O deputado Raimundo Cutrim (PSD), num inflamado pronunciamento, hoje, na tribuna, responsabilizou o secretário Aluísio Mendes, pelo clima de animosidade existente no Sistema de Segurança Pública do Estado.
Segundo Cutrim, o secretário não tem condições de comandar o Sistema de Segurança Pública do Estado. “Afirmo: não tem comando, não tem estabilidade e não tem gestão, mas eu não digo isso escondido, eu digo para a governadora, eu digo para a população, o que eu acho. Mas o cargo não é meu é da governadora”, disparou.
Ex-secretário de Segurança, o deputado deixou claro que não está querendo o lugar do desafeto, mas atribuiu a ele a responsabilidade por toda celeuma envolvendo os militares, que ameaçam paralisar as atividades por tempo indeterminado.
Raimundo Cutrim responsabilizou Aluísio Mendes por, segundo ele, não ter orientado corretamente a governadora. “Se fosse orientada antes, saberia que foi dado um aumento no subsídio, essa gratificação foi concedida na minha gestão em 2009 para os agentes, 10%. Agora foi para os subsídios, os delegados 14%, foi para o subsídios, os agentes penitenciários foi para o subsídio agora 28.92%, isso pela primeira vez da história do Maranhão que os agentes penitenciários tiveram um aumento realmente mais do que os policiais militares e os agentes da policia civil”, informou.
Conforme o parlamentar ninguém quer fazer greve. “Nós queremos ver a nossa Polícia Militar em greve? Ninguém quer. E é previsto também na forma do Art. 24, Parágrafo 5º da Constituição, diz que a Polícia Militar não se sindicalizar e é proibida a greve. Agora nós temos que verificar o que nós estamos aqui buscando é um meio termo, porque os professores foram beneficiados, os Agentes da Polícia Civil foram beneficiados, os Agentes Penitenciários foram beneficiados, e a Polícia Militar por que foi esquecida?”, questiona.
Para o ex-secretário, a justificativa de que é o 7º maior não se sustenta. “Nós temos que adequar as Instituições, Civil, Militar e Corpo de Bombeiro, sempre ganharam de forma igualitária. Isso historicamente, desde que eu assumi em 97, sempre a gente buscou a equiparação de forma igualitária, o Coronel igual ao Delegado, o Agente igual ao Soldado. Então o que nós queremos é um equilíbrio, evidentemente nós não queremos aqui que força nacional venha de outro Estado aqui, e sabem quanto é que custam 200, 300, 400 homens da Força Nacional para o Estado do Maranhão. Isso custa uma fortuna, e ninguém quer ver isso, nós queremos ver a nossa segurança ser feita é pela Polícia Militar do Estado do Maranhão, e não Exército, que tem a sua atribuição definida na Constituição, que é proteger o país”, defendeu Cutrim.
Para o deputado chama-se Força Nacional quando o Estado está falido. “Nós não precisamos no momento de Força Nacional, e nós vamos conversar com os policiais militares, que são profissionais, e nós não vamos deixar de forma nenhuma vir força de fora fazer aqui a nossa segurança. Que nós temos a nossa Polícia Militar com profissionalismo, com dignidade, com postura. Agora também, nós temos que ver o lado deles”, concluiu.
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