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Deputado Othelino recebe comissão do Sinproesemma |
O presidente da Comissão
de Administração Pública, Seguridade Social e Relações do Trabalho, deputado
estadual Othelino Neto (PPS), garantiu, nesta terça-feira (16), apoio aos
professores do Estado na luta pela aprovação do Estatuto do Educador da forma
original, sem as mudanças impostas pelo governo. Diante do impasse com o
Executivo, a categoria confirmou ao parlamentar o indicativo de greve geral,
por tempo indeterminado, para a próxima terça-feira (23) em toda a rede
estadual de ensino.
“A gente sabe como o
governo age para impor as coisas, por isso, temos que usar de instrumentos
políticos para mostrar que o povo tem voz. Nós, da oposição, temos feito essas
cobranças no plenário. No meu caso, estou presidindo a Comisso de Administração
Pública e sou membro da Comissão de Educação. Estou, então, disponibilizando-me
para fazer eco, aqui na Assembleia, a esse apelo de vocês”, garantiu Othelino
Neto.
Durante a reunião com Othelino, o presidente do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipal do
Maranhão (Sinproesemma), Júlio Pinheiro, explicou a situação em que se
encontram os trabalhadores em Educação, diante da não aprovação da proposta
original do Estatuto. Ele estava acompanhado dos dirigentes sindicais
Benedita Costa (vice-presidente), José Brussio (Formação), Carlos Mafra
(Funcionários) e Edna Castro (diretora).
Segundo Júlio Pinheiro, as diversas reuniões realizadas, em
2012, com técnicos e o ex-secretário de Educação, João Bringel, criaram
expectativas na categoria pelo posicionamento do próprio então auxiliar de
governo, que se comprometeu, à época, em encaminhar a proposta ao Legislativo
desde o ano passado. Porém, isso não aconteceu. “Depois de quatro meses
mantendo o estatuto engavetado, o governo chamou o sindicato para apresentar uma
proposta diferente da que foi negociada com a entidade”, contou o sindicalista.
O dirigente disse que as últimas alterações feitas no estatuto,
sem a participação do sindicato, comprometeram o sentido da proposta negociada
e levaram os trabalhadores à aprovação, em assembleias regionais, de greve por
tempo indeterminado, a partir do próximo dia 23 de abril. “As modificações
realizadas no estatuto acabaram causando revolta na categoria, que decidiu
aprovar greve geral”, explicou Júlio Pinheiro.
A vice-presidente do Sinproesemma, Benedita Costa, também
reforçou a cobrança enfatizando a importância da proposta construída nos
últimos anos pela direção do sindicato e técnicos do governo, com todos os
itens do texto assegurando direitos aos educadores. “Não aceitaremos alterações
que prejudicam os trabalhadores. Queremos que a proposta negociada seja
aprovada”, enfatizou.
Greve
por tempo indeterminado –
Assembleias regionais, representando educadores de
todos os municípios do estado do Maranhão, aprovaram greve geral na rede
estadual de educação, a partir do dia 23 deste mês de abril. O movimento
coincide com a greve nacional da educação, dias 23, 24 e 25, e prossegue por
tempo indeterminado até que seja aprovada, na Assembleia Legislativa, a
proposta de Estatuto do Educador, construída, debatida e negociada em reuniões
entre diretores do Sinproesemma e o governo do Estado.
A consulta aos educadores aconteceu nas regionais de Açailândia,
Balsas, Barra do Corda, Bacabal, Caxias, Chapadinha, Codó, Imperatriz, Itapecuru-Mirim,
Pinheiro, Pedreiras, Presidente Dutra, Rosário, São João dos Patos, São Luís,
Santa Inês, Timon, Viana e Zé Doca. Cada regional representa, em média, 10
municípios maranhenses. A maior é a de Zé Doca, que envolve 17 municípios.
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