O Centro de Apoio Operacional do Controle Externo da Atividade
Policial (CAOp-Ceap) do Ministério Público do Maranhão divulgou as estatísticas
referentes à violência na Grande São Luís, apresentando, por meio de gráficos,
os comparativos entre os crimes de homicídios, mortes violentas e assaltos
ocorridos nos municípios de São José de Ribamar, Raposa, Paço do Lumiar e o
Município de São Luís.
Somente em 2014, foram registradas até o mês de outubro 970 mortes
violentas, que incluem mortes por armas de fogo, armas brancas, instrumentos de
ação contundente e/ou perfurocortante, esgorjamento, estrangulamento,
espancamento e agressão física. Em relação a 2013, quando foram registrados até
o mesmo período 775 crimes violentos, o crescimento foi de 25%.
Para fazer o levantamento dos números da violência, o Caop-Ceap
utiliza a metodologia sugerida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública,
órgão subordinado ao Ministério da Justiça, que classifica como Crimes
Violentos Letais Intencionais (CVLI) os homicídios, latrocínios (roubo seguido
de morte) e as lesões corporais graves seguidas de morte.
Segundo o promotor de justiça José Cláudio Cabral Marques,
coordenador do Centro de Apoio Operacional do Controle Externo da Atividade
Policial, o crescimento da violência na Grande São Luís decorre,
principalmente, do esfacelamento do sistema de segurança pública do Estado.
Tanto na Polícia Civil como na Polícia Militar existe, entre outros problemas,
um déficit muito grande de pessoal. Faltam delegados, escrivães,
investigadores, sem contar na necessidade de, pelo menos dobrar, o efetivo da
PM, que atualmente é de 8.300 policiais, avaliou o promotor de justiça.
As informações levantadas pelo Ministério Público do Maranhão têm
como base os dados extraídos mês a mês dos livros do Instituto Médico
Legal (IML). No comparativo com os números registrados pela Secretaria de
Estado da Segurança Pública, há uma diferença significativa. De janeiro a
outubro de 2014, a SSP indica a ocorrência de 729 mortes violentas na Grande
São Luís. São 141 casos a menos do que o levantamento efetuado pelo Ministério
Público.
A divergência ocorre, conforme José Cláudio Cabral Marques, porque
a Secretaria apresenta somente os dados de homicídios, não estando neles
inseridas outras ocorrências, como resistência seguida de morte (mortes
praticadas por policiais em serviço), latrocínio, infanticídio, disparo
acidental com resultado morte, mortes a esclarecer e vítimas de homicídios
procedentes de penitenciárias, centros de detenções e delegacias.
GRÁFICOS
No levantamento do Ministério Público, constam ainda graficamente
representados os números de mortes ocorridas na Grande São Luís, do ano de 2010
a outubro de 2014. Mas os dados, até dezembro de 2012, enfocam apenas os casos
de homicídios.
A partir de janeiro de 2013, o Centro de Apoio do Controle Externo
da Atividade Policial do adotou a metodologia CVLI, proposta pela Senasp.
ASSALTOS
A COLETIVOS
Como informações relevantes, estão relatados também em gráficos os
números fornecidos pelo SET (Sindicato das Empresas de Transporte de
Passageiros de São Luís) referentes aos assaltos ocorridos a coletivos, na
Grande São Luís. Houve uma redução de 24% dos casos registrados no mesmo
período de janeiro a outubro entre 2013 a 2014. Foram 511 em 2013 e 390 neste
ano. A redução foi obtida como decorrência das operações realizadas pela
Polícia Militar e Secretaria de Estado da Segurança Pública.
Os números completos sobre a violência na Grande São Luís podem
ser acessados no site do Ministério Público do Maranhão (
www.mpma.mp.br/centros
de apoio/controle externodeatividadepolicial/dadoseestatística).
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