O prefeito de São Luís Eduardo Braide (PSD) vai encerrar o ano que antecede a disputa pelo governo do estado em alta, liderando as pesquisas e sendo considerado o chefe de executivo municipal mais bem avaliado de capitais país, segundo revelou a pesquisa AtlasIntel. Com o cacife de bom gestor que conta com a aprovação de 82% da população de São Luís e apenas 2% de rejeição, Braide, sem dúvida, é o político, hoje, que tem melhores condições de enfrentar o candidato apoiado pelo governador Carlos Brandão (sem partido), que resolveu abrir de mão de concorrer ao Senado para tentar fazer o sobrinho Orleans Brandão (MDB) seu sucessor.
O prefeito, embora tenha sido provocado diversas vezes, ainda não se manifestou sobre sucessão, mas pelo que declarou o irmão, deputado estadual Fernando, em entrevista ao Podcast Café Quente, Eduardo Braide não teria qualquer dificuldade em transferir o comando da capital para a vice-prefeita Esmênia Miranda (PSD). Fernando disse ainda que este é o momento e esteve mais recentemente em vários municípios do Maranhão e sentiu que existe um certo clamor da população para que ele (Braide) faça no estado o mesmo que está fazendo por São Luís. Fernando, no entanto, observou que caberá unicamente ao irmão decidir se será candidato ao não.
Ainda que que o prefeito tenha se mantido distante dos debates sobre sucessão, no meio político é tido como certa que ele se desincompatibilizará no prazo legal para concorrer ao governo do estado. “Esse é o memento dele (Braide)”, garantiu um familiar em conversa com titular do blog. Pelo movimento entre os mais próximos não resta dúvida que o prefeito de São Luís se prepara para entrar na briga pelo comando do estado em outubro, quando deverá enfrentar forte concorrência. Além de Orleans, seu principal adversário até o momento, devem concorrer Felipe Camarão (PT) e Lahésio Bonfim (Novo)
A pesquisa AtlasIntel serviu para aguçar ainda mais a especulação sobre o futuro político do prefeito. Braide tem todos os requisitos que precisa para se lançar candidato ao Palácio dos Leões. Porém é bom lembrar que uma disputa majoritária num estado grande como o Maranhão ter respaldo de um grupo político é essencial. A última pesquisa do Instituto Data Ilha que Braide, se confirmar a candidatura, levará cerca 82% dos votos da capital e a grande maioria dos dos votos dos outros três municípios que integram a Grande Ilha, mas o estado é compostos por 217 municípios, o que recomenda alianças e formação de grupo.
Se resolver confirmar a candidatura, o prefeito de São Luís terá pela frente Orleans Brandão, um duro adversário, apoiado por força poderosa e que deve contar em seu palanque com todos os partidos que integram a base do governo, sendo a única dúvida o PT, que depende de decisão da direção nacional que não descarta lançar a candidatura do vice-governador Felipe Camarão. Ainda que a cúpula dirigente petista mantenha a candidatura de Camarão, é fato que alas do partido no Maranhão devem manter a aliança com Brandão para preservar os cargos que ocupa no governo.
A pré-candidatura Orleans está consolidada, ganhou muita visibilidade ao longo ao ano ao participar de todos os eventos do governo e ter recebido manifestação de apoio de políticos de peso a exemplo da presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB) e do senador Weverton Rocha (PDT), parlamentares federais, estaduais, vereadores e lideranças políticas municipais, o que o tornam competitivo. O governador se mostrar disposto a apostar todas as fichas nele ao abrir mão de disputar o Senado e se negar a passar o comando do estado para o vice-governador Felipe Camarão disputar a reeleição sentado na principal cadeira do Palácio dos Leões.
Por tudo que se viu em 2025, ano que está indo embora e que foi marcado por convulsões no mundo político estadual, sendo a principal delas a fim da aliança dos grupos que chegaram ao poder em 2014, colocando em lado opostos aliados do governador Carlos Brandão e do ex-governador Flávio Dino, dos quatro principais pré-candidatos que tiveram seus nomes avaliados pelos institutos de pesquisas, a polarização Braide e Orleans deve continuar em 2026, ano que está chegando e que veremos quem tem água na fonte.
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