O MDB, partido com histórico de grandeza no Maranhão, mas que vem definhando desde que sofreu sucessivas derrotas e consequentemente a perda do poder para o grupo comandado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino (PSB), parte para mais uma eleição sem nome em condições de competir e deve unir força em torno do candidato que receberá apoio do Palácio dos Leões. Até o momento o governador Carlos Brandão (PSB) tem se esquivado tratar sobre o assunto sucessão e até já adiantou que somente tornará pública sua posição no início do ano, mas já adiantou que será de comum acordo com Dino.
A direção do MDB, que marcou sua convenção estadual para primeiro de dezembro com a presença do presidente nacional, deputado federal Baleia Rossi, deve aproveitar o evento que oficializará o empresário Marcus Brandão na presidência do partido no Maranhão para começar a discutir a questão de São Luís, onde existe forte divergência entre o presidente do diretório municipal Cleber Verde, que defende aliança com o prefeito Eduardo Braide (PSD), e parte da direção partidária que prefere seguir aliado do governo estadual e integrar a aliança que está sendo costurada em torno de um nome que represente a unidade do grupo.
O deputado estadual Roberto Costa, vice-presidente estadual e uma espécie de porta voz do MDB, não esconde a preferência pelo palanque está sendo articulado pelo grupo governista para enfrentar Braide com a máquina da prefeitura e liderando nas pesquisas. O parlamentar entende que o partido não dispõe de condições de disputar a eleição com candidato próprio e deve centrar suas forças para formar bancada na Câmara Municipal e engrossar o cordão do nome que receberá o apoio de Carlos Brandão e Flávio Dino.
Embora o ministro Dino tenha se manifestado pela candidatura do deputado federal Duarte Junior (PSB), o deputado estadual Neto Evangelista (União Brasil) também alimenta a esperança de contar com o apoio do Palácio dos Leões em mais uma tentativa de conquistar a prefeitura da capital, maior colégio eleitoral do estado e onde os partidos costumam redobrar esforços para alcançar seus objetivos.
Sob o comando da deputada federal Roseana Sarney, o MDB encolheu, virou nanico, perdeu um punhado de prefeitos, lideranças, representação na Câmara Municipal de São Luís e chegou ter apenas um representante na Assembleia Legislativa do Maranhão, resta saber se a nova direção partidária, agora sob o comando do irmão do governador, entregará o que prometeu: fazer o MDB voltar a ser grande.
O partido, que tem o carimbo da família Sarney, não tem condições de lançar candidato próprio em São Luís, mas quer ter participação na disputa. E tudo indica que deve seguir o governador Carlos Brandão, que tende a manifestar apoio a Duarte, hoje o nome mais forte do grupo, unanimidade no PSB e segundo colocado nas pesquisas.
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