Editorial JP
No fim, o
desejo de criar um clima de terror em meio à população de São Luís, emerge dos
atos consumados e manifestações conceituais do grupo Sarney. Não bastasse terem
transformado todos os jornais de sua TV em revista eletrônica de crimes, no
propósito indisfarçado de atingir o Sistema Estadual de Segurança e, por
tabela, o governador Flávio Dino, criam fatos só existentes na própria
imaginação tortuosa de quem deseja o mal para o Maranhão.
Para começo
de assunto, deram para fotografar cadáveres em outros estados e registrar na
imprensa como crimes ocorridos em São Luís. E, na mais exasperante tentativa de
ultrajar o governo, inventaram que a Secretaria de Segurança teria proibido os
policiais de andarem armados, ou os obrigado a recolherem o armamento quando
estivessem de folga. Esse conto das mil e uma noites, que só cabe em cabeça de
camarão seco, excedeu todos os limites, pois até deputados do grupo Sarney se
pronunciaram, eufóricos, sobre o desarmamento da segurança pública do Maranhão.
Esses deputados deviam era processar a imprensa de Sarney por induzi-los a erro
que depõe contra a atividade parlamentar.
O assunto,
conforme revelou em Nota a Secretaria de Segurança, nunca foi sequer cogitado,
menos ainda discutido e só pode ser encarado como desvario constitucional de
quem não tem qualquer conhecimento das leis do país. Mas é o desejo, a vontade
incontrolável de que aconteçam nos dias de hoje todas as cenas de terror que
aconteceram no decorrer do governo Roseana Sarney.
Já tentaram
induzir a polícia à greve, talvez até desejem que crianças peguem fogo, ônibus
e outros veículos sejam queimados e que caminhões caçamba sejam jogados contra
a Penitenciária de Pedrinhas, que volte a existir no sistema penitenciário
diretores que facilitem fuga de presos, redes sociais controladas pelo crime
organizado e tudo o mais que durante o governo Roseana deixou em pânico a
população.
Todo esse
esforço é inútil, pois fica cada vez mais claro que estamos diante de uma nova
polícia, que prende ladrões pobres e ladrões ricos, que combate a agiotagem e
escorraça pistoleiros, que investiga a corrupção – e polícia investigando
corrupção e prendendo corruptos é coisa que jamais foi vista nos quase 50 anos
de poder de José Sarney no Maranhão. Nem podia.
A opção
pelo terror revela um sentimento apátrida perigoso para esse Estado. Como pode
alguém imaginar uma história tão cabeluda quanto essa do desarmamento da força
policial e com que intenções se não a de provocar pânico, tumulto, aterrorizar
o povo. E há deputados que ainda se pronunciam sobre tamanha estultícia! Nenhum
povo, é certo, merece isso de seus representantes políticos e nenhuma imprensa
pode se deixar utilizar a esse nível de desaceleração profissional.
Pior é que
nem podemos deduzir do que são capazes pessoas que fazem opção pelo terror. Por
enquanto tudo se limita à imprensa e aos discursos, mas ninguém sabe o que
ainda pode acontecer.
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