Do Diário98 – O jornal O Globo deste sábado (9) apurou que o senador Weverton Rocha (PDT) foi um dos três parlamentares que retirou, a pedido do governo Bolsonaro, seu nome na lista de apoiadores da CPI do MEC. Temendo que a investigação parlamentar vire alvo de desgaste para Bolsonaro em ano eleitoral, o Palácio do Planalto escalou seu líder no Senado, Carlos Viana (PL-MG), para convencer senadores que retirem apoio à investigação.
A CPI do MEC no Senado tem sido articulada por Randolfe Rodrigues (Rede-AP) após matérias dos jornais Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo apontarem que os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, amigos de Bolsonaro, mantinham um gabinete paralelo no ministério. Eles são acusados por dezenas de prefeitos de pedirem propina para destravarem agendas e recursos no MEC.
“Já comuniquei o líder Randolfe para não colocar meu nome. Até onde eu saiba, não tem assinatura nenhuma ainda lançada no sistema. O que havia era a intenção de fazer. Não se pode falar em retirar o que não está colocado“, afirmou Weverton ao Globo, tentando justificar o sumiço de seu apoio à investigação.
Assim que a suspeita de corrupção no MEC explodiu, Weverton Rocha correu para apagar um vídeo no qual ele estava ao lado de um dos protagonistas do esquema.
Apesar da desistência de alguns senadores de retirar assinaturas e evitar que a investigação avance, Randolfe afirmou nesta sexta que conseguiu atingir as 27 assinaturas mínimas necessárias para abrir a CPI do MEC.
O prefeito de Luís Domingues (MA) Gilberto Braga confirmou em audiência no Senado que o pastor Arilton Moura pediu 1 kg de ouro para conseguir a liberação de recursos no Ministério da Educação para construção de creches e escolas no município.
Assessor de Assuntos políticos da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil (CONIMADB), Arilton Moura é suspeito de montar ao lado do presidente da entidade, Gilmar Sila dos Santos, um gabinete paralelo especializado em liberação de recursos do Fundo Nacional de Educação – FNDE, sob pagamento de propina.
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