Ainda considerado um grande partido por conta do tempo de televisão, fundo eleitoral e de políticos que durante longas décadas mandaram na política do Maranhão, o MDB parece hoje seu rumo e sem liderança que possa pelo menos acenar a possibilidade de lançar candidatura própria ou compor aliança com alguma legenda que já apresentou pré-candidato a prefeito de São Luís.
O presidente do diretório municipal do partido, deputado estadual Roberto Rocha, braço direito do ex-senador João Alberto, numa forma de pressionar Roseana Sarney tomar uma posição, lançou-a como pré-candidata, mas o apelo não surtiu efeito; a ex-governadora simplesmente tirou o time de campo e sequer respondeu se aceitaria ou não o desfio de enfrentar as urnas novamente.
Sem o aval de Roseana, os dirigentes do MDB tentaram a ex-presidente nacional do Iphan, Kátia Bogéa, procuraram o juiz federal Roberto Veloso, mas ambos recusaram a oferta. A partir daí o deputado Roberto Costa passou a flertar com Neto Evangelista, não descartando a possibilidade de compor aliança com representante do DEM, porém enfrenta resistência interna e não parece ter força suficiente para comandar o processo e definir com quem vai o partido.
Para complicar ainda mais a aparente falta de comando partidário, o deputado Adriano Sarney, neto menina dos olhos do ex-presidente José Sarney, como no passo de mágica apareceu em posição intermediária na pesquisa do Instituto Prever e reabriu a possibilidade do velho oligarca exercer seu poder de pressão para levar os emedebistas a compor aliança com o PV, ainda que seja a contragosto de Roberto Costa.
Por conta das complicações internas, Roberto simplesmente calou, nada fala sobre sucessão, não atende telefone de jornalista, se limita a participar das sessões da Assembleia, faz foto com colegas de plenário, inclusive com alguns pré-candidatos, mas nada fala sobre sucessão, muito menos de o partido vai com Adriano, que pressiona a família a entrar no jogo para garantir a aliança.
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