SÍLVIA FREIRE
O Ibama do Maranhão notificou a empresa STX Pan Ocean, dona do navio Vale Beijing, para que ela instale uma barreira de contenção no entorno da embarcação.
O navio, que foi fretado pela Vale, está com uma rachadura no casco.
A barreira, segundo o Ibama, deverá ter um diâmetro 3,5 vezes maior do que o comprimento do navio (361 metros) e deverá ser instalada até o final da tarde de hoje.
O Vale Beijing está, desde sábado, com uma rachadura em um de seus tanques de lastro -compartimento que dá estabilidade ao navio.
O problema ocorreu durante o carregamento de minério de ferro, pertencente à Vale, no terminal Ponta da Madeira, em São Luís (MA). Na terça, o navio foi rebocado para um local a cerca de 11 quilômetros da costa.
De acordo com o Ibama, em caso de um eventual vazamento de óleo combustível ou de minério, a barreira limitaria a dispersão.
A baía de São Marcos, para onde o navio foi rebocado, tem áreas de mangue, em que a retirada de óleo é praticamente impossível, segundo o coordenador do Ibama-MA, Fabrício Ribeiro de Castro.
A STX Pan Ocean disse que a colocação da barreira está sendo providenciada.
Segundo a empresa, os mergulhadores estão com dificuldade de avaliar a extensão do dano no casco, pois as águas são muito turvas. Existe a possibilidade de rebocar o navio para outro local.
Segundo a STX, após a transferência do navio para local mais profundo, não há mais risco de afundamento.
Ontem, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, reuniu-se com a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), em São Luís.
A assessoria do governo disse que o encontro estava agendado desde antes do acidente para a discussão de um novo projeto cultural da mineradora no Maranhão. O problema com a embarcação, no entanto, entrou na pauta.
Relacionado
0 Comentários