Partido protagonista do cenário político da capital e do estado nas últimas décadas, elegendo sucessivos prefeitos, fortes representações nos parlamentos estadual e municipal, o PDT sob o comando de Weverton Rocha nem de longe lembra a legenda criada e dirigida com maestria pelo saudado governador Jackson Lago.
O partido que sempre primou pela democracia interna, após o falecimento do ex-governador passou a ter dono e todas as atividades passaram a ser controladas pelo senador Weverton Rocha, que em nome de um projeto pessoal de poder provocou o afastamento de militantes histórico, da família de Jackson Lago e hoje agoniza.
Para o ex-deputado federal Julião Amin, militante histórico e um dos políticos mais próximos do ex-governador Jackson Lago, é triste vê o que está acontendo com o PDT, perdendo protagonismo por conta de um projeto pessoal sem futuro.
Julião cita como exemplo as eleições muncipais quando Weverton abandonou antigos aliados e, em nome de um projeto pessoal, se aliou a adersários históricos como DEM de Neto Evangelista no primeiro turno e o Podemos de Eduardo Braide no segundo turno, contra o candidato do grupo do governador Flávio Dino, deputado estadual Duarte Junior.
A mais recente eleição para a presidência da Câmara Municipal de São Luís foi vexatória, o partido não teve forças sequer para tentar fazer o sucessor do presidente Osmar Filho (PDT), perdendo a eleição para o grupo que apóia a reeleição do governador Carlos Brandão, liderado pelo vereador Paulo Victor.
Os redutos onde o presidente do PDT se sustentava ruíram: perdeu o apoio do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto, que decidiu manter-se no projeto Flávio Dino/Carlos Brandão e agora foi excluído da futura Mesa Diretora da Câmara.
Com a janela partidária perdeu os deputados Rafael, Ricardo Rios e Zito Rolim e a deputada Cleide Coutinho desistiu de tentar a reeleição, mas declarou apoio a Brandão, principal adversário do senador do PDT na sucessão estadual. Em contra partida filiou em seus quadros os deputados Ciro Neto e Thaísa Hortegal.
Na Câmara Municipal, onde já chegou a contar com uma bancada de sete parlamentares, hoje encontra-se reduzido aos vereadores Raimundo Penha, Osmar Filho e Nato Júnior e a tendência é enxugar ainda mais quando abrir a janela partidária para as eleições municipais.
No campo estadual, uma boa parte dos 45 prefeitos eleitos pelo partido abandonou o projeto de poder do senador, que vê a cada dia lideranças mudarem de lado e se afastarem da pré-campanha, num claro indicativo de que nem os pedetistas acreditam nos propósitos do candidato foguete.
No ritmo que vai, é capaz de chegar à reta final da campanha como um pintor de parede que perde a escada e fica com a brocha na mão. Neste caso, a tendência e despencar.
0 Comentários