A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da
Assembleia Legislativa mais uma vez foi usada pela bancada governista para
blindar a administração Roseana Sarney (PMDB) contra qualquer pedido de informação
solicitado pela oposição. 

Em reunião realizada na manhã desta terça-feira
(14), a pedido do Palácio dos Leões, a base aliada do governo na CCJ rejeitou a
PEC que obrigaria secretários de Estado a prestarem contas semestralmente de
suas gestões à comissões permanentes da Casa.

A Proposta de Emenda Constitucional, de autoria do
deputado Othelino Neto (PPS), estabelece que secretários e ocupantes de cargos equivalentes
e diretores de Agências Reguladoras, deveriam comparecer semestralmente a
Comissão Permanente da Assembleia Legislativa para prestação de contas.

O relator da matéria, suplente no exercício de deputado Carlos Alberto
Milhomem (PSD), o imoral faz tudo da oligarquia, apresentou
relatório contrário à proposta, subscrita com a assinatura de 14 deputados governistas.

Milhomem, que vem usando a CCJ como escudo para
esconder imoralidades do governo, ainda
teve o cinismo de colocar no relatório que a proposta de Othelino Neto “viola o
princípio da independência e harmonia entre os poderes”. Quando que prestação de contas representa quebra de hamonia entre Poderes?

Na prática, o esforçado suplente Milhomem,
orientado por Roseana Sarney, quer mesmo é evitar a convocação de secretário e ocupantes
de cargos equivalentes para prestação de contas do andamento da gestão.
Certamente temem o que eles possam revelar deste governo obscuro e dominado pela
corrupção.

O líder da oposição, deputado Rubens Pereira Júnior
(PCdoB), foi o único integrante da CCJ a votar contra mais esta imoralidade que tem como única finalidade esconder as falcatruas de um governo corrupto.