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Deputado Othelino usa a tribuna para pedir fiscalização contra desmatamento |
O deputado estadual Othelino Neto
(PPS), em pronunciamento na manhã desta terça-feira (09), cobrou do Instituto
Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ações de
fiscalização contra desmatamentos que vêm acontecendo na Amazônia Legal do
Maranhão. O Estado já desmatou quase 72% de suas florestas. E esse quadro se
agrava a cada dia, segundo o parlamentar.
Recentemente, o Jornal O Globo mostrou
para todo o Brasil indicadores negativos do desmatamento no Estado. Hoje, a
maior parte das florestas, ainda existentes na Amazônia Legal do Maranhão,
restringe-se às áreas indígenas.
“O certo é que se percebe que, por
alguma razão que não foi explicada ainda, a fiscalização por parte do Ibama,
nos últimos dois anos, se reduziu bastante. Não percebemos mais aquelas
operações realizadas em parceria com a Polícia Rodoviária Federal e com a
Polícia Federal, que faz o trabalho de inteligência para identificar de que
forma e quem está beneficiando o comércio industrial de madeiras. Temos observado
que essas ações deixaram de acontecer”, assinalou Othelino Neto.
Segundo o deputado do PPS, esses quase
72% de floresta que foram desmatadas da Amazônia Legal Maranhense representam
105.190 km² de vegetação derrubada. Para Othelino, o pior é o impacto disso na
qualidade de vida das pessoas. Nas cidades onde mais se desmatou, os
indicadores sociais são piores do que nas demais.
Desequilíbrio ambiental – “Fica provado que o
desmatamento, em especial o ilegal, não promove distribuição de renda. Ele causa,
ao contrário, um grande desequilíbrio ambiental e provoca também pobreza em
cidades. Posso dar o exemplo aqui de Amarante do Maranhão, que tudo que tinha
de floresta foi desmatado. Só ficou a área indígena com muito mais dificuldade.
A cidade hoje vive, praticamente, da renda que circula do Bolsa Família, de
aposentados e de funcionários públicos da ativa”, comentou Othelino.
O deputado informou que vai solicitar,
pela Comissão de Meio Ambiente, uma audiência com o presidente do Ibama para
saber as razões pelas quais a fiscalização no Maranhão foi reduzida e o que
está sendo feito para reverter essa situação. O parlamentar lembrou ainda que,
no período em que esteve à frente da Secretaria de Meio Ambiente, presenciou a
dificuldade que é fazer a fiscalização, mas o órgão realizou diversas ações,
inclusive em conjunto com o Instituto, envolvendo o Batalhão de Polícia
Ambiental e diversas forças, que puderam colaborar com a fiscalização. O
resultado foi efetivo no combate à comercialização ilegal de madeiras.
“Agora a situação é grave. É preciso
que esta Assembleia e nós todos prestemos atenção para que não se agrave, mais
ainda, a situação do desmatamento no Maranhão”, finalizou Othelino Neto.
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