O presidente da Assembleia Legislativa, deputado
Arnaldo Melo (foto), em conversa informal com jornalistas, nesta manhã de terça-feira (8), disse
que ficou surpreso com o lançamento da pré-candidatura do suplente no exercício do mandato de senador, Edison Lobão
Filho (PMDB), ao governo e afirmou que o processo de escolha do novo candidato foi
zerado com a desistência do ex-secretário Luís Fernando Silva disputar a
sucessão estadual na eleição de outubro próximo.
O dirigente do Poder Legislativo maranhense observou,
no entanto, que o nome do suplente no exercício do mandato de senador, Edinho
Lobão, foi sugerido e que existe a possibilidade real dele vir a ser do
candidato do grupo que está no poder. “Vamos tentar construir uma candidatura e
esperar a resposta da sociedade”, enfatizou, sem citar nome.
“O nome dele foi lançado, agora precisamos ter a
resposta da população, que deve se manifestar através de pesquisas. A situação
me aconselha ser prudente, mas acredito que em mais uma semana essa questão
estará resolvida”, declarou.
Arnaldo Melo fez questão de esclarecer que não está
declarando apoio a Edinho Lobão, mas adiantou que se o seu grupo decidir que
ele será o candidato, entrará na campanha por entender que existe ainda um
grupo muito grande de eleitores que ainda não se decidiram por nenhum dos nomes
apresentados até o momento.
Segundo o presidente, o grupo ao qual pertence possui
potencial para alavancar uma candidatura forte por possuir os apoios da
presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula da Silva, a governadora do
Estado três senadores, 180 prefeitos, 31 deputados estaduais,12 federais e um
número significativo de vereadores e ex-prefeitos. “O que nós precisamos
encontrar é o elo que ligue a classe política ao candidato”, observou.
Numa conversa descontraída, o presidente da
Assembleia recordou todos os passos que acabaram provocando a desistência de
Luís Fernando, criticou inverdades sobre uma suposta conspiração comandada por
ele para eleger o ex-governador José Reinaldo Tavares se houvesse eleição indireta
e afirmou não existir nenhum ressentimento entre os Palácios dos Leões e Manoel
Bequimão por conta dos fatos que provocaram a renúncia do pré-candidato.
Arnaldo se isentou de qualquer responsabilidade
pelo fato do plano da governadora eleger indiretamente Luís Fernando não ter
sido concretizado, para que ele tentasse reverter a situação de dificuldade
sentado na cadeira de governador, “até porque Roseana nunca tratou comigo sobre
eleição indireta”.
Segundo revelou o presidente, todos os movimentos
na Assembleia Legislativa para cooptar deputados para a eleição indireta de
Luís Fernando foram feitos pelo deputado Max Barros e pelo secretário de Saúde
Ricardo Murad e que, em nenhum momento, os parlamentares que apoiavam sua
eleição para permanecer no cargo até final do mandato da governadora teriam
ventilado a possibilidade de eleger José Reinaldo.
“Meu compromisso com o grupo de deputados foi que
se eu não quisesse participar da eleição indireta para governador, o escolhido
seria um dos integrantes do grupo que apoia o governo, jamais conspiramos ou
armamos arapuca para a governadora, como andaram insinuado em alguns veículos
de comunicação”, esclareceu.
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