Portas sem fechadura, sujeira, fezes na entrada do
prédio, sem internet, telefone, gavetas abertas, quase sem mobília, com
iluminação elétrica cedida de uma residência particular vizinha da Prefeitura e
a inexistência de documentos aparentemente retirados às vésperas da posse sem
autorização. Foi este o cenário encontrado pelo novo Prefeito de Alto Parnaíba,
Itamar Nunes Vieira, que diante do que ele denominou caos, decretou estado de
emergência no Município pelo prazo de 180 dias.
A decisão, oficializada através do decreto
006/2013, veio após a constatação de várias irregularidades nas contas e no
arquivo de documentos da prefeitura. Conforme o decreto, os antigos gestores
saíram da prefeitura levando memórias dos computadores, acerto contábil –
incluindo balancetes, prestação de contas, folhas de pagamento,
impossibilitando a continuidade de trabalho e pagamentos anteriores. Isso
sem mencionar uma dívida ao BASA (Banco da Amazônia) de R$ 1.745.185,30 (Um
Milhão, setecentos e quarenta e cinco mil e cinco reais), um rombo
que chega a quase
R$ 2.000.000,00 (Dois Milhões de reais).
Além do desvio dos documentos e informações da
gestão, a cidade encontra-se completamente deteriorada. A gestão anterior
deixou Alto Parnaíba com toneladas de lixo, matos, entulhos, bueiros, galerias
entupidas, causando sérios danos à saúde da população. Onde, no único hospital
público do município, apenas o ambulatório e uma ambulância do SAMU funcionam.
Segundo Raimundo Nonato de França Oliveira, o
problema é grave, pois atinge desde o antigo matadouro, passando pelas ruas até
chegar ao cemitério da cidade.
Foi considerando essas, entre outras gravidades
públicas no Município, para que o prefeito Itamar, em união com o Procurador
Geral do Município, decidisse por fazer o decreto.
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