Por Janaína Amorim
Depois de percorrer parte significativa do estado,
o movimento Diálogos pelo Maranhão – coordenado por Flávio Dino – voltará à
Imperatriz com uma nova proposta: o Diálogos com a Juventude. O evento
acontecerá no próximo sábado (29), às 8horas, no auditório da Faculdade Antenas
Maranhense (Fama), que fica na Rua Godofredo Viana – em frente à Universidade
Estadual do Maranhão (Uema). A ideia, agora, é discutir as problemáticas
sociais e políticas em torno dos jovens maranhenses.
A proposta é que o primeiro debate aconteça em
Imperatriz e depois percorra as demais cidades. Para o presidente do PCdoB,
Clayton Noleto, essa é uma possibilidade de “construir uma visão coletiva” a
respeito da realidade social do Maranhão. “[O Diálogos com a Juventude] é
aberto a todos, independente de filiação partidária. Nosso objetivo é a
participação popular no movimento. É unir a juventude e debater seus anseios e
ideias”, completa.
Desde o início de fevereiro, reuniões com
lideranças estão sendo realizada com uma comissão criada para elaborar a
programação do encontro. Participam da mobilização coordenadores de grupos das
Pastorais e outros grupos de igreja, movimento estudantil e militantes de
partidos políticos, como o assessor da Pastoral da Juventude da Diocese de
Imperatriz, Johnson Alves, o professor Adonilson Lima, os vereadores Rildo
Amaral (Solidariedade), Aurélio Gomes (PT), Carlos Hermes e Marco Aurélio
(ambos do PCdoB).
A criação do movimento é resultado do
descontentamento em relação às estatísticas. Segundo o Atlas do Desenvolvimento
Humano no Brasil (2013), o Maranhão é destaque nos índices de pobreza: 63,5% da
população é pobre. De acordo com o IBGE, temos o menor número de casas com
coleta de lixo, apenas 54%. Estamos, ainda, entre os estados com maior número
de analfabetos. “Estamos em uma luta. Uma luta por direitos negados. Essa
discussão se inicia agora e caminha para um projeto muito maior.”, destacou
Marco Aurélio.
Juventude e Política – Os jovens sempre tiveram um
papel ativo na luta por transformações sociopolíticas. Che Guevara, um dos
maiores ícones da luta por uma sociedade igualitária, tinha apenas 36 anos
quando foi fuzilado e já havia participado de várias revoltas, como a de
Guatemala e a Revolução Cubana. No Brasil, não foi diferente. “Zumbi tinha 23
anos quando liderou a revolução pela libertação dos escravos”, defendeu o
historiador Adonilson Lima.
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