PAULO DE TARSO LYRA
O PDT é o primeiro partido da base a emitir sinais de que poderá estar com a oposição em 2014. Segundo apurou o Correio Brasiliense, depois de sua demissão do Ministério do Trabalho, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, ligou pelo menos três vezes para o senador Aécio Neves (PSDB-MG) ensaiando uma parceria política. O partido reclama que está sendo maltratado pelo governo da presidente Dilma Rousseff e que o Conselho de Ética da Presidência só puniu o pedetista. “Eles não agiram contra o Palocci (Antonio Palocci, ex-chefe da Casa Civil) e quando recomendaram uma investigação contra o Pimentel (Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Dilma resolveu trocar os conselheiros”, declarou o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP).
Aécio afirmou que o PDT está ao lado do PSDB em Minas tanto em Belo Horizonte quanto no governo de Antonio Anastasia. Mas disse que ainda é cedo para falar de alianças para 2014. “Esse cenário só ficará mais claro a partir de 2013, após as eleições municipais”, disse o senador mineiro. A oposição trabalha com a hipótese de atrair PR, PP e PTB para uma candidatura presidencial em 2014.
De olho no Trabalho
O xadrez para acomodar aliados na Esplanada tende a ficar mais complexo com a entrada do PMDB nas reivindicações por mais espaço no governo. Peemedebistas avisam que o partido poderá entrar na disputa pelo Ministério do Trabalho e, agora, três legendas passam a disputar o cargo. A pasta é visada pelo PDT, praticamente vetado devido ao afastamento do partido em relação ao PT em São Paulo, e pelo bloco PTB/PSC, que na semana passada chegou perto de colocar Hugo Leal (PSC-RJ) no comando do ministério. Hoje, deputados do bloco irão se reunir com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para tratar o assunto, já que a operação para nomear Hugo Leal foi abortada repentinamente na semana passada. (Júnia Gama)
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