O representante da direita bolsonarista, Sílvio Antonio, um mero desconhecido que registrou sua candidatura para prefeito der São Luís de última hora pelo PTRB, legenda sem tempo de televisão ou fundo eleitoral, já mostrou a que veio: atirar naqueles que fazem oposição e denunciam as mazelas do governo federal

O tal apóstolo, que aparaceu no debate da Band  vociferando contra a corrupção e  atirando contra os que fazem oposição ao governo esquecendo as implicações da família Bolsonaro com rachadinhas e transações com dinheiro vivo e sem origem, pelo visto, resolveu trilhar por um caminho pantanoso.

O pastor e sua visão retrograda, é o sexto mais rejeitado entre os onze candidatos, segundo pesquisa do Instituo Prever. Fala contra corrupção, mas esquece o que acontece com igrejas evangélicas. Agride o ex-presidente Lula e a esquerda, mas esquece os podres dos seus aliados e os escândalos dos Bolsonaros.

O jornalista, escritor e poeta, Cunha Santos, ao analisar a participação dos candidatos no debate da Band bem lembrou os casos escabrosos do pastor Everaldo, do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, da pastora Flordelys e da Igreja Universal do Reino de Deus, acusada de lavagem de dinheiro na ordem de R$ 6 bilhões.

Lembrou ainda o poeta que o apóstolo esqueceu também os R$ 7,5 milhões doados por uma empresa para combate à covid-19 e desviados para o programa comandado por Michelle Bolsonaro. Portanto, quem defende Bolsonaro não tem moral para falar contra corrução.

A corrupção é um cancro que todos nós devemos combater sem trégua, mas não com discursos demagógicos proferidos por  moralistas de ocasião.