O segundo mandato do governador Carlos Brandão (PSB) ainda está começando e já temos pré-candidato ao Governo do Maranhão em 2026. Trata-se do ex-secretário de Indústria e Comércio no governo Flávio Dino (PSB) e ex-deputado federal Simplício Araújo, que teve desempenho pífio no pleito passado quando ficou em sétimo lugar numa disputa entre nove candidatos.

Político que se autodeclara de centro-direita, ao anunciar sua desfiliação do Solidariedade, partido que se fundiu com o PROS e foi entregue no Estado ao suplente de deputado federal Wolmer Araújo, Simplício é o primeiro nome que se apresenta, através da rede social, como postulante a suceder Carlos Brandão, embora o desempenho na eleição passada tenha sido considerado muito abaixo da expectativa.

Em sua despedida do Solidariedade, legenda que comandou no estado e que o alçou à condição de secretário de um governo de esquerda (Flávio Dino se elegeu e reelegeu pelo PCdoB), agradeceu as mensagens de apoio recebida pela decisão, mas deixou claro sua “zero preocupação” com filiação partidária. Pelo tom da mensagem, no entanto, deve migrar, quando achar conveniente, para um partido de centro-direita.

Além de se assumir como político de direita, e isso ficou claro no segundo turno da eleição presidencial quando fez campanha aberta para o genocida Jair Bolsonaro, não deixou dúvida de que pretende “fazer oposição responsável” a atual gestão e concorrer novamente a cadeira mais cobiçada do Palácio dos Leões, um direito de todo político desde que possua lastro eleitoral, o que parece não ser o caso do ex-deputado do Solidariedade.

A votação obtida por Simplício Araújo em 2022 evidenciou o fosso que o separou dos três primeiros colocados. Carlos Brandão foi reeleito com 1.769.187 votos, Lahésio Bonfim obteve 857.784 votos e Weverton Rocha 714.352votos; Simplício saiu das urnas com mirrados 5.009 votos, equivalente a 0,15%, ficando a frente apenas Joás Moraes 0,07% (2.310 votos) e Frankle Costas 0,05% (1.889 votos).

Embora o desempenho do pleito passado indique a falta de densidade eleitoral do projeto político do ex-auxiliar do governo Dino, que se revoltou porque não foi o escolhido para sucedê-lo, missão essa confiada a Carlos Brandão, Araújo tem todo direito de continuar querendo o Palácio dos Leões, embora, pelo desempenho eleitoral nas últimas eleições, pareça um sonho muito distante da realidade.