Uma população de 9,6 milhões de jovens de 15 a 29 anos que
não estuda nem trabalha, formada principalmente por mulheres, muitas delas com
filhos, é motivo de preocupação quando se estudam as condições de vida da
população, mostra estudo do IBGE divulgado nesta sexta-feira. A Síntese de
Indicadores Sociais 2013, com dados de 2012, mostra que um em cada cinco
brasileiros (19,6%) nesta faixa etária não exercia nenhuma atividade produtiva.
Na faixa de 18 a 24 anos, o índice é ainda mais preocupante, de quase um quarto
(23,4%).
“Não significa que são encostados ou que são um bando, mas é um fator
preocupante, porque não é possível que pessoas desta idade não estudem nem
trabalhem”, diz a técnica do IBGE Ana Saboia. Segundo Ana, os dados não
permitem apontar as razões para número tão significativo da chamada “geração
nem-nem” (nem estuda nem trabalha), mas, com relação às mulheres, a necessidade
de cuidar dos filhos é um fator que contribui para não terem atividades
produtivas.
No estudo sobre a composição das famílias no País, o IBGE
constatou que é crescente a proporção de adultos (25 a 34 anos) que, embora
tenha algum tipo de renda, continua a viver com os pais, formando a chamada
“geração canguru”. Um em cada quatro jovens nesta idade (24,3%) ainda vivia com
os pais, em 2012, segundo a Síntese de Indicadores Socais. Em 2002, esse índice
era de 20,5%, ou um em cada cinco jovens.
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