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Todo cuidado é pouco com as pesquisas depois da decisão do juiz provisório Sérgio Muniz

À véspera de publicarem a segunda
pesquisa sobre intenção de voto para o segundo turno na eleição em São Luís, os
institutos de pesquisas estão tendo suas metodologias questionadas por
integrantes do governo federal devido aos erros grotesco e talvez proposital no
primeiro turno das Eleições 2012.  

 

Todo cuidado é pouco com os
institutos, principalmente em reta final da eleição.
No primeiro turno da sucessão em São Luís, por exemplo, o Ibope apresentou João
Castelo (PSDB) na frente com 36% dos votos e Edivaldo Holanda Júnior (PTC) com
30%. Contado os votos, Edivaldo foi quem obteve exatos 36% contra 30% do
prefeito que tenta a reeleição.
Para este segundo turno existe um
agravante ainda maior: As pesquisas estão sendo contratada pelo Sistema Mirante
de Comunicação, de propriedade da família Sarney, que apoia a candidatura de
João Castelo, portanto, todo cuidado é pouco com o que esses institutos posam
aprontar.  
Os erros do Ibope foram tão
gritantes ou propositais no primeiro turno que chegaram a motivar a ministra Chefa da Casa Civil,
Gleisi Hoffmann, a denunciar e pedir providência contra as pesquisas que visam
induzir o eleitor a votar em quem está liderando.  
O blog faz este alerta diante da
boataria espalhada pela campanha do prefeito João Castelo de que os dois
candidatos estariam tecnicamente empatados, quando é público e notório que o candidato
Edivaldo Holanda possui a preferência e caminha a passos largos para impor nova
derrota ao prefeito que, sem ter como virá o jogo, apela para a baixaria.  
O eleitor esclarecido de São Luís,
porém, conhece as traquinagens desses institutos que trabalham sob encomenda e
deve se preparar para não se deixar iludir por qualquer outro resultado que não
seja a manutenção da liderança folgada de Edivaldo.
A irresponsabilidade é
tamanha que até o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, marido de Gleisi,
dirigiu severas criticas à empresa de Carlos Montenegro por ter feito, segundo ele, “um
papelão” na eleição em Foz do Iguaçu.
Em Foz, dois dias antes da
votação, o Ibope divulgou pesquisa que apontava o candidato Chico Brasileiro
(PC do B) com 52% das intenções de voto, contra 45% de Reni Pereira (PSB).
Como a margem de erro era de
quatro percentuais para mais ou menos, eles poderiam estar empatados. Pereira,
no entanto, acabou eleito com 54% dos votos válidos, contra 45% de Brasileiro,
que tinha o apoio dos ministros.
Em
São Luís, cidade com mais de 1 milhão de habitantes, Estado e Município e a
Justiça Eleitoral resolveram participar da campanha de reeleição do prefeito. 
O juiz provisório indicado pelo Tribunal de Justiça (a OAB não indica
juiz para o TRE), Sérgio Muniz, proibiu o Instituto Data M divulgar pesquisas
no segundo turno e impediu que o jornal O Imparcial publicasse a pesquisas na
edição e ontem (domingo, 21) na qual o candidato Edivaldo Holanda teria uma
margem de vantagem de quase 17% sobre o adversário.
O
mesmo “magistrado”, porém, deixou livre os institutos contratados pelo Sistema Mirante e pela
TV Guará, que também está em campanha em favor de Castelo, para divulgar o
resultado que o contratante achar melhor.
Pediram
registro de pesquisa junto ao TSE os seguintes institutos: Escutec, Data M e,
acredite, um tal de Albuquerque Júnior, isso mesmo, do dono da Dalcar e
principal financiador da campanha de João Castelo, Roberto Albuquerque, o mesmo
que havia armado uma arapuca para Edivaldo no debate que não aconteceu.
Como
o juiz provisório decidiu proibir o Data M de divulgar o resultado das
sondagens para o segundo turno, Ecutec (contratado do Sistema Mirante) e
Albuquerque Júnior ( Dalcar) estão livres para fazer o que bem entenderem com
os números, contando com a proteção de Sérgio Muniz.  
É sempre bom lembrar que o Data M foi o único que acertou no resultado do primeiro turno em São Luís e agora, por decisão do “magistrado” está impedido de continuar apresentado a tendência do eleitorado para o segundo turno, ficando livre Escutec e Albuquer Júnior para apresentar o resultado ao gosto do freguês.  
O
fato estranho deste triste episódio da Justiça Eleitoral do Estado foi o jornal
que havia se comprometido publicar a pesquisa do Data M cumprir a decisão do
juiz provisório e não dar sequer uma nota sobre o acontecido, por medo um
cumplicidade. 

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