Por Flávio Dino
Esta
semana marcou um episódio histórico para o turismo brasileiro. Chegamos ao
turista número 6 milhões, marca nunca antes alcançada na história de nosso
país. A Embratur comemorou o fato, recepcionando a turista no Aeroporto do
Galeão, uma das portas de entrada que mais cresceram no país. Simbolicamente,
foi escolhida uma turista argentina, país que mais envia visitantes ao Brasil.
Foi uma forma de reconhecer a força de nosso principal parceiro na economia do
turismo.
Com o
resultado que se desenha para este ano, mantemos a marca de crescimento acima
da média mundial. No ano passado, por exemplo, crescemos 5% ante 3% da média
planetária. Esse êxito é fruto de um planejamento acertado da estratégia
promocional da Embratur, que tem aproveitado a oportunidade proporcionada pelos
megaeventos para gerar um ciclo virtuoso no turismo brasileiro. A Copa das
Confederações, a Jornada Mundial da Juventude e a Copa do Mundo interessam não
apenas pelos turistas que trazem durante sua realização. A exibição desses
eventos pela TV, para bilhões de pessoas no mundo todo, garante uma grande
exposição que, se for bem trabalhada, vai consolidar turismo brasileiro em um
novo patamar.
E é o que
temos feito, ao realizar um evento por dia útil no exterior, incluindo a ação
que criei em minha gestão, o premiado Goal to Brasil, em que reunimos
operadores de turismo dos países que mais enviam turistas para cá e fazemos uma
verdadeira imersão em Brasil, passando informações detalhadas sobre andamento
das obras para a Copa e de nossos principais destinos turísticos. Com isso, já
capacitamos mais de 2 mil operadores de turismo, preparados para vender viagens
para o Brasil com um grande volume de informações.
O
crescimento da entrada de turistas estrangeiros representa ganhos econômicos
diretos para, pelo menos, 10 milhões de brasileiros que ganham sua vida
trabalhando com turismo. Obviamente, o impacto econômico da entrada de dólares
se espraia por vários outros segmentos da sociedade. Este ano, o país já
recebeu 5,6 bilhões de dólares entre janeiro a outubro de 2013, um recorde
histórico para o período. Convertido em moeda nacional, esse montante
significou uma receita de R$ 12 bilhões para o país – 10,7% a mais que no mesmo
período do ano passado. Para se ter uma ideia do que esses quase R$ 12 bilhões
representam para o país, é mais do que entrou em nossa economia por meio de
importantes indústrias, como a automobilística, que gerou US$ 4,6 bilhões de
janeiro a outubro deste ano. E é muito próximo do valor que ingressou em nossa
economia com as exportações do setor de papéis e celulose.
Para
ampliar ainda mais a importância desse setor na economia, na Embratur estamos
apostando também na diversificação do perfil dos turistas, para seguir sempre
crescendo. Por isso, encontrei na semana passada com a ministra da Cultura
Marta Suplicy para debatermos os próximos passos da promoção dos patrimônios
históricos brasileiros. A primeira edição do plano já está em andamento, com
investimento de R$ 3 milhões por parte da Embratur. Faremos, em março, uma
exposição em Madri de nossos 12 patrimônios reconhecidos pela Unesco. O Centro
Histórico de São Luís estará presente. Ainda em 2014, faremos press trips,
trazendo jornalistas para conhecer nossas cidades históricas, como já fizemos
dez vezes com o Maranhão no período em que estou à frente da Embratur.
São
ganhos os quais me orgulho de ter ajudado a nascer nos últimos dois anos e meio
em que estive à frente da Embratur por determinação da presidenta Dilma.
Período este que vem chegando ao fim, para que possa me dedicar a outras
missões, como o movimento Diálogos do Maranhão e a pré-campanha para o governo
do Estado. Espero, também nessas novas funções, poder continuar contribuindo
com o desenvolvimento do Maranhão e do Brasil.
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