Lançado pré-candidato ao Governo do Maranhão montado num foguete para simbolizar sua disposição de disputar a sucessão estadual, o senador Weverton Rocha vê agora a nave perder tripulação e copilotos abandonarem o projeto. Diariamente prefeitos, deputados e lideranças desistem da viagem sem rumo certo e abraçam a candidatura de Carlos Brandão, que tem o aval de Flávio Dino, Lula e da grande maioria dos partidos que integram a aliança governista.

O senador, através de vídeos divulgados em sua rede social continua afirmando que seu foguete não dá ré, mas já começam surgir nos bastidores da sucessão comentários sobre a possibilidade dele rever seu projeto pessoal e desistir da aventura diante da falta de apoio político. O principal esteio de sua candidatura, deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa,Othelino Neto, mudou de lado e a senadora Eliziane Gama deverá tomar o mesmo caminho.

Embora afirme em seus vídeos que foi o senador mais votados da história do Maranhão, quase dois milhões de votos, Weverton esquece que figurava nas pesquisas em 2018 em quarto lugar e somente deu a virada após o governador Flávio Dino, que se reelegeu no primeiro turno, pegar seu braço e se empenhar pessoalmente para puxar seu então aliado e o fez senador, cargo que envaideceu ao ponto de romper com o grupo e se lançar contra a vontade da maioria dos dirigentes partidários da aliança.

A fragilidade de sua suposta liderança está sendo exposta agora. A cada dia um prefeito do PDT declara apoio a Brandão, a família do governador Jackson Lago lhe virou as costas, dirigentes de partidos, a exemplo de André Fufuca, anunciaram que seguirão Dino/Brandão e seus principais apoiadores vendo que o projeto não tem futuro, abandonaram a barca.

Sem Othelino, Eliziane, partidos fortes, deputados mudando de lado, prefeitos e liderança se afastando, o candidato foguete permanece estagnado, pode derreter e corre o risco de ser ultrapassado por Edivaldo Holanda Junior (PSD), Roberto Rocha (sem partido) e Lahésio Bonfim (Agir) e não chegar sequer ao segundo turno.

Weverton criou todas as condições para não recuar do projeto. Saiu pelo estado vendendo um “Maranhão Mais Feliz”, uma espécie de réplica do movimento “Diálogos pelo Maranhão”, idealizado por Flávio Dino em 2014, mas faltou-lhe credibilidade e agora se vê diante do dilema: continuar com o projeto falido e colher resultado pífio ou desistir da aventura e se transformar num cadáver político.

Pelo visto, o Maranhão quer se vê livre de políticos com vida pregressa nebulosa.