O quadro de postulantes à sucessão municipal, na capital, começou ser desenhado no último final de semana com as confirmações das candidaturas do deputado federal Edivaldo Holanda Júnior (PTC), com o provável apoio do presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), e do vice-governador Washington Luís Oliveira (PT), que venceu a prévia petista e disputará a eleição com a benção da oligarquia Sarney. Como o prefeito João Castelo concorrerá à reeleição pelo PSDB, podemos afirmar que estão postos os três principais nomes que vão brigar pelo comando da cidade de São Luís.
Holanda Júnior emergiu das urnas em 2010 como o fenômeno eleitoral, sendo o mais votado na capital. Desde então passou a figurar como postulante ao cargo de prefeito e deve reunir em seu palanque os partidos que fazem oposição aos governos estadual, municipal e estejam sintonizados com o projeto Flavio Dino 2014.
Embora nos partidos do campo da oposição se encontre nomes do porte de Tadeu Palácio (PP), Roberto Rocha (PSB) e Eliziane Gama (PPS), tudo indica que um dos três será convencido a compor a chapa de Holanda Júnior, como vice. Mas já há quem defenda, em caso de negativa, que a vaga seja oferecida ao deputado estadual Rubéns Pereira Júnior (PCdoB), que transferiu o título para São Luis e conta com a simpatia de Flávio Dino.
No momento, o grande empecilho para o fechamento do acordo tem sido o ex-prefeito Tadeu Palácio (PP), que mesmo possuindo elevado índice de rejeição, sempre aparece bem colocado nas pesquisas e, por este motivo, não quer abrir mão da candidatura, mesmo correndo o risco de sair sozinho e sem apoio político.
Tadeu está sendo convencido a desistir da candidatura para apoiar Edivaldo Júnior, mas tem mostrado resistência e comentado nos bastidores que não abre mão de concorrer. Se for candidato, tudo indica que não terá os demais partidos de oposição em seu palanque.
O ex-deputado Roberto Rocha (PSB), sempre que se pronuncia nos eventos partidários tem alertado que as pesquisas de agora em nada condiz com a realidade que vamos está vivendo quando a campanha realmente começar. Para Rocha a eleição na capital é uma corrida de chegada, não de largada, por isso mantém sua agenda de pré-candidato. Ele tem deixado claro que não criará problemas para a formação da unidade da oposição em torno de um único nome.
Já a deputada Eliziane Gama (PPS), apesar do discurso vibrante e da confiança que possui na derrocada da oligarquia em 2014, tenta sobreviver a candidatura dentro do próprio PPS, que possui uma penca de militantes em cargos comissionados na prefeitura e que não desejam perder a “boquinha”. O partido, no entanto, está decidido a não coligar com Castelo, mas seus dirigentes ainda vão decidir de lançam a deputada ou fazem composição com Edivaldo Holanda Júnior.
Pelo lado da oligarquia Sarney, a ordem é fortalecer a candidatura única do vice-governador a prefeito de São Luís. O candidato, porém, parece não contar com a simpatia dos parlamentares governistas e muito menos da militância de esquerda, que o considera um traidor, mas Washington deve trazer para o seu palanque nomes de peso do PT nacional para ver se decola, se decolar o governo vai investir, caso contrário o abandonará, a exemplo de eleições anteriores quando apresentou candidatos apenas para fazer figuração.
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Tadeu ganha de qualquer um desses candidato
foi o melhor prefeito que sao luis ja teve