Muitos antes do Escutec apresentar o resultado do último levantamento sobre intenção de votos do eleitorado, o secretário de Comunicação do Estado, Ricardo Cappelli, cravou quer o segundo turno da eleição para governador do Maranhão será decidido entre o atual governador Carlos Brandão (PSB) e o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahésio Bonfim (PSC). O que era apenas um palpite começa a ganhar ares de realidade.
Bolsonarista raiz, Lahésio, que segundo a pesquisa do Escutec divulgada nesta quinta-feira (16), ultrapassou o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Junior (PSD), começa se aproximar de Weverton Rocha (PDT) e se constituir em verdadeira ameaça ao senador pedetista, que aparece em segundo lugar, mesmo com a campanha ostensiva antecipada e corre o risco de repetir o mesmo fiasco de Roberto Rocha em 2018.
Após ser preterido pelo grupo liderado pelo ex-governador Flávio Dino, que reúne doze partidos e decidiu pela reeleição do governador Carlos Brandão, o senador do PDT deu uma guinada à direita, estreitou os laços com o governo Bolsonaro, passou a obedecer ordem do Palácio do Planalto, inclusive para retirar a assinatura da CPI do MEC, ganhou o apoio dos partidos da base bolsonarista em troca, mas não consegue ultrapassar Brandão e vê o terceiro colocado se aproximar.
A ameaça de perder a condição de segundo colocado e não passar para o segundo turno agora é real. Os números tornados públicos nesta quinta-feira, revelam que a preocupação do senador deve ser com Lahésio ou Edivaldo, pois o governador Brandão parece consolidado para disputar o segundo e decisivo turno da eleição.
O resultado apresentado pelo Escutec foi tão devastador para o senador do PDT que seus aliados partiram para os insultos na tentativa de minar a credibilidade dos números. Sem argumentos para justificar o fato do pré-candidato que está em campanha desde que foi eleito senador puxado pelo governador Flávio Dino, está sendo ameaçado de não ir ao segundo turno, sua turma perdeu o prumo.
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