Uma entrevista do presidente estadual d PDT, Weverton Rocha (PDT) à TV Mirante nesta segunda-feira (13) confirmou o que o titular deste blog já havia antecipado: Fábio Câmara será a primeira vítima da reaproximação do senador pedetista com o deputado estadual Othelino Neto (Solidariedade), marido da senadora Ana Paula Lobato, recém filiada ao partido comandado nacionalmente pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.
Embora tenha aberto as portas do PDT para o ex-vereador, o senador em nenhum momento garantiu a candidatura, deixou claro que o partido está aberto para discutir e que somente vai tomar uma posição oficial sobre sucessão na capital mais pra frente, ou seja, não deu a menor garantia de que legenda fundada por Leonel Brizola e Jackson Lago vai embarcar na canoa furada de Fábio Câmara, considerado hoje o nome mais fraco na corrida ao Palácio da la Ravariére.
Fábio foi lançado como uma espécie de “boi de piranha”, aquele animal magrelo descartável oferecido as piranhas para que a manada passe sem ser importunada, ou seja, o ex-vereador teve seu nome chancelado pelo presidente do partido para poder sentar na mesa de negociação com alguma carta na manga, mas sem nenhuma pretensão de lançar candidatura própria. É voz corrente nos bastidores da eleição que o PDT não descarta nem aliança com o prefeito Eduardo Braide (PSD).
O Blog do Jorge Vieira alertou que a reaproximação do senador com o deputado poderia levar uma aliança do PDT com o Solidariedade, tendo a suplente de deputada federal Flávia Alves, irmã de Othelino, como candidata. Sobre essa questão, o dirigente pedetista não confirmou, mas também não descartou essa possibilidade, o que deve ter deixado Fábio Câmara ressabiado com a declaração do manda chuva pedetista e com a sensação de que vão tirar a escada e deixa-lo com a broxa na mão, isto é: não existe a menor garantia da candidatura.
Assim que o Blog observou que o ex-vereador seria a primeira vítima da reaproximação dos dois políticos, um aliado trouxe o recado de que eu estaria enganado e que ele será candidato porque teria compromisso com o senador Weverton, mas no fundo sabe que o projeto de representar o PDT na eleição para prefeito de São Luís já subiu no telhado.
Câmara pode até continua posando de candidato, mas diante das declaração de Weverton, o projeto do ex-vereador ser candidato deverá sofrer alteração. Alguns observadores do cenário político local acreditam que ele terá que abrir mão do projeto, só terá a legenda se for para disputar uma vaga na Câmara Municipal, onde o partido conta apenas com o vereador Raimundo Penha, o único remanescente da bancada eleita em 2020.
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