Os líderes do governo e do Bloco
Parlamentar pelo Maranhão, César Pires (DEM) e Carlos Alberto Milhomem (PSD),
respectivamente, trocaram farpas grossas em plenário na sessão desta tarde de segunda-feira (23) por conta do não cumprimento do Regimento Interno da Casa na concessão de
vista por 72 horas ao projeto de lei que extingue auxílio saúde a ex-deputados.
Sobrou até para o presidente da Assembleia
Legislativa, deputado Arnaldo Melo, acusado de não cumprir o que manda em R.I
para agradar Tatá Milhomem. César Pires foi duro e mostrou que “rasgaram o
Regimento quando permitiram que suplente assumisse liderança do governo e presidência
de Comissão e concedido vista de 72 horas quando o normal é 48 horas e, em
caso de emergência, 24horas”.
Milhomem, que se beneficiou da mudança do
Regimento e ocupou a presidência da poderosa CCJ até o início de 2012, pediu respeito do orador com ele, disse que não reconhecia mais
César Pires como líder do governo e solicitou que a questão fosse levada à Comissão
de Ética.
“O senhor vai continuar votando
com as orientações do governo porque não tem coragem de romper”, provocou César
Pires. E Milhomem replicou: “Eu não sigo orientação de governo, voto de acordo
com minhas convicções”.
Acontece que as convicções de Milhomem são muito questionáveis. Quando Jackson Lago era governador, por exemplo, embora seja um lambe botas do Sarney, nunca votava contra o governo e ainda se ausentava de plenário nas questões mais polêmicas. Nesta época, fazia apenas o que o então secretário chefe da Casa Civil, Aderson Lago, mandava em troca de favores.
Na sessão de quarta-feira da
semana passada, a Comissão de Justiça foi convocada para dar parecer no projeto
de lei que pretende acabar com benefício a ex-deputados. Tatá Milhomem, pediu vista e lhe foi concedidas 72 horas, ao invés de 48, como
manda o Regimento. Pires não gostou, reclamou asperamente e acusou a Assembleia
de está se “prostituindo”.
Milhomem é acusado de
legislar em causa própria, pois não é deputado, apenas está no exercício
do mandato, e ter apresentado parecer contra o projeto, que volta hoje
ao plenário para ser votado.
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