Corrupção, suborno e pagamento de propina nos governos de Roseana Sarney
(PMDB) não é nenhuma novidade para o Brasil e muito menos para nós maranhenses,
já costumados a ver o dinheiro público, que deveria ser usado para construir
escolas, hospitais e melhorar a qualidade de vida do estado, desviado para
enriquecimento de familiares e apaniguados da última oligarquia existente no
país.
O primeiro escândalo envolvendo alta soma de dinheiro ocorreu em 2002,
quando a Polícia Federal estourou, em pleno período pré-eleitoral em que
Roseana se preparava para lançar sua candidatura a presidente da República, a
fortaleza em que o casal Roseana/Jorge Murad escondia uma fortuna de R$ 1,3
milhão sem origem.
A primeira reação foi negar e alegar perseguição política, depois
inventaram sete versões para o dinheiro escondido, mas nenhuma convenceu. Para
não ser presa juntamente com seu marido Jorge Murad, a governadora se socorreu
com presidente do PFL, Jorge Bornhausen, que veio ao Maranhão mentir que o
dinheiro era do partido e livrou a casal da cadeia.
A filha do senador José Sarney, ainda desconhecida do país naquela época
como propineira, mas pintada de grande administradora pela mídia aliada,
sonhava com a Presidência da República, mas da mesma forma como o balão de
Roseana subiu despencou diante da descoberta que se tratava apenas de mais uma
corrupta. Sem condições morais para pleitear a candidatura, foi forçada a renunciar.
A Polícia Federal, ao estourar a fortaleza chamada Lunus, uma empresa de
Roseana e Jorge Murad que até hoje ninguém sabe o que faz, livrou o país de um
novo Fernando Collor de sai, pois descobriu-se que a “princesa” não passava de
uma meliante.
Me lembro como se fosse hoje a montanha de notas de R$ 50,00 que a PF
retirou de um cofre da Lunus. Na época, fiz a cobertura para o Jornal Pequeno.
Agora a Polícia Federal apresenta Roseana no centro de um escândalo que envolve
suborno e pagamento de propina a ela e membros do seu governo.
E não adianta negar, pois contra provas não existe argumento e a
primeira versão de que o pagamento do precatório da empreiteira foi feito com
autorização da Justiça do Maranhão já foi desmentida pelo Tribunal de Justiça
do Estado. Resta saber agora quantas versões a governadora ainda vai inventar
para tentar se livrar, pois trata-se de uma especialista em escapada.
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A cada nota emitida para esquivarem-se da culpa, mais complicado fica. Uns diz que participaram da reunião, outros dizem não participaram…o certo é que cada um quer tirar o seu da reta.