O deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), o “Morada da BR”, que seguiu na política do estado como um fenômeno na eleições de 2014, corre sério risco de ser ejectado da vida pública e deixar o Congresso Nacional pela porta dos fundos, ainda tendo que responder a processo por desvio de emendas parlamentares destinadas à saúde pública e a educação dos municípios com os quais mantém relações com os prefeitos.
Dos oito parlamentares denunciados ao Conselho de Ética da Câmara Federal, Maranhãozinho é o único acusado de comandar organização criminosa especializada em desviar recursos públicos e lavagem de dinheiro, conforme constatação da Policia Federal após minuciosa investigação sobre a origem de dinheiro encontrado em seu escritório político em São Luís, filmado, fotografado e publicado em veículos de grande circulação nacional.
Além do processo que responde por desviar recursos públicos, que poderá resultar em condenação penal, Josimar, caso seja cassado, deverá ser incluído nas relação dos fichas suja e ficar inelegível, caso o Conselho se manifeste pela cassação do mandato e o plenário da Casa aprove antes das eleições de outubro próximo, pondo assim fim em sua curta carreira como parlamentar. Ele teria se aproveitado do mandato, segundo a investigação da PF, para fazer negócios não republicanos.
Quando da primeira operação policial que filmou e fotografou o parlamentar distribuindo maços de dinheiro em seu escritório, a alegação é que estaria sendo vítima de perseguição, porém a narrativa logo foi desmascarada diante da constatação de que a Polícia Federal é ligada ao Ministério de Justiça que atende as ordens do presidente Jair Bolsonaro, de quem Maranhão é aliado. Bolsonaro e Maranhãozinho são filiados ao Partido Liberal, comandado pela ficha suja Valdemar da Costa Neto.
Para justificar as caixas com dinheiro em seu escritório, Josimar argumentou ser fruto de seus negócios agropecuários, porém as provas que a PF reuniu contra ele evidenciam que teriam sido produto de desvio de emendas parlamentares, motivo pelo qual será julgado no Conselho de Ética da Câmara e poderá perder o mandato, pois é o único parlamentar acusado de corrupção.
Maranhãozinho, o fenômeno da BR-316, portanto, corre sério risco da guilhotina descer sobre seu pescoço e sumiu da vida pública da forma entrou: como um cometa.
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