O secretário de Comunicação do Governo Carlos Brandão (PSB), jornalista Ricardo Cappelli (PSB), em entrevista ao programa Contraponto da Rádio Timbira AM, nesta quinta-feira (13), questionou onde foram parar os R$ 600 milhões em emendas do orçamento secreto liquidadas e pagas para o Maranhão no primeiro semestre deste ano.
O questionamento do secretário ocorreu no bojo de uma pergunta do jornalista Jorge Vieira se o perfil mais conservador do Congresso Nacional brotado das urnas em 2022 teria sido influenciado pelo orçamento secreto, inclusive no Maranhão onde houve muita reclamação sobre derrame de dinheiro na eleição proporcional.
“Vou responder fazendo uma pergunta: no primeiro semestre deste ano foi liquidado e pago pelo governo federal R$ 600 milhões, ou seja, mais da metade de R$ 1 bilhão em emendas do orçamento secreto apenas para o Maranhão e minha pergunta é: você conhece alguma obra que está iniciada no Maranhão com dinheiro do orçamento secreto? Para onde foi esse dinheiro?”, questionou.
Na avaliação de Cappelli, o orçamento secreto é o maior escândalo de corrupção da história do Brasil. “Ninguém sabe para onde foi esse dinheiro. R$ 600 milhões foram destinados e pagos aqui para o Maranhão e cadê esse dinheiro, foi para onde, cadê as obras, onde é que estão as pontes, as escolas? Isso teve impacto na eleição, claro que teve”.
O secretário, que acertou em todos os seus prognósticos para o primeiro turno, inclusive a vitória de Carlos Brandão no primeiro turno e a ordem de votação dos candidatos com Lahesio Bonfim (PSC) em segundo lugar, Weverton em terceiro e Edivaldo em quarto aposta na eleição de Lula e considera improvável que Bolsonaro consiga a virada, o que seria algo inédito na história das eleições nacionais desde que que foi permitida a reeleição de presidente.
“O ex-presidente Lula terminou o primeiro turno com mais de 6 milhões de votos na frente de Bolsonaro, ficou a um ponto e meio de fechar a eleição no primeiro turno. Nunca houve na história das eleições presidenciais uma virada do primeiro para o segundo turno, jamais houve e tem um outro paradigma que faz parte das eleições nacionais: todos os presidentes que foram eleitos após a emenda da reeleição, foram reeleitos, então são dois paradigmas: todos os presidentes foram reeleitos e nunca houve uma virada. No dia 30 um dos dois vai sobrar, um dos dois paradigmas vai cair porque se Lula vencer vai cair o paradigma que todo presidente é reeleito. Se Bolsonaro for reeleito cai o paradigma de que nunca houve uma virada do primeiro para o segundo turno”.
“Eu acho muito improvável que o presidente Lula perca essa eleição porque para isso Bolsonaro teria que tirar seis milhões de votos de diferença e Lula não ganhar nada. Não há nenhum elemento, um dado da realidade que aponte que essa possibilidade é real, então eu acho que no dia 30, para o bem da democracia, para bem da Nação nós vamos ver a eleição do presidente Lula.
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