denunciar, na Sessão da Câmara Municipal de Coroatá, na manhã desta sexta-feira (10), o descaso do governo Roseana Sarney e suas consequências para o município de Coroatá. Segundo o vereador, logo
após o fechamento do Hospital Geral Municipal – HGM no início da gestão
da prefeita Teresa Murad (PMDB), denúncias sistemáticas comprovam o desrespeito com a saúde da população e estão vindo à tona.
Na quarta-feira (08) logo após receber uma denúncia que apontava para
mais um caso de negligência no serviço ofertado pelo Hospital
Macrorregional de Coroatá de responsabilidade do Governo do Estado, o
vereador Cássio Reis viajou para a vizinha cidade de Pedreiras,
acompanhado da equipe do Programa Canal Aberto, para constatar e
registrar “in loco” mais uma barbaridade cometida pela equipe de
profissionais daquele hospital.
Na cidade de Pedreiras o parlamentar encontrou-se com a senhora Jaiciele Farias
que, após dá a luz a gêmeos prematuros (sete meses), foi transferida
com os seus bebês para o Hospital Macrorregional, por não haver leito
neonatal no município de origem. Após seis dias de internação Jaciele
recebeu a triste notícia de que uma de suas filhas faleceu sob os
cuidados médicos da equipe, segundo informações repassadas a mãe da
criança a morte teria sido ocasionada por uma infecção pulmonar.
De posso de cópia do boletim de ocorrência e termo de amputação, o
parlamentar relatou o que ouviu da mãe, segundo ela a outra criança
continuou internada por mais alguns dias e após perceber que os
esparadrapos que seguravam a agulha estavam apertando o seu braço a
mesma solicitou por cerca de quatro vezes que a técnica de enfermagem
que a acompanhava os retirassem ou pelo menos pudesse atentar para este
detalhe, o que não ocorreu, ainda segundo a mãe o braço da bebê estava
ficando roxo e inchado. No dia seguinte ao chegar ao hospital, Jaciele
percebeu que o soro tinha sido trocado para o braço direito, sendo que
esquerdo, no qual esteve com o soro por alguns dias, encontrava-se
enrolado com algodão e a mesma pediu para vê-lo, foi quando percebeu que
o local onde antes estava a agulha anteriormente encontrava-se
totalmente “preto” (segundo ela) e sem movimento.
O vereador relatou que “após quatro dias a mãe foi comunicada que sua
filha teria de ser transferida urgentemente para São Luís, o que não
ocorreu, pois a criança teria recebido a avaliação do médico que veio da
capital, para desespero da mãe este a comunicou que a mesma precisava
assinar o termo de consentimento para amputação do antebraço da sua
filha ou do contrário a infecção poderia tomar conta de todo o corpo da
criança e ocasionar a sua morte”, disse.
Cássio Reis registrou em seu pronunciamento que o Hospital
Macrorregional de Coroatá é o que mais recebe recursos financeiros da
Saúde em todo o estado e mesmo contando com um pouco mais de 400
funcionários (superior a sua real capacidade), oferta um serviço de
qualidade duvidoso e não possui quantidade de leitos suficientes para o
atendimento à população coroataense com mais 75 mil habitantes e ainda
às cidades vizinhas.
“É lamentável ver o secretário de estado de Saúde e deputado, Ricardo
Murad, usando de propaganda enganosa, sobrevoando de helicóptero o
município de Coroatá quase que diariamente, fazendo política com a saúde
e enquanto isso a nossa gente está morrendo, o que poderia ser evitado
com o investimento necessário no setor”, disse o vereador e continuou:
“Solicito às autoridades competentes e ao Ministério Público que tomem
providências cabíveis antes que outras vidas sejam prejudicadas ou
ceifadas impunemente”, finalizou Cássio Reis.
O parlamentar aproveitou ainda para dizer que aquele hospital é tido
como referência no estado e no país segundo o secretário e a governadora
Roseana Sarney e chegando a compará-lo com o Albert Einstein, sendo de
alta complexidade, mas mesmo assim tem apresentado casos vergonhosos de
mortes ou erros que poderiam ser evitados. O vereador frisou que esta é
apenas uma das muitas denúncias que tem recebido desde o início do
funcionamento do hospital.
“No Macrorregional foi gasto mais de 4 milhões em mais de 3 anos de
reformas, sendo reinaugurado apenas durante as campanhas eleitorais de
2012, na qual a esposa do secretário, Teresa Murad, era candidata, hoje
ela é prefeita no papel, mas de fato quem dita as ordens é o seu esposo e
secretário de saúde”, disse o vereador.
A denúncia na Tribuna causou indignação entre os vereadores ali presentes Marcelo Moura (PTC), Lourdinha Pereira (PCdoB) e Juscelino
(PT), que se solidarizaram ao vereador Cássio em seus pronunciamentos
durante a sessão que não contou com a presença de nenhum dos vereadores
governistas.
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