O líder da
oposição, deputado Rubens Júnior apresentou ontem projeto de lei que visa retirar
toda e qualquer homenagem com nome de logradouros, prédios públicos e bairros
a envolvidos com o Golpe Militar de 1964, que completa 50 anos dia 31 de março.
Já se foram cinco décadas do maior
atentado à democracia, a liberdade e que custou muito caro. Custou a vida e o
sonho de muitos brasileiros.
“Mesmo com toda a repulsa da
população pelo regime, o que observamos por todos os cantos da cidade, do
estado e do país, são homenagens aos maiores torturadores, opressores,
golpistas da recente história do Brasil.” Lembrou o deputado, destacando a
perpetuação das homenagens “Aqueles que atentaram contra a democracia, foram
homenageados na época, apenas pelo poder que exerciam, e até hoje essas
homenagens perduram.”.
Como exemplo, Rubens Jr. citou
alguns dos maiores ditadores da história mundial, que não são lembrados com
orgulho em seus países. “Você pode andar na Itália e não vai encontrar nenhuma
rua, avenida ou museu chamado Benito Mussolini. Nós podemos percorrer a
Alemanha, mas não iremos encontrar, por exemplo, a Praça Adolf Hitler. Isso
vale também para Argentina, Chile e Uruguai. Mas infelizmente no Brasil
homenagear aqueles que mancharam a história da democracia brasileira é uma
prática natural.” Lamentou o parlamentar.
No Maranhão, além dos inúmeros
prédios e avenidas que levam o nome dos saudosos ex-presidentes, Marechal Castelo
Branco, Presidente Médici, Euclides Figueiredo e Mário Andreazza, existem
também 115 escolas municipais e estaduais que levam os nomes destes e dos
demais presidentes do regime ditatorial.
-45 escolas com o nome Marechal
Castelo Branco;
-25 escolas com o nome Arthur da
Costa e Silva;
-32 escolas com o nome Emílio
Garrastazu Médici;
-08 escolas com o nome Ernesto
Geisel;
-05 escolas com o nome João
Batista Figueiredo.
“Nós não podemos naturalizar o
golpe, achar que isso foi algo normal ou necessário, nem mesmo acreditar que
isto teria sido uma Ditabranda. Esta na hora de homenagearmos
aqueles que realmente merecem.” Concluiu Rubens Jr.
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