Uma pergunta ronda as cabeças
dos aliados da ex-governadora Roseana Sarney e vem deixando todos apreensivos:
o ex-secretário Chefe da Casa Civil, João Guilherme Abreu, apontado pelo
doleiro Alberto Youssef e pelos seus auxiliares Rafael Ângulo e Meire Poza (ex-contadora
do doleiro) como o home que recebeu a mala de dinheiro em um dos quartos do
Hotel Luzeiros, como pagamento de propina pela liberação do pagamento do
precatório da construtora UTC/Constran, vai assumir sozinho ou recorrer a
deleção premiada e entregar a ex-chefe?
O temor maior é que João Abreu,
íntimo da família Sarney e sócio de Jorge Murad, marido de Roseana, resolva
falar a verdade e dizer a quem se destinava os R$ 1,3 milhão entregue a um
funcionário do Governo do Estado antes de Alberto Youssef ser preso, em São
Luís, em um quarto do Hotel Luzeiro, localizado em frente à Casa de Veraneio,
na Ponta do Farol, em maio de 2014, por conta da operação Lava Jato da Polícia
Federal, que investiga o maior escândalo de corrupção da história da Petrobras.
Roseana é investigada pela
Polícia Federal desde que Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, em
depoimento à Polícia Federal, apontou a ex-governadora do Maranhão como
beneficiária do esquema de propina que sangrou os cofres da estatal do petróleo.
Seu nome foi o primeiro da lista apresentada por Costa e todos os depoimentos
posteriores apontaram Roseana como integrante da quadrilha que assaltou a
empresa patrimônio do povo brasileiro.
Sabedora do seu envolvimento e
ciente que poderá ter o mesmo destino dos donos das empreiteiras que estão
presos, Roseana entregou o comando do Estado para o deputado Arnaldo Melo e se
mandou para Miami, de onde contratou o famoso advogado de bandidos de colarinho
branco, Antônio Carlos Kakaia, o mesmo do escândalo Lunus, temorosa de que
poderá ser convocada a depor pelo juiz federal Sérgio Moro, no bojo da operação
Lava Jato.
Homem de confiança da família
Sarney, João Abreu é apontado por Alberto Youssef como a pessoa a quem se destinava
o dinheiro entregue a um emissário do governo que foi ao hotel buscar a grana
antes dele ser preso pela PF por conta do escândalo da Petrobras.
Coincidentemente, Youssef era o responsável por repassar propina arrecadada com
os contratos superfaturados da Petrobras. Somente na terraplanagem do terreno
onde seria construída a Refinaria Premium, de Bacabeira, foram torrados R$ 1,6
bilhão.
O futuro de Roseana sem
mandato e com o pai aposentado, portanto, depende da fidelidade de João Abreu.
Mesmo ele negando envolvimento no escândalo, vira e mexe, seu nome sempre aparece
nas deleções premiadas sobre pagamento de propina à ex-governadora.
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