O Tribunal Regional Eleitoral do
Maranhão, quem diria, se encarregou de jogar a última pá de cal no caixão da
oligarquia Sarney ao rejeitar, por unanimidade, o pedido de cassação do
registro do governador legitimamente eleito pelo povo maranhense, Flávio Dino
(PCdoB) e do senador Roberto Rocha (PSB).
Na época, criaram o factoide de que
Jackson Lago, um político sem apego a patrimonialismo, teria vencido a eleição
abusando de poder político e econômico e fizeram o maior teatro antes do
ministro de triste memória, Eros Grau, pedir a cassação para agradar o senador
José Sarney, padrinho de sua candidatura à Academia Brasileira de Letras, onde
acabou sendo derrotado.
A falta de argumento papável levou o
relator do processo, desembargador Guerreiro Júnior a fazer o seguinte
comentário: “os autores não comprovaram nenhum dos fatos. Inclusive não
mostraram nem interesse porque sequer compareceram ao julgamento”, afirmou Guerreiro
ao defender a rejeição do pedido.
A decisão do TRE-MA, no entanto, cabe
recurso ao mesmo TSE, mas os autores da ação, o candidato humilhado nas urnas
Edinho Lobão (PMDB) e Gastão Vieira (PMDB) ainda não decidiram se vão recorrer,
mas fontes ligadas aos dois políticos acreditam que eles não terão coragem de
recorrer por falta de argumento.
“A taca foi muito grande, não tem o
que contestar”, observou um político ligado ao grupo Sarney.
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