Os onze partidos que integram a aliança liderada pelo ex-governador Flávio Dino (PSB), Lula e pelo governador Carlos Brandão (PSB) mantém a unidade em torno da eleição para o Senado, já no grupo comandado Bolsonaro/Weverton/Roberto Rocha é só discórdia. O candidato bolsonarista Lahesio Bonfim (PSC), por exemplo, faz campanha como se não existisse candidato a senador.
Segundo as últimas pesquisas de intenção de voto (Escutec, Econométrica), Dino lidera a preferência do eleitorado com uma larga distância do seu principal oponente, o senador Roberto Rocha (PTB), bolsonarista assumido, mas que não conta da simpatia do também bolsonarista e candidato ao governo, ex-prefeito de São Pedro dos Crentes.
Os dois só se cumprimentam por conveniência quando estão em público ou até posar para fotografia, mas, segundo corre nos bastidores, não se suportam e que o candidato a governador, que não simpatizava com Rocha, se afastou ainda mais do senador após a pressão que recebeu do presidente do PSC, deputado federal Aluísio Mendes, que o forçou a declarar apoio a Roberto sob pena de expulsão do partido e ficar fora da eleição.
Enquanto o clima nas hostes bolsonaristas é de desconfiança com o senador que tenta a reeleição tendo fama de traidor, o que se ver na aliança dinista é a concentração de esforços para eleger Lula presidente, Brandão governador, Flávio Dino senador e manter a gestão iniciada em janeiro de 2015 e que resgatou o Maranhão de um atraso secular.
Nesta quinta-feira, por exemplo, o governador Carlos Brandão postou em suas redes sociais um registro fotográfico do momento de descontração com Dino e Felipe Camarão, candidato a vice, abraçados e mostrando muita afinidade para a disputa do pleito que se aproxima; as campanhas oficiais começam dia 16 desde mês, ou seja, semana que vem.
Na legenda da foto o governador escreveu a seguinte mensagem: “Esse é mais um registro de um dia em que caminhamos pelo Maranhão, ouvimos, abraçamos muitas pessoas que ainda esperam melhorias em sua realidade. União e lealdade sempre estiveram presentes entre nós. E é dessa forma que vamos continuar para avançar mais”.
Enquanto a mensagem do governador mostra a perfeita sintonia com Dino e Camarão, entre os bolsonaristas o clima é de discórdia. Lahesio não suporta Roberto, que tem apoio de Weverton, que abre fogo contra o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes na disputa pelo governo, de forma que, segundo comentam nos bastidores da eleição, o ambiente entre ele é insuportável.
O candidato de Lahesio, inclusive anunciado publicamente, era o Pastor Bel, porém foi obrigado a declarar apoio a Roberto Rocha sob ameaça de perder a legenda e não participar da eleição. Depós de muita dificuldade convenceram Bel a desistir da disputa e aceitar uma das suplências de Rocha. Lahesio só aceitou para não ser expulso do partido, mas não mexe uma palha em favor do candidato a senador apoiado pelo PSC.
E neste jogo de traições e desconfiança, Roberto vai ficando cada vez mais sem chances diante do ex-governador Flávio Dino, líder em todas as pesquisas e cuja liderança tem sido fundamental para manter o governador Brandão também favorito na disputa pela reeleição.
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