A falta
de responsabilidade do governo Roseana Sarney (PMDB) com o setor educacional do Estado
não tem limite. Já estamos próximos de iniciar as férias escolares e até agora vários
municípios do interior do Estado continuam sem iniciar as aulas por falta de
professores.
O deputado Othelino Neto (PPS) lembrou, na sessão desta
manhã de segunda-feira (19) que a governadora chegou a fazer propaganda anunciando
que estaria contratando professores para que pudesse iniciar as aulas na rede
de ensino público, mas tudo não passou de publicidade enganosa.
O deputado denunciou que consultou os municípios e
foi informado que as aulas começaram somente na sede de alguns municípios,
sendo que em parte deles nem na sede começou e no interior os alunos
continuam sem ter acesso às aulas.
“Eu fico perguntando até onde vai o descaso do
governo do estado do Maranhão com a Educação? Nós estamos terminando o mês de
junho, como é que vai salvar o ano letivo se as aulas ainda nem começaram? Quer
dizer, eu vi a propaganda nos jornais dizendo que já estavam sendo contratados
os professores, mas vão ser contratados para quando? O ano letivo de 2013?
Então eu fico aqui vendo que já não dá mais para medir a falta de compromisso e
a falta de responsabilidade com os estudantes e com a sociedade maranhense”,
protestou Othelino.
Porta voz do governo, Magno Bacelar (PV), ao invés de
explicar as razões que levam a governadora a tratar com descaso a Educação,
procurou foi criticar a administração João Castelo, como se o prefeito de São
Luís tivesse alguma coisa a ver com a falta de responsabilidade da governadora.
“V.Exa se refere ao Estado do Maranhão eu acho que
você deveria se referir em primeiro lugar a Prefeitura de São Luís. V. Exa
acabou de sair da prefeitura, e na questão é diferente, porque lá é a omissão
do prefeito em não fazer as reformas das unidades escolares aonde foi um
verdadeiro vacilo, diferente do Estado que não foi questão de parte física
foi exatamente essa ação porque já veio do governo do Dr. Jackson Lago, do
governo do José Reinaldo que não fizeram concurso público. E o Estado do
Maranhão está se preparando para fazer o concurso para três mil professores”,
discursou.
“A questão da judicialização do seletivo, deputado
Magno, não justifica. Porque a governadora, desde daquela tragédia da cassação
do governador Jackson, está no comando do governo e já teria tempo de ter
utilizado o instrumento mais legítimo e democrático para se contratar para o
serviço público, que é a realização de concurso. Já tinha tempo de ter
planejado, de ter contratado uma instituição idônea para realizar e já tinha
tempo, inclusive dos professores já estarem em sala de aula. Então, essa
justificativa não resolve o problema, porque essa questão da judicialização em
função do seletivo só evidencia a falta de planejamento do governo na área da
educação. E, infelizmente, essa falta de planejamento, deputado, não é só na Educação,
é no governo como um todo, mais especificamente sobre esse tema grave, e espero
que lá na sua cidade, Chapadinha, as aulas já tenham começado. Porque por onde
tenho andado, eu tenho perguntado, eu vejo pais, vejo estudantes preocupados,
porque praticamente já perderam o ano letivo”, replicou Neto.
O parlamentar ressaltou que, independente de ser de
oposição ou da base do Governo, os deputados deveriam cobrar do governo essa
situação de extrema irresponsabilidade que está acontecendo com a educação do
Maranhão.
Para o líder da oposição, deputado Marcelo Tavares
(PSB), de fato, trata-se de um problema grave, “porque nossos alunos quando
você faz uma comparação com o Brasil inteiro, com os demais Estados, o Maranhão
já tem uma defasagem em relação ao tempo de permanência na escola e na média o
maranhense passa muito menos anos na escola do que os catarinenses, os
paranaenses, os cearenses, enfim, mas eu não consegui sensibilizar a base do
Governo e não houve essa discussão. Entendo que é pertinente a cobrança, porque, de fato, o ano letivo já está comprometido”, lamentou.
Othelino Neto, por sua vez, disse que gostaria que tratassem
esse assunto, inclusive a base do Governo, “porque teremos
dificuldades de explicar para a sociedade isso que está acontecendo. A situação
da Educação no Maranhão está tão grave que por ora nós temos dificuldades de
saber quem é o secretário de Educação. O secretário de Educação uma hora é um,
depois já não se sabe se ele saiu e virou secretário titular de outra
Secretaria, aí se comenta que vem um deputado para ser secretário. Então,
assim, eu tenho a nítida impressão de que estamos, no Maranhão, o governo do
Maranhão é como um navio cujo comandante ficou em terra firme”, condenou.
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