O ex-governador Flávio Dino (PSB), pré-candidato ao Senado, reagiu às declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL), que, em sua live semanal, mostrou insatisfação com as afirmações do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Edson Fachin, de que quem trata de eleições no país são as “forças desarmadas”.
“Ainda não entendi a insatisfação com a declaração do Ministro Fachin, presidente do TSE. Alguém acha que não são as “forças desarmadas” que devem conduzir a eleição? Declaração nada tem de ofensiva e é consentânea com a Constituição”, disse Dino em sua rede social.
Bolsonaro, que vem criando narrativa contra as urnas eletrônicas visado criar clima propício para questionar o resultado da eleição em caso de derrota, ficou incomodado com a declaração do ministro do TSE de que “a Justiça Eleitoral está aberta a ouvir, nas jamais se curvará a quem quer que seja e que quem trata de eleições são forças desarmadas.
Diante da reação firme do TSE contra qualquer tentativa de golpe ou de interferência da Forças Armadas no processo eleitoral, o capitão baixou o tom e disse que “ninguém quer impor nada, atacar as urnas eletrônicas, atacar a democracia. Ninguém está incorrendo em atos antidemocráticos”, porém suas atitudes mostram o contrário.
Fachin, que se manifestou pela primeira vez sobre a tentativa de interferência dos militares no processo eleitoral, observou que “a contribuição que se pode fazer é de acompanhamento do processo eleitoral. “Quem trata de eleições são forças desarmadas e, portanto, a sociedade civil que, de maneira livre e consciente, escolhe seis representantes. Diálogo sim, colaboração sim, mas na Justiça Eleitoral a palavra final é da Justiça Eleitoral”
Alguém precisava dizer isso ao presidente e aos militares que apoiam seus arroubos golpistas.
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