O governo do
Maranhão, chefiado por Roseana Sarney (PMDB), cancelou na tarde desta
quarta-feira um pregão que poderia gerar uma despesa de até R$ 1,39 bilhão para
os próximos dois anos, quando o Estado será governado por seu adversário Flávio
Dino (PC do B).
O pregão,
marcado para às 15h desta quinta-feira, tinha o objetivo de contratar uma
empresa para prestar serviços para as prisões maranhenses. Ao longo desta
quarta, no entanto, o certame ganhou notoriedade porque integrantes da equipe
de Dino acusar Roseana de criar a despesa para prejudicar o novo governante.
“Espero
que a governadora Roseana determine a paralisação dessa e de outras
contratações absurdas que eventualmente estejam sendo planejadas. Seria uma
atitude de respeito à clara vontade das urnas”, afirmou Dino na tarde de
quarta.
O pregão
060/2014 tinha por objetivo contratar, pelos próximos 24 meses, uma
“empresa especializada na prestação de serviços de suporte e apoio à
administração”.
A lista de
23 itens a serem licitados incluía operação da central de monitoramento
eletrônico dos detentos e da central de inteligência e informações. Serviços de
videoconferência, de apoio à reintegração social e de oferecimento de kit
higiene, rouparia e colchão também estavam na lista.
No início da
noite desta quarta, o governo do Maranhão informou que estava cancelando o
pregão porque o atual secretário de Justiça e Administração Penitenciária,
Paulo da Costa, assumiu o cargo em 25 de setembro e “não tinha
conhecimento do seu conteúdo [do edital da licitação]”. “O secretário
irá analisar o termo de referência que faz parte do edital dessa
licitação”, afirma nota divulgada pela secretaria de Comunicação Social do
Maranhão.
O Maranhão
possui 6.315 presos, segundo dados referentes a junho de 2014 divulgados pelo
governo estadual. (Fábio Brandt – O Estado de S.Paulo)
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