O governador Flávio Dino comentou o impacto dos protestos realizados no Brasil neste domingo (13). O governador avalia que a crise se agrava porque há uma crescente tentativa de esvaziamento da política com acirramento da tendência fascista.
“É a vitória da ‘antipolítica’, como venho alertando há meses. E há quem continue a caminhar alegremente para o abismo,” disse Dino ao comentar as vaias direcionadas ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) e a Senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), durante a manifestação na Avenida Paulista.
Para o governador Flávio Dino, apenas o diálogo entre a classe política e a superação da ideia de impeachment podem tirar o país da crise. Flávio Dino sustenta que a ausência de capacidade de articulação da classe política contribui para o crescimento do fascismo no país, que caminha para a destruição da política e consequente esfacelamento do Estado de Direito.
Flávio Dino comentou a manifestação marcada para o próximo dia 18, quando são esperados milhares de defensores do governo Dilma nas ruas. Para Flávio Dino a tendência é que os apoiadores da presidenta tomem as ruas num movimento semelhante ao ocorrido no dia 16 de dezembro de 2015: “Para os que estão impressionados com fotos de hoje, lembro dia 16/12/2015, que vai se repetir na próxima sexta (18)”.
Em artigo publicado no Jornal Pequeno deste domingo, Dino ressaltou a importância da necessidade de diálogo também por parte das elites: “É preciso que as elites econômicas também assumam a responsabilidade sobre o clima de beligerância criado. Atualmente, a crise só tem servido a bancos, que em meio a uma queda de 3,8% do PIB viram seus lucros crescer 15% chegando à somatória de quase R$ 50 bilhões em lucro – apenas considerando as três maiores empresas privadas do setor. São os seus interesses de manutenção dos juros altos que levam à crise recessiva.”
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