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Secretário de Segurança do MA foi guarda-costas de Sarney

Bruno
Lupion
 
Do UOL, em Brasília
No
epicentro da crise de violência no Maranhão, o secretário de Segurança Pública
do Estado, Aluísio Guimarães Mendes Filho (foto), resiste no cargo graças à proximidade
com o senador José Sarney (PMDB-AP), chefe do poderoso clã e pai da governadora
Roseana (também do PMDB). Ele foi segurança de Sarney, comandou a arapongagem
no Maranhão e obteve emprego para a filha no Senado.

Ex-agente da Polícia Federal, Aluísio é ligado ao senador desde a década de 90.
Em 2003, Sarney o escolheu para ser um dos oito funcionários de confiança
remunerados com verba pública a que todo ex-presidente da República tem
direito. Nomeou Aluísio para ser seu segurança pessoal. O ato foi publicado no
Diário Oficial da União em 23 de abril de 2003.

Hoje ele
enfrenta, no comando da Segurança Pública do Estado, aumento de 17,4% da taxa de homicídio de 2011 a
2012 –último dado disponível –, incêndios propositais em ônibus urbanos e
uma disputa sangrenta entre duas facções criminosas.
Aluísio
fez a segurança pessoal de Sarney até 3 de setembro de 2009, quando sua
lealdade foi recompensada e acabou alçado ao cargo de subsecretário de
Inteligência do Maranhão. O posto lhe deu o comando do sistema
“Guardião” do Estado, capaz de grampear 300 celulares e 48 linhas
fixas simultaneamente.
Um ano
antes, um grampo havia colocado Aluísio na mira de um inquérito da PF (Polícia Federal). Ele teve
conversas telefônicas interceptadas e foi alvo de um pedido de prisão
preventiva no âmbito da Operação Faktor (ex-Operação Boi Barrica), negado
Os
policiais e o Ministério Público Federal suspeitaram que Aluísio aproveitara
seus contatos na PF para repassar informações sigilosas a Fernando Sarney,
filho do senador, que estava sendo investigado por formação de quadrilha,
lavagem de dinheiro e tráfico de influência.
Por falta
de provas, a Justiça determinou o arquivamento do inquérito contra Aluísio. Em
abril de 2010, ele assumiu o posto máximo da Segurança Pública maranhense no
governo Roseana.
Filha no Senado – O vínculo
de benefício mútuo entre Aluísio e os Sarney vai além do campo da pasta da
Segurança. Em janeiro de 2007, a filha do ex-agente da PF, Gabriela Aragão
Guimarães Mendes, então estudante, ganhou um cargo de confiança no gabinete de
Sarney no Senado.

A nomeação foi assinada pelo ex-diretor-geral da Casa, Agaciel Maia, exonerado
em 2009 após a imprensa divulgar que ele costumava nomear parentes de senadores
para cargos por meio de atos secretos, não publicados no Diário Oficial.

O jornal “O Estado de S. Paulo” divulgou, à época, que Gabriela seria
“funcionária fantasma” e não aparecia no trabalho. Sarney negou e
disse que a jovem cumpria seu horário “com assiduidade”.

Aluísio também foi chefe de gabinete da presidência do CJF (Conselho da Justiça
Federal), órgão supervisor e corregedor das varas e tribunais da Justiça
Federal no país, na gestão de Edson Vidigal –ex-assessor jurídico de Sarney na
Presidência da República e nomeado por ele ministro do Superior Tribunal de
Justiça, em 1988.

Para exercer o cargo, Aluísio obteve licença do posto de segurança pessoal de
Sarney de julho de 2004 a outubro de 2005. Vidigal se aposentou em março de
2006.

“Dívida” – O
deputado federal Domingos Dutra (SDD-MA), adversário histórico dos Sarney no
Maranhão, afirma que Roseana manterá Aluísio no cargo pois o clã “tem uma
dívida” com o ex-agente da PF. “Como o Aluísio era da comunidade de
informações da Polícia Federal, ele alertou o Fernando [Sarney] sobre vários
procedimentos, inclusive no caso da Operação Boi Barrica”, afirma.

O UOL entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de
Segurança Pública do Maranhão na quarta-feira (8), mas não obteve retorno até
esta quinta-feira (9).

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