Fernanda
Calgaro
Do UOL
O
presidente do Senado, senador José Sarney (PMDB-AP), evitou nesta quinta-feira
(31) comentar a situação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), alvo de
denúncias e favorito a assumir a presidência da Casa. A eleição para a
presidência do Senado ocorre amanhã (1º), a partir das 10h.
Indagado
se achava que Renan deveria apresentar explicações antes da eleição, Sarney
respondeu apenas que o nome do candidato do partido não estava fechado.
“Nós
ainda nem reunimos a bancada para saber quem é o candidato. Como é que a gente
já pode antecipar [e falar de Renan como candidato]?”, disse ao UOL
logo após participar da abertura de uma exposição no Senado sobre alguns dos
livros importantes editados nos 15 anos do Conselho Editorial da Casa.
Os
senadores do PMDB reúnem-se às 17h de hoje para decidir a indicação do partido
à disputa. Apesar de ser o mais cotado para o cargo, contando com o apoio do
Palácio do Planalto, da maior parte dos partidos da base, além de algumas
siglas da oposição, o nome de Renan tem encontrado certa resistência interna.
Em nota oficial divulgada ontem, Renan negou que haja um racha na legenda.
Renan
deixou a cadeira em dezembro de 2007 e quase perdeu o mandato depois de ser
acusado de ter despesas pessoais pagas pelo lobista de uma construtora. O
dinheiro serviria para pagar o aluguel de um apartamento e a pensão da
jornalista Mônica Veloso, com quem o senador tem uma filha. Renan admitiu ser amigo
do lobista, mas negou ter recebido dinheiro.
Na sexta
passada, a Procuradoria Geral da República enviou denúncia ao STF (Supremo
Tribunal Federal) contra Renan por ter supostamente apresentado notas fiscais
frias na tentativa de justificar que possuía dinheiro suficiente para pagar
essas despesas.
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