Em entrevista ao jornalista Leonardo Sakamoto, do portal notícias UOL, nesta manhã de segunda-feira (30), o governador Flávio Dino (PCdoB) falou sobre divisão no seu campo político que possibilitou a vitória do deputado federal Eduardo Braide no segundo turno da eleição para prefeito de São Luís, mas adiantou que vai continuar trabalhar para tentar reunificar o grupo visando mas eleições de 2022.
A falta de unidade na base de sustentação ao governo ficou estabelecida logo no primeiro turno quando vários partidos lançaram candidatos a prefeito de São Luís com o compromisso de que todos estariam unidos no segundo turno, algo que não aconteceu e o resultado foi a vitória do opositor Eduardo Braide.
Flávio explicou que em 2018 foi feita uma ampla aliança estadual e que lutou muito para mantê-la em 2020. Disse o governador que isso foi possível na imensa maioria das cidades, mas não em todas, como foi o caso de caso de São Luís onde havia um candidato, Eduardo Braide, favorito desde a eleição de 2016.
Segundo Dino, na eleição deste ano não possível unificar todo o seu campo para enfrentá-lo e que houve a dispersão no primeiro turno com o compromisso de que no segundo turno haveria uma grande união, o que infelizmente não se verificou e isso foi determinante para o resultado eleitoral.
O governador explicou que a base de apo ao governo se dividiu, uma parte dela, por exemplo, o PDT, o DEM, optaram por apoiar o candidato da oposição que acabou vencendo a eleição por uma estreita margem de votos e q eu esse fato vai levar a um processo de revisão do nosso campo político visando a eleição de 2022.
“É um processo que se abre agora e que vamos conduzir com muita calma, muita prudência, mas infelizmente essa divisão na nossa aliança foi o que determinou alguns resultados, inclusive esse de São Luís”. O governador adiantou, no entanto, que vai trabalhar para manter a base unida visando as eleições de 2022
O jornalista quis saber de Dino se a não unificação da base significaria críticas ao seu governo e se isso influenciaria nos projetos para os próximos dois anos e o governador respondeu: “Nosso governo continua com uma avaliação muito alta, aprovação entre 60e 70%, todos fazem questão de dizer que não estão rompendo com o governo. Na verdade eu imagino que a questão central é que eu não posso ser candidato, já fui reeleito e há hoje existem duas candidaturas postas, o vice-governador Carlos Brandão que é do Republicanos e o senador Weverton, do PDT, então eles dois desejam ser candidato e acho que é essa disputa entre eles que tem determinado essa divisão em muitas cidades do Maranhão. Eu espero que seja possível algum tipo de entendimento, vou trabalhar para isso, para que a gente possa manter o nosso campo unido e mais uma vez vencer as eleições em 2022.
Carlos Brandão sim, W Rocha não