São cada vez evidentes os sintomas de um recha definitivo na aliança partidária articulada apor Flávio Dino em 2014 e que teve continuidade com o atual governador Carlos Brandão (PSB), a partir de abril de 2022 quando Dino se desincompatibilizou do cargo para concorrer ao Senado. A cada sessão no plenário da Assembleia Legislativa do Estado aumentam os sinais de que a reconciliação é cada vez mais improvável e que o rompimento da ala alinhada com Dino com os liderados por Brandão é definitivo.
Na condição de vice, Brandão assumiu o governo e se reelegeu tendo Felipe Camarão (PT). Tudo levava a crer que ele passaria o comando do Estado em abril de 2026 para Camarão disputar a eleição sentado na cadeira de governador e disputaria a eleição para o Senado, ou seja, o grupo seguiria o curso natural, porém divergência internas levaram à crise que pode acabar com o rompimento definitivo, conforme o cenário que vem se desenhando, com ataques e contra ataques entre deputados governistas e dissidentes.
Quem acompanha as atividades do Poder Legislativo, caixa de ressonância da política local, onde pode ser medido a dimensão do conflito que corrói a base governista, percebe com clareza um ambiente tóxico e a falta de sintonia entre governo e a ala que está se assumindo como oposição, antes restrita ao deputado Othelino Neto (Solidariedade). A gestão Brandão passou a ser alvo dos discursos diários e as duras críticas são dirigidas ao diversos setores da administração.
Pelo que se tem observado, desde que a deputada direitista Mical Damasceno (PSD) foi à tribuna tecer severas críticas ao vice-governador, defender a permanência de Brandão no governo até o final do mandato para não entregar o comando do estado a Camarão, um grupo de parlamentares aliado ao Palácio dos Leões tem se reversado na tribuna para declarar fidelidade ao governador e afirmar que apoiará qualquer decisão que ele venha tomar sobre sucessão estadual.
E como Brandão tem feito sinal de que pode apoiar a candidatura do sobrinho e secretário de Assuntos Municipalistas Orleans Brandão (MDB), nome que agrada o que restou do grupo Sarney, a artilharia dos dissidentes aumenta, as críticas multiplicaram e os sinais de rompimentos definitivo se acentuaram, ao ponto de balançar a pré-candidatura de Felipe Camarão, que atualmente conta o apoio apenas da Federação Brasil da Esperança, mas até ai passará a enfrenta dificuldade em caso de rompimento porque o próprio PT não cogita se afastar do governo por conta da questão nacional. Como é do conhecimento geral, Brandão apoia o presidente Lula.
E pelo que se tem observado, a única maneira de amenizar o clima tenso seria manter um suposto acordo que teria sido firmado na articulação que garantiu o direito Brandão disputar o governo em 2022 e passar o comando do Estado em abril de 2026 para Felipe Camarão disputar a eleição, tendo ele candidato ao Senado.
Fora isso, segundo observadores do cenário sucessório, o rompimento definitivo é questão de tempo para ser anunciado.
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