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Notícias
  • Jorge Vieira
  • 1/ago/2012

Eleitorado mais jovem volta a crescer para as eleições 2012

O
número de eleitores mais jovens voltou a crescer para as Eleições 2012,
retornando ao mesmo patamar das eleições municipais de 2008. O
eleitorado na faixa etária de 16 a 17 anos, apto a votar em outubro,
atingiu 2.913.627, sendo 1.157.551 (0,82%) de eleitores com 16 anos e
1.756.076 (1,25%) de eleitores com 17 anos. Em 2008, o eleitorado nessa
faixa etária era de 2.923.485 e havia caído para 2.391.092 nas eleições
gerais de 2010.
Em 2008, os eleitores de 16 anos eram 1.119.632 (o equivalente a
0,85% do eleitorado na época) e os de 17 anos chegavam a 1.803.853
(1,38%). Já em 2010, os eleitores de 16 anos caíram para 900.754 (0,66%)
e os de 17 anos para 1.490.338 (1,09%).
Os números refletem o aumento do interesse e da participação dos
eleitores mais jovens no processo eleitoral, ainda mais quando seu foco
tem caráter municipal. O voto é facultativo aos eleitores com idades de
16 e 17 anos.
Programas de conscientização
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os Tribunais Regionais
Eleitorais (TREs) desenvolvem o Projeto Jovem Eleitor, que contempla
diversas ações, campanhas e programas voltados a conscientizar e
estimular a participação dos jovens nas eleições.
Os programas do projeto são desenvolvidos em escolas municipais,
estaduais e federais. Eles incentivam a participação política consciente
e ressaltam a importância cívica do voto dos jovens para o
fortalecimento da Democracia no país.
O Projeto Jovem Eleitor oferece ainda aos alunos, nas visitas que
servidores da Justiça Eleitoral fazem às escolas, diversas informações
sobre a implantação e a evolução da Justiça Eleitoral brasileira, por
meio de palestras, cartilhas e vídeos. Há ainda visitas agendadas de
turmas de crianças e adolescentes a tribunais e museus eleitorais.

  • Jorge Vieira
  • 1/ago/2012

CNJ determina ficha limpa para cargos de confiança no Judiciário

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) aprovou uma
resolução que estabelece a “ficha limpa” para os servidores que
ocupem cargos em comissão ou funções de confiança no Poder Judiciário.
A decisão usa como parâmetro as vedações previstas na Lei da Ficha Limpa,
aprovada em 2010 pelo Congresso e considerada totalmente válida pelo STF
(Supremo Tribunal Federal) no primeiro semestre deste ano.
Os tribunais não poderão mais contratar servidores que já tenham sido
condenados, em decisão colegiada, por improbidade administrativa ou crimes como
corrupção e lavagem de dinheiro.
A decisão vincula todo o Judiciário, menos o Supremo, que está acima do CNJ.
A resolução não vale para os funcionários de carreira, que são concursados.
O conselho deu 90 dias para que funcionários com “ficha suja”
sejam identificados. Depois disso, as cortes terão 180 dias para demiti-los.
Os tribunais deverão desde já analisar a ficha corrida das novas
contratações.
O texto foi proposto pelo conselheiro Bruno Dantas.

  • Jorge Vieira
  • 1/ago/2012

Mensalão: entenda o que começa ser julgado amanhã (2)

Veja o que escreveram sobre o caso os
procuradores Antonio Fernando de Souza e Roberto Gurgel e o ministro
Joaquim Barbosa. Veja ainda quem são os 38 réus, do que são acusados e o
que alegam em suas defesas

Na sua peça acusatória,
o ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza
classificou-o como a ação de uma “sofisticada quadrilha” destinada a
comprar apoio de partidos para o projeto político do PT e do
ex-presidente Lula. Na apresentação de memorial
concluído na semana passada, o atual procurador-geral da República,
Roberto Gurgel, chamou-o de “o mais atrevido e escandaloso esquema de
corrupção e de desvio de dinheiro público flagrado no Brasil”.
Em sua defesa, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares diz que tudo não
passou de um acerto financeiro feito entre ele e o publicitário Marcos
Valério para a concessão de um empréstimo para saldar dívidas de
campanha do partido e de aliados. O ex-ministro da Casa Civil José
Dirceu vai mais além: segundo ele, o mensalão não existiu, trata-se de
uma invenção do presidente do PTB, Roberto Jefferson, motivada por
sentimentos de vingança.
Será entre as alegações da acusação e as da defesas, com as provas
anexadas, que os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal terão de
avaliar em que ponto está a verdade. O julgamento que começa amanhã (2),
e que deverá se estender por mais de um mês, talvez seja o mais
complexo de toda a história da Suprema Corte. A Ação Penal 470, que
trata do caso que Roberto Jefferson, delator e réu, chamou de
“mensalão”, tem 147 volumes, 173 apensos, 69 mil páginas. Serão julgados
38 réus,
dos quais dois – o ex-secretário de Comunicação do governo Luiz
Gushiken e Antônio Lamas, que era ligado ao PL (hoje PR) – foram
inocentados pelo Ministério Público. Na acusação inicial, os réus eram
40, mas um deles morreu, o ex-deputado do PP José Janene, e  outro,
Sílvio Pereira, ex-secretário do PT, fez um acordo com a Justiça.
As acusações de vários crimes – como formação de quadrilha, lavagem
de dinheiro, corrupção ativa e passiva – pesam sobre os outros 36 réus.
Nomes como Roberto Jefferson, Delúbio, Dirceu, os publicitários Marcos
Valério e Duda Mendonça, entre outros.
Para ajudar o leitor a entender o que estará em julgamento, o Congresso em Foco reuniu
os principais documentos já disponíveis sobre o caso, e faz um resumo
do que há contra cada um dos réus e o que eles alegam em sua defesa.
A acusação
No início das 136 páginas da peça acusatória, Antônio Fernando de
Souza inicia historiando que o início do caso remete à denúncia de
pagamento de propina ao ex-diretor da Empresa de Correios e Telégrafos
(ECT) Maurício Marinho. Indicado pelo PTB, Maurício Marinho foi flagrado
em um vídeo pedindo e recebendo propina. O flagrante acabou estampando a
capa da edição da revista Veja de 18 de maio de 2005, sob o título “O homem chave do PTB”.
“Acuado, pois o esquema de corrupção e desvio de dinheiro público
estava focado, em um primeiro momento em dirigentes da ECT indicados
pelo PTB”, Roberto Jefferson, então deputado e já presidente do partido,
resolveu denunciar a existência de um esquema mais amplo, pelo qual
“parlamentares que compunham a chamada ‘base aliada’, recebiam
periodicamente, recursos do Partido dos Trabalhadores em razão do seu
apoio ao governo federal, constituindo o que se denominou como
‘mensalão’”. Segundo Antônio Fernando, “todas as imputações feitas pelo
ex-deputado Roberto Jefferson ficaram comprovadas”.
“O conjunto probatório produzido no âmbito do presente inquérito
demonstra a existência de uma sofisticada organização criminosa,
dividida em setores de atuação, que se estruturou profissionalmente para
a prática de crimes como peculato, lavagem de dinheiro, corrupção
ativa, gestão fraudulenta, além das mais variadas formas de fraude”,
conclui o ex-procurador-geral da República.
Setores de atuação
A acusação da Procuradoria-Geral da República foi aceita pelo Supremo
Tribunal Federal, que abriu a Ação Penal 470, transformando os acusados
em réus. O caso foi relatado pelo ministro Joaquim Barbosa. No
relatório que detalha a ação, ele repete o que foi narrado por Antônio
Fernando de Souza, e estabelece que a organização era dividida em
“setores de atuação”.
Havia o “grupo político”, formado pelo ex-ministro da Casa Civil José
Dirceu, pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, pelo ex-presidente do
partido José Genoino e pelo também dirigente petista Sílvio Pereira. A
função desse grupo era obter junto aos aliados o suporte político para o
projeto de poder do partido.
Para viabilizar tal “suporte político”, uniu-se o “grupo
operacional”, capitaneado por Marcos Valério. O publicitário mineiro
repetiu para o PT o que fizera para o PSDB em Minas Gerais,
“especialmente a partir do um esquema baseado em empréstimos feitos “em
troca de vantagens patrimoniais no governo federal”. Para garantir o
necessário suporte financeiro ao esquema imaginado, juntou-se o terceiro
grupo, o “financeiro”, formado pelos executivos do Banco Rural e do
BMG.
Memorial
O último documento que o Congresso em Foco torna
disponível é o memorial feito pelo atual procurador-geral da República,
Roberto Gurgel. O memorial tem sete páginas de apresentação, e mais 338
páginas que resumem as peças de todo o processo, os depoimentos dos
réus e testemunhas, documentos do Banco Central, auditorias da
Controladoria Geral da União (CGU), documentos do governo dos Estados
Unidos que atestariam o crime de lavagem de dinheiro por parte do
publicitário Duda Mendonça (responsável pela campanha vitoria do
ex-presidente Lula em 2002) e perícias técnicas e contábeis. Ontem (31),
o ministro Joaquim Barbosa tornou o memorial disponível aos advogados
dos réus.
O Congresso em Foco não
obteve a íntegra das sete páginas da apresentação, mas apenas das
outras 338 páginas que detalham o processo. Na apresentação, Gurgel
classifica o caso que ficou conhecido como “mensalão” como o mais
“atrevido esquema de corrupção” da história.
Nas demais 338 páginas, ele destaca trechos do processo. Aponta, por
exemplo, que exames contábeis feitas nas contas das empresas de Marcos
Valério apontam a existência de fraudes para tentar explicar o
empréstimo concedido ao PT. “O contador e os prepostos executaram
verdadeira engenharia contábil (…) criando a falsa ideia de que somente o
PT foi beneficiário dos recursos”. Documento do Banco Central
mencionado por Gurgel no memorial diz que “os empréstimos foram
concedidos sem qualquer embasamento técnico de crédito, sendo os valores
totalmente incompatíveis com a capacidade financeira” das empresas de
Marcos Valério envolvidas. Avalistas dos empréstimos, Genoino e Delúbio,
afirmam, ambos, em depoimento, não ter condições financeiras para
avalizar os valores emprestados, respectivamente R$ 19 e R$ 10 milhões.
Destaca ainda que a mulher e sócia de Marcos Valério, Renilda Maria
Santiago Fernandes de Souza, em depoimento à CPI dos Correios, afirmou
que José Dirceu sabia da existência dos empréstimos. “A única coisa que
ele me falou é que dr – na época, ministro – José Dirceu sabia dos
empréstimos”, disse ela. Na mesma CPI, perguntado sobre o depoimento de
sua mulher pelo então deputado Júlio Redecker (PSDB-RS), Marcos Valério
respondeu: “Eu confirmo o depoimento de minha esposa”.
O procurador-geral da República ainda menciona de depoimento da
executiva do Banco Rural, Kática Rabelo, à CPI dos Correios, na qual ela
diz que Marcos Valério “era um facilitador para a interlocução do Banco
Rural junto a várias pessoas” para tratar de uma questão que era do
interesse do banco, a liquidação extrajudicial do Banco Mercantil de
Pernambuco, do qual o Rural tinha uma participação de 22%. Na ocasião, o
então deputado Gustavo Fruet (na época no PSDB e hoje candidato pelo
PDT à prefeitura de Curitiba, com o apoio do PT), perguntou se ela
poderia nominar quem eram as tais “pessoas”. Kátia respondeu:
“Perfeitamente. Uma das pessoas com a qual nós tratamos desse assunto
foi o ministro José Dirceu”.
O memorial traz ainda relatos de retiradas de dinheiro em espécie no
Banco Rural em caixas ou “malas do tipo 007”. Não contém, porém, muitos
trechos de depoimentos nos quais os réus se defendam das acusações ou as
rebatam.
Colaboraram Fábio Góis e Mariana Haubert

  • Jorge Vieira
  • 31/jul/2012

TSE abre 2º semestre já com pedido de cassação de governador em pauta


Mais informações sobre o conteúdo


Impressão

Ministra Cármen Lúcia preside sessão do TSE

O grupo da governadora Roseana Sarney (PMDB) precisa ler a  pauta da  sessão de abertura dos trabalhos forenses do Tribunal Superior Eleitoral, amanhã (01 de agosto), às 19h,  antes de andar afirmando através dos seus satélites na mídia local que o processo em que o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) pede a cassação dela e do vice, Washington Oliveira (PT), por abuso de poder econômico, não será julgado este ano por contas das eleições 2012.   
Segundo informa o site do TSE, já na pauta de abertura, os ministros se reunirão e analisarão o processo que pede a cassação do governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), pelo mesmo motivo que o ex-governador José Reinaldo pede a acassação do diploma conseguido ilegalmente por Roseana mediante fraude eleitoral. 
 
No caso do governador alagoano, conforme o boletim eletrônico do TSE, a
cassação foi pedida pela coligação e pelo candidato adversário durante
as Eleições 2010. A acusação é de que durante sua campanha à reeleição,
Teotônio Vilela teria utilizado recursos públicos federais e estaduais
com fins eleitoreiros ao distribuir cestas básicas nas cidades de
Colônia de Leopoldina e Novo Lino para mais de 200 famílias sem que
existisse um programa social. O relator do caso é o ministro Arnaldo
Versiani.

Versiani também relata o processo de cassação de Roseana. Ele tem sido duro com casos de corrupção eleitotral. Na peça de acusação, os advogados Rodrigo Lago e Rubens Júnior argumentam que a governadora fez convênios eleitoreiros de quase R$ 1 bilhão com prefeituras, o que é considerado crime pela lei. 

  • Jorge Vieira
  • 31/jul/2012

Paulo Matos inaugura Comitê de Campanha em Icatu

Coligação liderada por Paulo Matos reúne nove partidos

O candidato a prefeito de Icatu, Paulo Matos (PPS), inaugura sexta-feira, 3, a partir das 16h, o comitê de campanha (Rua Barão de Rio Branco, 11, Centro).  A Coligação Renova Icatu, que tem Paulo Matos e Paúba (PV) como vice, reúne 9 partidos, a maior da cidade.

Ao ato de inauguração estarão presentes vários políticos do Estado e os 22 candidatos a vereador. Segundo a coordenação da campanha, haverá uma caminhada pela cidade, com os candidatos, apoiadores e militantes dos grupos de negro, de mulheres e da juventude.

– Será a grande arrancada rumo à vitória e a melhores dias para o povo de Icatu, afirmou o candidato Paulo Matos.
O candidato a vice-prefeito, Paúba, garante que a “população de Icatu não aguenta mais tanto descaso e tanta irresponsabilidade, e quer mudança”.

Ele afirma também que a cidade não quer mudanças superficiais. “O povo quer uma nova Icatu, com educação de qualidade, uma saúde que funcione e geração de emprego e renda”.

Segundo Paulo Matos, “todas as cidades vizinhas mudaram e cresceram, só Icatu ficou parada no tempo”. Não podemos mais aceitar essa situação, afirma ainda Paulo Matos. “Mais da metade da população de Icatu vive em extrema pobreza, isso representa a destruição de incontáveis gerações”.

Mas Paulo Matos diz que essa situação de abandono pode ser mudada “e vai ser mudada com nossa eleição”.
– Basta ter competência e compromisso com a população. Como sempre digo, Icatu precisa ser refundada. E é o que faremos ao chegar à prefeitura.

  • Jorge Vieira
  • 31/jul/2012

Regras eleitorais em Fortaleza dos Nogueiras são definidas em TAC

A promotora de justiça da 105ª Zona Eleitoral,
Dailma Maria de Melo Brito, e a juíza eleitoral Luciany Cristina de Sousa
Ferreira, firmaram, no dia 28 de julho, Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)
com representantes de três coligações do município de Fortaleza dos Nogueiras
(a 659 km de São Luís), estabelecendo regras a serem seguidas pelos partidos e
candidatos durante o período eleitoral no município.
Os termos do documento, que reforça determinações
contidas no Código Eleitoral (Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965), foram
discutidos em audiência pública realizada no mesmo dia no Salão do Júri do
Fórum da Comarca de Balsas, da qual Fortaleza dos Nogueiras é termo judiciário.
Além das representantes do Ministério Público
Eleitoral (MPE) e da Justiça Eleitoral, participaram da audiência os
representantes das coligações “A Nossa Força Vem do Povo” (PP, PMDB, PSL, PSC,
PPS, PV e PSD), “Unidos Venceremos” (PRTB, PMN, PSB e PC do B) e “O Povo e o
Progresso Juntos” (PRB, PDT, PT, PTB, PR, DEM, PRP e PSDB).
Segundo o TAC, o uso de carros de som após as 18h é
proibido durante o Festejo Menino Jesus, de 28 de julho a 6 de agosto. O acordo
limita em três o número de carros de som por coligação e proíbe a utilização de
motos e bicicletas com som. O acordo também veda o uso dos carros de som
durante o horário de funcionamento das igrejas.
Também é vedado o uso de trios elétricos, de grande
ou pequeno porte, pelas coligações, a não ser durante os comícios.
Pelas cláusulas do acordo, cada coligação só poderá
realizar apenas uma carreata e duas passeatas no município, em diferentes
horários e percursos, previamente informados à Justiça Eleitoral e à polícia.
As coligações devem, ainda, informar à Justiça Eleitoral e MPE, em 10 dias, a
relação dos carros de som com as respectivas placas e características, bem como
os nomes dos seus condutores e cópias de carteiras de habilitação.
Entre as práticas não autorizadas pelo TAC estão a
distribuição de combustível e brindes, o uso de fogos de artifícios, exceto no
dia dos comícios, das 8h à meia-noite, sendo vedada a entrega e/ou
disponibilização de fogos de artifício a crianças e adolescentes.
São proibidas a distribuição e consumo de bebidas
alcoólicas, refeições e lanches em comitês eleitorais, nos quais é vedada a
presença de crianças após as 20h.
Em relação à propaganda eleitoral, o TAC estabelece
a proibição do uso de meios de propaganda como cartazes, alto-falantes em
árvores, bens e prédios públicos, em muros, cercas, tapumes que tenham acesso a
áreas públicas, bem como em árvores, jardins, postes, prédios ou bens públicos
de qualquer natureza.
Contudo, o uso de cavaletes em vias públicas é
autorizado, desde que não represente abuso ou prejuízo à circulação de pessoas,
bem como à visibilidade e/ou poluição visual.

  • Jorge Vieira
  • 31/jul/2012

Eleições deste ano serão as mais “coloridas” da história

Mais de 100 candidatos a vereador em
todo o país representarão os interesses do movimento LGBT. Em dois
municípios, haverá candidatos a prefeitos com orientação homossexual.
Defesa dos direitos humanos fundamenta propostas

Leocret tentará o terceirto mandato em Salvador
No interior de Minas Gerais, a transexual Nany Araújo disputa uma
vaga de vereadora na Câmara Municipal de Conceição das Alagoas. Apesar
do preconceito, ela resolveu encarar o eleitorado e mostrar suas
propostas – que, garante a candidata, vão além da pauta LGBT. Assim como
Nany, 108 candidatos assumidamente homossexuais disputarão o cargo de
vereador em todo o país. Em 21 estados brasileiros, as bandeiras do
arco-íris deverão tremular nos próximos dois meses. Este é o maior
índice de candidatos assumidamente gays de toda a história. Se for
eleita, Nany entrará para um grupo que já tem por dois mandatos Leo
Kret, vereadora pelo PR em Salvador já por dois mandatos, que este
tentará nova eleição.
No entanto, o número contabilizado pela Associação Brasileira de
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) ainda pode
aumentar. Segundo o presidente da entidade, Toni Reis, a associação
ainda procura outros candidatos. “Muitas pessoas não integram nenhuma
associação ou estão em cidades afastadas, mas também se assumem como
gays”, disse ao Congresso em Foco.
Segundo Toni, a lista de candidatos pode chegar a até 150 postulantes
ao cargo de vereador. “Os números já são excelentes e demonstram que há
uma diminuição do preconceito por parte da sociedade, mas mostra também
que a categoria está mais unida e fortalecida”, disse. O presidente da
ABGLT explica que a estratégia adotada é a mesma dos adversários: a
união em torno dos interesses comuns. “Muitas vezes vemos evangélico
contra evangélico, mas que se unem rapidamente quando querem protestar
contra os nossos direitos. Então, estamos nos unindo também contra esses
ataques. Queremos fazer uma discussão bastante aberta com a população”,
explicou.
Avanço social
Filiada ao PSDB, Nany acredita que a sociedade brasileira tem
evoluído na discussão sobre as liberdades individuais e que os
preconceitos contra homossexuais diminuíram. “Por isso temos tantos
candidatos este ano. Acho que é um reflexo do avanço social. Claro que
ainda existe muito preconceito e muita violência contra os LGBTs, mas
por outro lado, percebemos que os debates têm avançado”, disse ao Congresso em Foco.
Toni alerta, porém, que esse movimento da representação gay gera
também reações mais fortes de setores mais conservadores da sociedade.
“Estamos tendo mais reconhecimento, mais direitos. Então, isso faz com
que setores atrasados da sociedade voltem sua atenção para nós e ainda
despejem ódio e discursos homofóbicos”, disse Toni.
A meta da ABGLT é eleger entre 15 a 20 dos pleiteantes. Em 2008, oito
pessoas foram eleitas. Se o objetivo for atingido, haverá um aumento de
mais de 50% no índice de eleitos. Neste ano, 22 partidos congregam
candidatos gays, lésbicas, transexuais, travestis e bissexuais. Os
partidos de esquerda possuem mais candidatos. O PT lidera a lista com 22
candidatos. Em seguida, está o Psol, com 13. Mas partidos de direita
também ofereceram espaço à causa LGBT como o DEM, PSDB, PP, PR e PSDC.
Filiada ao PSDB, Nany acredita que a questão partidária não é
definitiva na candidatura. “Eu fui convidada pelo partido para concorrer
este ano. Ainda que seja considerado um partido conservador, a legenda
abre espaço para outros posicionamentos. Você tem que ter posição, tem
que ter postura”, disse.
Propostas
Apesar de defenderem os direitos dos homossexuais, os postulantes
deverão empunhar suas bandeiras sob um leque mais amplo: o dos direitos
humanos. “A ideia é que a campanha não seja corporativista, mas que
outros temas que também afetam nossa comunidade sejam amplamente
discutidos. Por isso, queremos apresentar uma plataforma ampla que visa à
melhoria da educação, da saúde e da segurança pública, por exemplo”,
explica Toni. Segundo ele, a ABGLT irá pautar junto a seus candidatos
ideias que defendam o princípio da igualdade.
Ele ressalta ainda que é importante que o eleitor conheça muito bem o
candidato para quem vai dar o seu voto. “Não adianta votar em uma
pessoa só porque ela é gay. O eleitor tem que conhecer a história do
candidato, e principalmente as suas propostas. Orientação sexual não é
pauta política. Não conhecemos todos os 109 candidatos”.
Dentre as iniciativas detacadas pela entidade, os eleitos deverão
priorizar o apoio a projetos de lei que proibam a discriminação e a
criminalização da homofobia. A entidade também reivindica mais
audiências públicas nas câmaras municipais para discutir questões
relativas aos homossexuais e mais homenagens a lideranças LGBT. A
entidade defende ainda maior fiscalização sobre recursos do orçamento
destinados à comunidade, além da busca por parcerias com outras
minorias.
A entidade recomenda que os estados e municípios adotem o “tripé da
cidadania” que engloba a criação de conselhos, planos e coordenações no
Executivo para fiscalizar as políticas públicas voltadas à promoção da
cidadania e dos direitos LGBT.
A ABGLT ainda defende que os eleitos ajudem a garantir no orçamento
do governo municipal recursos financeiros para ONGs LGBTs, além de
apresentar ou sancionar projetos de lei de garantia, defesa, promoção e
proteção dos direitos dos homossexuais. A entidade recomenda ainda o
veto a qualquer legislação que possa, propositadamente ou não, ferir os
direitos garantidos pela Constituição. “Queremos um estado laico, que
cumpra as decisões de acordo com os preceitos constitucionais”, explica
Toni Reis.
Dificuldade
Segundo Toni Reis, o principal adversário dos candidatos homossexuais é o
financiamento das campanhas. “Quase todos os nossos candidatos farão
campanha sem recursos. Não temos igrejas e nem empresas para ajudar a
arrecadar dinheiro. Não temos Deltas [referência a empresa de construção
Delta, envolvida no esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira] da
vida que dão esse aporte financeiro”, disse. Segundo Toni, esta
dificuldade acaba fragilizando o movimento. “Nossos aliados dificilmente
estão ligados a grupos econômicos”.
Para Toni, a amplitude de legendas é propícia para pautar e discutir
politicamente os direitos humanos. “Uma pessoa que é LGBT pode pautar e
polemizar com os fundamentalistas. Quanto mais partidos, mais ideologias
estiverem unidas em torno deste tema, melhor”, disse Toni.
Nany concorda com o presidente da entidade. “Não podemos ter uma
única pauta. Como vereadora, eu vou trabalhar pela cidade, mas é claro
que vou tentar melhorar a condição de vida de pessoas como eu. Vou
trabalhar pela garantia de trabalho às transexuais, que sofrem muito
preconceito no mercado. Vou instruí-las e mostrar quais são seus
direitos. Quero uma sociedade justa para todo mundo”, contou.
Candidatos majoritários
Dentre todos os candidatos, apenas dois disputarão as eleições
majoritárias. Estreante nas disputas, o professor de história Renan
Palmeira, do Psol, tentará se eleger à prefeitura de João Pessoa, na
Paraíba. Gay assumido, para ele o maior desafio é vencer o preconceito.
“Náo levo só a bandeira LGBT. Levo uma pauta que possa dialogar com toda
a sociedade. Vou defender sim o direito de combate ao preconceito, vou
defender sim uma sociedade sem homofobia, mas também se machismo, sem
racismo, sem exploração”, disse.
Para ele, o maior desafio em sua campanha será dialogar com setores
mais conservadores. 
“É um setor que não é tão grande, mas é expressivo
da sociedade. E eles têm uma visão dos LGBTs estereotipada. Nós estamos
tentando dialogar com eles”, explicou.
Além de Renan em João Pessoa, Vanessa Portugal disputará a prefeitura pelo PSTU, em Belo Horizonte.

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