O deputado estadual Othelino Neto (PCdoB) rebateu críticas da
oposicionista Andrea Murad (PMDB) ao governo Flávio Dino (PCdoB), na sessão
desta quarta-feira (11). Segundo ele, quem dava tratamento desrespeitoso à
Oposição na Assembleia Legislativa era o governo Roseana Sarney que não
liberava emendas para a bancada, inclusive as da Saúde, pasta que era comandada
pelo pai da parlamentar, Ricardo Murad (PMDB).
“Em primeiro lugar, cumpre lembrar que os novos deputados ainda não
indicaram emendas ao Orçamento. Além disso, quem dava tratamento desrespeitoso
para os deputados de Oposição era o governo anterior. Quero lhe dizer que
apresentei emendas ao Orçamento, como é de direito, assim como fizeram Marcelo
Tavares, Rubens Jr, Bira do Pindaré e Cleide Coutinho e não tivemos nada
liberado, inclusive da Saúde”, lembrou Othelino Neto.
Segundo o deputado, agora governista, a ex-bancada de Oposição não tinha
suas emendas liberadas porque denunciava desmandos do governo Roseana Sarney na
tribuna. “Era como se não fôssemos deputados. Eu não sei, até hoje, o que é ter
liberada uma emenda”, frisou Othelino ao afirmar que o atual governo dará um
tratamento respeitoso também para a atual oposição.
Irregularidades no governo anterior
Sobre as graves irregularidades cometidas pelo governo anterior,
Othelino disse que elas serão anunciadas, em momento oportuno, para a
sociedade e encaminhadas para os órgãos competentes. Segundo ele, o atual
governo realiza auditorias porque são necessárias e não por perseguição.
“É preciso apurar e mostrar o resultado quando as auditorias estiverem
concluídas. Agora, o que se sabe é que, de fato, tem muito problema que nem
precisou o novo governo anunciar para que a sociedade tivesse conhecimento”,
disse Othelino.
Na tribuna, o deputado citou o caso de uma “clínica fantasma”, que se
destinaria ao tratamento de pacientes com câncer, na Avenida São Luís Rei de
França, em um prédio alugado pela Secretaria de Saúde, de propriedade do
ex-candidato do grupo Sarney ao Governo, Edinho Lobão (PMDB), e que foi mantida
fechada até a denúncia da Oposição vir à tona. Ele ressaltou que o Estado
contratou um imóvel residencial caríssimo, por meio de um contrato, para um
curto espaço de tempo.
“Quando a Oposição denunciou o fato, o governo realizou, às pressas, uma
reforma do prédio que custou mais de 300 mil reais, ou seja, alugaram um imóvel
residencial pagando caro, mantido durante meses fechado, depois fizeram algumas
adaptações e o contrato era num curto espaço de tempo, o que não seria vantagem
para o Estado. O que foi aquilo ali? Uma irregularidade grave para atender um
aliado político”, afirmou Othelino.
Segundo o deputado, a questão da “clínica fantasma” foi um caso
concreto, grave, sério, de desperdício e de uso indevido de recursos públicos
para atender a uma conveniência eleitoral e política. O parlamentar disse que o prédio
teria sido alugado pelo governo para cobrir o prejuízo do ex-candidato a
governador, que viu seu empreendimento fechado e sem utilidade.
Relacionado
0 Comentários