiro, mas impus limites.

A reação foi insana, agressiva, utilizando-se até de chantagens e barganhas nada republicanas.

Tudo que agora veio a público já era sabido, porque eles próprios, numa exibição de intimidade com outras forças, falavam abertamente. A quem quisesse ouvir e, eventualmente, até gravar.

O deputado Rubens Júnior me trouxe o recado, uma oferta. Eu apoiaria candidatura de interesse do deputado Márcio Jerry em Colinas, e as vagas retidas do TCE seriam liberadas. O próprio Rubens Júnior confirmou na tribuna da Câmara Federal.

Eu não gravei, meu governo não gravou. Eles se fizeram gravar. Agora temem os efeitos dessa exposição vexatória a que se submeteram, expondo nomes de outros níveis de poder.

Carlos Brandão

Governador do Maranhão”

  • Jorge Vieira
  • 22/out/2025

PSB e PCdoB, dois dos maiores partidos da aliança que elegeu Brandão, deixam o governo

Aconteceu o que já era esperado e vinha sendo adiado por conta de um fio de esperança proporcionado por uma declaração do presidente Luís Inácio Lula da Silva de que iria se reunir com o governador Carlos Brandão para tratar sobre a pacificação de sua base de sustentação política no Maranhão: Brandonista e dinistas não se suportando mais romperam relações, pondo fim a aliança que elegeu e reelegeu Flávio (2014 e 2018) e elegeu Brandão em 2022.

O Partido Socialista Brasileiro, comando no Maranhão pela senadora Ana Paula Lobato, e o PCdoB, dirigido no estado pelo deputado federal Márcio Jerry anunciaram nesta agitada terça-feira o rompimento oficial com a gestão de Brandão recomendando a todos os seus filiados entregarem os cargos que ocupam no governo, encerrando assim uma guerra que vinha se arrastando nos bastidores da aliança por conta de supostos acordos não cumprindo, entre os quais, a passagem do comando do Estado para o vice-governador Felipe Camarão em abril de 2026, e arapongagem.

Diante da publicação de áudios e prints tornado público por aliados do governador, em que conversas informais foram gravadas, dirigentes do PSB e PCdoB vieram a público anunciar o rompimento e a entrega dos cargos.

O deputado Márcio Jerry informou a saída do jornalista Robson Paz da secretarias das Cidades e Desenvolvimento Urbano, enquanto a presidente do PSB anunciou através de nota nas redes sociais a recomendação para que seus filiados entregassem seus cargos que ocupam no governo.

Robson Paz deixou bem claro o motivo pelo qual está saindo da secretaria: “as graves denúncias de gravações clandestinas, ilegais e imorais, que teriam sido feitos por membros e aliados do governo do Estado, tendo como vítimas o deputado federal Rubens Júnior, vice-líder do governo Lula na Câmara; o secretário executivo do Ministério do Turismo, Diego Galdino; e o deputado federal Márcio Jerry, presidente estadual do PCdoB Maranhão”.

Na mesma pegada a executiva estadual do PSB reuniu e decidiu recomendar que todos os seus filiados também entregues o cargos. O ex-deputado Bira do Pindaré (PSB), secretário de Agricultura Familiar, deve seguir a orientação do partido. O PT não tomou posição, mas o fato do deputado Rubens Junior ser vice-presidente nacional do partido, pode acarretar em consequências futuras.

Diante do tudo que tem acontecido, acusações de ambas as parte, rompimento público, a reunião que teria Lula com Brandão para discutir o Maranhão parece sem sentido. No discurso de Rubens Junior, em que anunciou que o pai Rubão estava se demitindo da secretaria de Articulação Política, o governador foi taxado de traidor.

O mais curioso é que a bomba que explodiu o grupo foi detonado por um parlamentar estadual que atua como para-choque do governo Brandão. Até parece que Yglésio Moises, que levou vídeos e prints para o plenário  da Assembleia Legislativa do Maranhão, fez combinado com o governador e seu entorno.

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