Incomodado com os discursos firmes da oposição contra o governo de Carlos Brandão (ainda no PSB), o deputado Neto Evangelista (União), líder do governo na Assembleia Legislativa, foi à tribuna nesta manhã de quinta-feira (25), criticar a agressividade do grupo oposicionistas com a gestão do chefe do Executivo estadual.
“Eu acho que qualquer discussão aqui é importante. Agora, tragam ao nível de que este Parlamento necessita, tragam ao nível que os eleitores de Vossas Excelências, que os colocaram aqui, esperam”, observou.
Neto Evangelista também advertiu para que os oposicionistas não percam o autocontrole ao tentar fazer valer seus argumentos, e sugeriu que, em casos como esse, deveriam ficar calados.
“Vossas Excelências perdem a razão no momento que saem da linha. Se não têm inteligência emocional para discutir temas importantes para o Maranhão, não subam à tribuna, se resguardem ao direito de permanecerem calados, porque esse debate não ajuda”, afirmou, de forma incisiva.
Na visão de Neto Evangelista, esse tipo de postura apequena o Parlamento e atrapalha o bom andamento do Legislativo.
“Eu fico imaginando as pessoas assistindo ao YouTube, à TV Assembleia, e olha a postura de um deputado na tribuna da Assembleia Legislativa, chamando um chefe de governo de palavras de baixo calão”, destacou.
Segundo o levantamento, em julho, quando Bolsonaro e outros réus do núcleo crucial da tentativa de golpe ainda não tinham ido a julgamento, a aprovação do STF era de 43% e subiu para 46% após a condenação da organização criminosa – um aumento de 3 pontos percentuais. Já a desaprovação fez caminho contrário e caiu: foi de 49% para 45%.
Rejeição à Câmara dispara
A rejeição à Câmara dos Deputados, por sua vez, disparou após a aprovação da “PEC da Bandidagem”, que visa blindar parlamentares de investigações, e articulações para aprovar anistia aos golpistas.
Segundo a pesquisa Pulso Brasil/Ipespe, em julho a aprovação da Câmara junto à população era de 24% e, em setembro, despencou para 18%. Já a desaprovação subiu 7 pontos percentuais: era de 63% e agora chega a 70%.
Na comparação com a pesquisa divulgada em julho, a avaliação positiva do governo avançou sete pontos percentuais, enquanto a desaprovação recuou três pontos.
O levantamento ouviu 2.500 pessoas em todas as regiões do país entre os dias 19 e 22 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95,45%.
A Câmara Municipal de São Luís aprovou importantes projetos de lei que ampliam direitos sociais, fortalecem políticas públicas na área da saúde e promovem ajustes na legislação tributária da capital. As matérias, que passaram em segunda discussão e votação, receberam pareceres favoráveis das comissões temáticas da Casa.
Entre as propostas, destaque para o Projeto de Lei Ordinária nº 0106/2025, de autoria do vereador Edson Gaguinho (PP), que institui a Campanha Municipal de Atenção à Saúde dos Homens. A iniciativa busca alertar e orientar a população masculina sobre a importância do diagnóstico precoce e da prevenção de doenças, ampliando o alcance de informações e incentivando o cuidado com a saúde.
O projeto de lei também prevê ações que irão contribuir para reduzir índices de mortalidade evitáveis. Muitos homens ainda negligenciam a ida ao médico e com a lei, poderão se desenvolvidas ações de conscientização e de prevenção, salvando vidas e incentivando hábitos mais saudáveis.
Também foi aprovado o Projeto de Lei Ordinária nº 0122/2025, de autoria da vereadora Professora Magnólia (União Brasil), que cria o programa Down Abraço. A proposta garante a oferta de serviços terapêuticos e assistenciais a pessoas com Síndrome de Down, fortalecendo políticas públicas de inclusão e apoio às famílias.
O programa representa um avanço social por possibilitar cuidado, acolhimento e mais dignidade a este público. O ‘Down Abraço’ pretende assegurar garantir que crianças, jovens e adultos com Síndrome de Down tenham acesso a serviços que promovam qualidade de vida e desenvolvimento.
Além dos projetos legislativos apresentados pelos parlamentares, foi aprovado ainda, texto de autoria do Poder Executivo Municipal, que altera o artigo 408 da Lei nº 6.289/2017, consolidando a legislação tributária de São Luís. A medida também revoga o Decreto nº 55.733/2020, promovendo adequações administrativas que vão modernizar os processos fiscais e oferecer maior segurança jurídica aos contribuintes.
Os projetos de lei consolidam mais um ciclo de decisões voltadas ao fortalecimento da saúde preventiva, da inclusão social e da modernização da gestão tributária em São Luís. Agora, as propostas seguem para sanção do Executivo Municipal.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado rejeitou, por unanimidade, nesta quarta-feira (24), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem. Todos os 27 senadores da CCJ votaram para rejeitar completamente a PEC.
A proposta previa autorização prévia da Câmara ou do Senado, por meio de voto secreto, para processar criminalmente deputados e senadores.
O presidente da CCJ, senador Otto Alencar (PSD-BA), informou que o relatório aprovado, rejeitando a PEC, deve ir ao plenário da Casa ainda nesta quarta-feira para que o texto seja deliberado por todos os 81 senadores.
A proposta, que abria as portas do Congresso Nacional para o crime organizado, foi alvo de manifestações em todo o país no último domingo e motivo de repúdio. Milhares foram as ruas protestar contra a imoralidade aprovada em dois turno pela Câmara dos Deputados, com o apoio de 15 dos deputados da bancada maranhense.
Líder da bancada feminina no Senado senadora Eliziane Gama (PSD) confrontou Sergio Moro (União-PR) após o ex-juiz defender alterações para manter e aprovar a chamada PEC da Bandidagem na Comissão de Constituição e Justiça do Senado na manhã desta quarta-feira (24).
No último domingo (21), milhões de brasileiros foram às ruas em diversas cidades no país para protestar contra a aprovação da PEC, que blinda parlamentares de processos criminais. No Rio, o ato teve a presença de artistas que lutaram contra a Ditadura Militar, como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque.
Ao defender que a PEC seja enterrada, Eliziane lembrou dos atos e citou trecho da música “O Que Será (À Flor da Pele)”, de Chico Buarque, que virou símbolo da resistência à Ditadura e foi entoada em duo com Gil no domingo em Copacabana.
“A manifestação brasileira, presidente, ela criou um coro importante. Quando o Brasil foi para as ruas e eu via, é claro que a esquerda, o movimento, o campo progressista brasileiro tomou conta do Brasil. Mas, para além disso, a gente viu a sociedade brasileira presente contra essa PEC, a PEC da blindagem, o APEC da bandidagem, a PEC do fim do mundo, a PEC do absurdo, sei lá. Foram várias nomenclaturas dadas a essa PEC, a barbaridade do que ela, em sendo aprovada, poderia provocar de fato”, iniciou.
“E não tem remédio para essa PEC, não tem remédio. Me lembra, por exemplo, o Chico Buarque, quando ele diz que o que não tem conserto nunca terá. Então não adianta uma emenda, não adianta um penduricalho, porque o que nós realmente precisamos é sepultar de vez e tentar retomar o mínimo de confiança no Congresso Brasileiro”, emendou Eliziane.
O governador Carlos Brandão (ainda no PSB) tem feito de tudo para fazer decolar a pré-candidatura do sobrinho e secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão (MDB), inclusive delegando a ele comandar todas as solenidade de entrega de obras ou assinaturas de ordens de serviço nos municípios, numa espécie de terceirização da gestão conforme já denunciou o deputado Carlos Lula (PSB) na tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão, mas nem isso tem sido suficiente para melhorar a performance do parente junto ao eleitorado.
Pesquisas que estão sendo contratadas por parlamentares ou grupos empresariais para sentir o pulso do eleitorado em relação à sucessão governamental visando definirem estratégias ou opções por nomes, indicam que o candidato apoiado pelo governador Carlos Brandão não chega a fazer nem sombra ao prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), tanto na espontânea, como na induzida (aquela em que os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados). Chega a ser irrisório o percentual espontâneo de Orleans.
O Blog do Jorge Vieira teve acesso a uma pesquisa realizada entre os dias 16 e 21 de agosto de 2025 (não divulgo o nome do instituto porque não tenho autorização do contratante) em que na pesquisa espontânea Braide tem 14,23%, Lahésio Bonfim 4,08%, Felipe Camarão 3,00% e Orleans apenas 1,54%. Pelos números colhidos dar para se ter uma noção da dificuldade que o governador terá para emplacar seu sobrinho como sucessor.
O quadro não é muito diferente também na amostragem induzida. Na pesquisa do período entre 16 e 21 de agosto que tive acesso e posso mostrar a quem duvidar de forma reservada, assim como em outras que tive acesso, Orleans sempre está pontuando com menos 20%. Na pesquisa realizada entre 16 e 21 de agosto, por exemplo, o prefeito de São Luís aparece com 36,31% de intenção de votos enquanto Orleans Brandão tem apenas 17,08%. Lahésio vem em seguida com 13,46% e Camarão com 12,23%. Outros 10,92% ainda não sabem.
Um parlamentar considerado do grupo governista, em conversa em off com o responsável pelo Blog, confirmou que tem contratado várias pesquisas e que em todas o percentual do candidato do governador não consegue chegar aos 20% e que, por conta desse fraco desempenho, com toda a estrutura do governo colocada a serviço da pré-candidatura, estaria com o “freio de mão puxado”. Disse ainda que “assim como eu, a maioria dos deputados estão fazendo a mesma coisa, vendo para que lado o vento está soprando”.
Perguntei a um deputado da base de Carlos Brandão se todo o aparato do governo para promover o candidato do Palácio dos Leões e atos diários em que figura como personagem principal, explorado à exaustão nas redes sociais e na mídia não estaria motivando a classe política e obtive a resposta sincera: “o secretário vai aos municípios diz que é ele que vai fazer ou que fez sem citar sequer o nome do parlamentar que solicitou o benefício para sua base e isso tem desmotivado os deputados ao engajamento na candidatura”.
A Assembleia Legislativa do Maranhão realizou, na tarde desta terça-feira (23), sessão solene alusiva aos 10 anos da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. A homenagem foi proposta pelo deputado Carlos Lula (PSB) e a sessão foi conduzida pela deputada Andreia Rezende (PSB). Representantes de entidades ligadas à causa com sede em outros municípios do estado também participaram.
Compuseram a mesa da sessão solene a secretária-adjunta de Estado de Direitos da Pessoa com Deficiência, Beatriz Carvalho, o representante do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, Paulo Carneiro Teixeira, o vereador Jorge Amaro, do Rio Grande do Sul, e o presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de Imperatriz, Evandro Fernandes.
Também estavam na mesa o coordenador do Fórum Maranhense das Entidades de Pessoas com Deficiência e Patologia, Dilson Ramos, o representante do Centro de Apoio Operacional de Defesa dos Direitos das Pessoas Idosas e com Deficiência, Alenildo Santos Júnior, e a vice-presidente do Fórum Nacional de Gestores da Política de PCD, Priscila Selares.
O deputado Carlos Lula iniciou os pronunciamentos detalhando a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) e sua importância para a sociedade. “A exclusão não é um destino, mas uma escolha coletiva que a gente precisa superar todos os dias. A lei garante direitos fundamentais que vão da saúde à educação, da moradia ao transporte, do trabalho à cultura, sempre com a perspectiva da igualdade de condições. Ao mesmo tempo em que comemoramos, não podemos fechar os olhos para o que ainda falta. Negar a uma pessoa com deficiência o acesso a uma escola inclusiva, por exemplo, é negar a ela a oportunidade de desenvolver seus talentos e sonhos”, frisou Carlos Lula.
Isabele Passinho, diretora de Mobilidade Inclusiva e Aeroviária da MOB e presidente da Comissão de Pessoa com Deficiências da OAB/MA, destacou o trabalho da deputada Andreia Rezende na Casa do Povo e frisou a importância do evento, não somente pela sua simbologia, mas por aquilo que significa para todas as pessoas com essa condição.
“A Lei Brasileira de Inclusão é uma realidade que vem sendo conquistada a cada dia. Apesar de ser uma legislação muito bem elaborada, continua em processo de efetividade e construção, pois todos os dias as pessoas com deficiência enfrentam desafios”, disse.
Priscila Selares, vice-presidente do Fórum Nacional de Gestores da Política de PCD, abordou as questões de gênero previstas na LBI. “Essa lei foi determinante para que tivéssemos, por exemplo, o aumento de pena para agressores de mulheres com deficiência em situação de violência, e a inclusão na Lei Maria da Penha da obrigatoriedade da informação da condição de deficiência nos crimes de violência doméstica e familiar”, lembrou.
O representante do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, Paulo Carneiro Teixeira, contribuiu falando sobre o papel do Conselho, que tem sido e continuará sendo um espaço de resistência. “Um espaço de diálogo democrático e de defesa dessa lei, sempre ao lado das pessoas com deficiência e suas entidades representativas”.
Vereador do Rio Grande do Sul, Jorge Amaro lembrou que o Maranhão tem 500 mil pessoas com deficiência e destacou o protagonismo do estado nessa área. “Eu já participei de muitos eventos relativos a pessoas com deficiência em muitos lugares do Brasil, mas somente aqui há um Fórum que se mantém vivo e ativo há muito tempo, movimentado pela sociedade civil”, elogiou.
O representante do Centro de Apoio Operacional de Defesa dos Direitos das Pessoas Idosas e com Deficiência, Alenildo Santos Júnior, tratou dos desafios da LBI. “Entendemos que é necessário que haja união de forças para que possamos estar nas cidades do Maranhão fazendo esse trabalho de fomento dos movimentos sociais para discutir a criação, instalação e funcionamento dos conselhos municipais de direito da pessoa com deficiência, pois, atualmente, temos eles instalados em menos de um quarto dos municípios do Maranhão. Logo, nosso desafio é grande”, lamentou.
Beatriz Carvalho, secretária-adjunta de Estado de Direitos da Pessoa com Deficiência, agradeceu pela iniciativa do evento. “Esses dez anos dessa lei nos traz muitos momentos os quais não poderíamos ter deixado passar e branco. São dez anos de assinatura, mas por muito mais tempo ela vem sendo construída, e não podemos permitir que algo possa tirar as nossas garantias de direitos”, pontuou.
Evandro Fernandes, presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de Imperatriz, aproveitou a oportunidade para frisar que, em novembro, a Região Tocantina sediará o VIII Encontro das Entidades de Pessoas com Deficiência e Patologia. “É um encontro em que as entidades da sociedade civil se reúnem, a cada dois anos, para discutir, ao longo de três dias, a política estadual voltada para essas pessoas”, informou.
A deputada Andreia Rezende, tetraplégica há 7 anos, encerrou a sessão com uma frase de impacto, que a ela havia sido dita pela senadora Mara Cristina Gabrilli. Foi a senadora quem presenteou a parlamentar aranhense com um exemplar da Lei Brasileira de Inclusão (LBI). “Olhando nos meus olhos, ela disse: inclusão não é favor, é direito. Muito obrigada”, finalizou.