A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegará em boa condição à disputa eleitoral de 2026 e reforçou que seu nome é indispensável para impedir o retorno da extrema-direita ao poder. Em entrevista publicada nesta segunda-feira (16) pelo jornal Valor Econômico, Gleisi declarou que o governo tem a responsabilidade histórica de barrar retrocessos e que Lula ainda é o principal líder político do país.
“Ele vai chegar bem. Nós temos o dever de não deixar a extrema-direita ganhar novamente a eleição no Brasil”, disse. A ministra também reconheceu que a recente queda na aprovação do governo está ligada à insatisfação com o atendimento do INSS, mas considera que o cenário é reversível e que a força simbólica de Lula segue intacta.
Gleisi revelou que tem incentivado o presidente a priorizar agendas nacionais e a intensificar seu contato direto com a população. “Eu sempre digo para ele: ‘Presidente, vamos viajar bastante o Brasil’”, contou. Embora reconheça a relevância das viagens internacionais de Lula, ela reforça que sua presença no território nacional é fundamental para consolidar apoios e reverter desgastes.
Ao ser questionada sobre a possibilidade de surgirem outros nomes no campo progressista, Gleisi reconheceu que existem quadros preparados no governo, como Fernando Haddad, Camilo Santana e Rui Costa. No entanto, ela destacou que nenhum deles tem o mesmo peso político de Lula. “Lula é um líder, não é um quadro político. Então, é difícil você ter alguém que o substitua nesse patamar. […] O Lula tem que ser o nosso candidato.”
A ministra ainda descartou sua própria candidatura ao Planalto, afirmando que nunca enfrentou o crivo do voto em cargos executivos. “Eu não tive experiência de governo com voto”, disse, mesmo tendo sido ministra-chefe da Casa Civil no passado.
Gleisi também falou sobre a necessidade de consolidar alianças para além das coligações formais e fortalecer a base do governo no Congresso. “O que nos cabe é procurar buscar e agregar para que esses partidos venham da forma mais inteira possível para uma aliança em 2026. Se não vierem formalmente, queremos que setores relevantes deles estejam junto com o presidente Lula.”
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